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Declutter digital: excluí muitos arquivos do meu computador

 

Declutter digital: excluí muitos arquivos do meu computador | Camile Carvalho - Vida Minimalista

Para 2018 estipulei uma meta: ter mais foco no que preciso fazer, mas para que isso se torne realidade, preciso mudar uma série de coisas ao meu redor, como os excessos que me acompanham tanto fisicamente, quanto virtualmente e, além de um declutter físico, precisarei organizar também o meu computador.

Sou uma pessoa que ama organização. Sou capaz de passar horas desenhando uma nova estrutura de arquivos, renomeando pastas e raciocinando se aquela foto ficaria melhor aqui ou ali, mas há uma premissa do mundo da organização que não podemos nos esquecer: não existe organização de tralha!Seu sistema será sempre desorganizado até o momento em que mantivermos apenas o necessário.

Então, o primeiro passo para uma organização efetiva nada mais é que destralhar. E foi o que fiz.

Eu cheguei num ponto em que não sabia mais o que tinha guardado no meu HD externo. Além do disco rígido, uso Dropbox, mas não como um backup e sim pela facilidade de acessar meus arquivos de onde eu estiver, e por isso tento manter todos os meus arquivos ali, já que tenho um bom espaço. Mas isso é assunto pra um outro artigo. O que venho compartilhar hoje é a forma como fiz esse declutter dos meus arquivos digitais – e como me convenci a desapegar de muita coisa…

Organização Bruta

O primeiro passo foi abrir uma pasta no próprio desktop chamada Backup. Simples assim. Conectei o HD externo e arrastei TODOS os arquivos pra esta pasta. Além disso, arrastei TODOS os arquivos do Dropbox e do HD do computador. Me vi diante de um caos, mas calma, eu sei que é desesperador ver a quantidade de arquivos que acumulamos e é esta a meta: levar um susto e repensar se realmente precisamos de tudo isso. Lembram da Marie Kondo? Ela usa esta mesma tática em relação às roupas. É só quando juntamos tudo que temos uma noção do todo.

O segundo passo foi excluir arquivos duplicados sem dó. A dica que dou é pesquisar um aplicativo que identifique estes arquivos e no meu usei o Duplicates Cleaner (MAC), e não tive dó, removi mais de 12 Gb de arquivos que não estavam apenas no backup, mas dentro das próprias pastas do computador apenas ocupando espaço. Depois dessa faxina bruta, veio a organização mais específica…

Organização Específica

Este  é o momento de separar arquivos de fotos, vídeos, músicas, documentos pessoais, arquivos de estudos e outras categorias. Claro que a organização é muito pessoal, cada um vai encontrar o seu sistema, mas no meu caso usei uma pasta para Músicas (nem tenho muitas, pois atualmente uso Spotify/Apple Music), outra pasta para Vídeos e uma para Fotos.

Outros arquivos de texto precisei fazer uma outra organização de acordo com o que mais acesso. Não adiantaria muito ter uma pasta Documentos se o que mais acesso atualmente é a pasta Mestrado, então sugiro que você identifique qual a sua prioridade no momento e crie pastas que respondam à esta demanda.

Seletividade é a chave!

Não arraste simplesmente os arquivos para estas novas pastas. Pelo contrário, imagine que você vai se mudar e precisa levar só o que realmente é necessário. Deixe aqueles arquivos que não são mais úteis na pasta Backup ou apague-os. Acredite, aqueles arquivos .doc das aulas de Introdução à Economia que você cursou em 2010 não são mais úteis e muito provavelmente você nem sabe o conteúdo dos textos ali dentro.

Aos fãs do Evernote…

Eu sei, muitos de vocês provavelmente estão lendo este texto pensando “joga tudo no Evernote!” e acredite, eu já fiz isso uma vez mas não funcionou pra mim. Se você é amante do Evernote e ele funciona pra você pra armazenar arquivos, ótimo! Mas tenha em mente que não adianta também jogar tudo lá sem uma estratégia. Seja seletivo, faça declutters periodicamente para que seu sistema de organização funcione bem, não deixe que seu elefantinho se torne um depósito de arquivos aleatórios.

Mas eu era organizada…

Eu sempre pensei que era uma pessoa super organizada por manter minhas pastas de arquivos desde quando comecei a cursar minha segunda graduação em Jornalismo em 2010. Tinha tudo separado no esquema:

1º Semestre

> Introdução à Filosofia

> Introdução à Economia

> Introdução à Fotografia

> Teoria da Comunicação

…e por aí vai. Mas sabe qual é o problema? É acessar estas pastas e dar de cara com imagens que salvei sabe-se lá por qual motivo, um arquivo do Word com a matéria que não me é mais útil e alguns textos em PDF que provavelmente o professor passou pra turma e que não sei mais pra que servem. E isso, sinceramente, não é mais relevante pra mim. Às vezes precisamos ir mais fundo e fazer um destralhe radical, ainda mais hoje que em poucos cliques temos acesso a muito conteúdo no Google provavelmente mais atualizado que aqueles textos de aulas que guardamos no passado. Claro que pode haver excessões, e por isso a dica de guardar pra nova pasta apenas o que é realmente relevante.

E o apego?

No meio digital tudo é mais fluido, vide os serviços de música por demanda, Netflix etc. Não temos mais a necessidade de armazenar dispositivos físicos pois muita coisa está disponível a alguns cliques. No entanto, isso não significa que não trazemos nossas mazelas acumuladoras pro meio digital. A facilidade de encontrar nem sempre nos faz desapegar do “Salvar Como” e com isso acabamos acumulando conteúdo que não precisamos. A dica é ficar atento ao impulso de salvar arquivos pro nosso computador sem necessidade.

Se você, como eu, tem muitos arquivos no computador e mantém pastas que nunca acessa, provavelmente você está ocupando espaço desnecessariamente em sua máquina, além de contribuir pra que ela funcione de forma mais lenta. Desapegue! Eu tenho certeza que você tem uns bons Gigas de arquivos que nem sabe que existem, e o pior, que não servem pra nada.

Ah, e vocês podem estar se perguntando: mas e as fotos? Pois bem, as fotos são um assunto pra um outro post em breve…

Vamos destralhar nosso lixo digital?

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Categorias: Desapego

Minha biblioteca pessoal e o desapego dos livros

Após o declutter das minhas roupas, foi a vez de encarar, enfim, meus livros. Não me considero uma compradora compulsiva de livros, mas de fato compro mais do que leio. Alguns por empolgação do momento, outros por causa de alguma promoção, e o conselho que sempre dou em relação às roupas, nem sempre as sigo quando se trata de livros.

E não é só com papel que tenho esse apego (ou seria acúmulo?), já que passando os olhos pelo meu Kindle pude perceber o quanto também tenho de títulos aguardando um dia serem lidos, mas que tenho a certeza de que jamais abrirei a primeira página.

Pra falar a verdade, meu desapego começou pelos livros digitais. Claro, é muito mais fácil sair deletando arquivos, pois sabemos que de uma forma ou de outra sempre podemos encontrá-lo novamente pela rede, pelo computador ou – o que é melhor – quando compramos uma edição pela Amazon, ela fica ali, guardadinha “para sempre”.

Não tive dó de excluir os arquivos e prometi a mim mesma que só adicionaria novos títulos caso eu realmente fosse ler.

Agora, em relação aos livros físicos, aí que vem o problema…

Sim, sou apegada aos livros. Lembro-me de uma época por volta dos anos 2000 em que eu não tinha lá muitos livros em casa. Claro, aqueles da escola, da faculdade, eu até os mantinha guardados, mas ir a uma livraria e voltar com uma sacolinha era muito, muito raro.

Até que em 2008 eu fui morar em São Paulo. Um novo mundo se abriu quando, além de conhecer um amigo intelectual com quem eu dividia a casa e que me incentivou a fazer leituras acadêmicas, eu estava na terra da garoa, ou melhor, da Livraria Cultura da Avenida Paulista. Ali começou minha verdadeira história com os livros…

Passei a ler mais, a ler de tudo um pouco. De ensaios a poesia, de autoajuda a sânscrito, e com isso minha biblioteca foi aumentando. De volta ao Rio de Janeiro e a facilidade de comprar online, minhas prateleiras ficaram pequenas, e a cada promoção, logo o porteiro tocava a campainha para entregar mais uma caixinha. E assim tornei-me uma compradora de livros, diferente de leitora.

Meu gosto foi mudando, alguns livros já não combinavam mais comigo, mas ainda assim eu os mantinha na estante. Alguns, por orgulho de tê-los, outros, escondia por não me identificar mais. Mas a pena de passá-los adiante falava mais alto e embora eu tenha vendido ou doado alguns, a maioria ficava ali, como um troféu.

Livros são muito mais que páginas escritas. São muito mais que histórias. É um símbolo, representa um status, e quando compreendi que aqueles livros parados na estante estavam ali apenas por causa de um ar de intelectualidade, foi o clique que eu precisava pra começar a trabalhar o desapego.

Não é a quantidade de livros que vai me fazer ser mais ou menos inteligente. Não é o número que me faz sábia. Mas sim, o quanto aprendi com aquelas leituras. Como cada uma delas, principalmente releituras.

Peguei uma caixa de papelão e ali prometi enchê-la de livros para doação. A cada livro que pegava em minhas mãos, um misto de sentimento de culpa com gratidão me faziam colocá-los, um a um empilhados com carinho. Este nunca li, vou passar adiante. Este eu já li, vou passar adiante…

E assim fui enchendo a caixa. Livros intocados, expectativas, uma Camile com a qual já não me reconheço. E ali fui me vendo, como em frente a um espelho, as várias fases pelas quais passei. Mistério, magia, idiomas, história, literatura, empreendedorismo, autoajuda e muito mais. No fim, duas pilhas de livros estavam na minha frente. Não revisei, apenas coloquei em duas sacolas e deixei ao lado da porta da sala. Do que restou, fiz uma nova revisão. E, novamente, comecei a encher a caixa de papelão com alguns títulos que poderia vender ou doar a amigos.

Não vou mentir dizendo que fiquei com poucos livros. Não, eu ainda tenho muitos. Mas os que mantive dizem muito mais de mim, refletem o meu momento, minhas necessidades de estudos e sim, foram selecionados a dedo. Começando uma nova fase, um novo ciclo, preciso de livros melhores, acadêmicos, de bons autores. Para meu trabalho, mantenho minha biblioteca de yoga, filosofia, budismo… mas apenas de bons autores. Bons autores assim como amigos cujos livros possuem um cantinho especial em minha prateleira.

Olho ao meu redor agora e me sinto bem. Mais leve, melhor representada. A vontade de sentar-me no frio com minha manta, com um chá do lado e abrir qualquer um dos livros que me cercam só me faz ter a certeza de que sim, fiz a escolha certa.

Sobre os livros que doei? São poucos dos quais me lembro o título. Tenho certeza que serão muito mais úteis nas mãos de uma outra pessoa do que empoeirados sobre uma prateleira.

Daqui em diante me comprometo a comprar apenas bons livros, dos quais vou ler, reler e consultar sempre. Literatura pretendo comprar apenas pelo Kindle. Nada de aproveitar promoções de autoajuda, marketing, desenvolvimento pessoal etc. Nada contra, mas leituras de uma só vez serão feitas apenas pelo Kindle.

Estou mudando muito a minha forma como lido com um livro e aos poucos vou compartilhando ainda mais essas impressões por aqui.

E vocês, como lidam com seus livros? Têm apego? Leem em formato digital ou precisam ter o papel em mãos? Conte sua experiência!

Categorias: Bem-Estar

Meus produtos de cabelo cruelty-free e veganos

Recebo muitas perguntas sobre produtos cosméticos cruelty-free (que não testam em animais) e apesar de ter uma lista aqui no blog com o que uso e já usei e recomendo, resolvi fazer alguns posts falando de cada um deles por categoria. Vamos começar por cabelos, com o que estou usando no momento e o que ajudou demais na recuperação dos meus fios durante minha transição capilar.

Shampoo Sólido Cativa

Meus produtos de cabelo cruelty-free e veganos - Shampoo Sólido Cativa | Vida Minimalista #vidaminimalista Eu meio que torcia o nariz quando ouvia falar sobre shampoo sólido, em barra que não faz espuma. Nós temos uma tendência a achar que quanto mais espuma, mais limpo ficamos mas mesmo assim resolvi experimentar. Conheci esse shampoo da Cativa durante a feira vegana Veg Borá, no estande da Âme Ecostore (que já viraram amigos!) e confesso que eu simplesmente amo esse shampoo. Quem está acostumado a usar shampoo com sulfato, vai sentir diferença sim. No começo, como nossos fios estão muito carregados de petrolatos dos cremes que passamos e é difícil de tirá-lo, temos a sensação de que o cabelo continua sujo, de que a falta de espuma não limpou direito ou que tem alguma coisa de errado, mas a ideia é persistir na lavagem, pois aos poucos ele vai se livrando dos resquícios pesados e vai ficando bem leve – e cheiroso. Meus produtos de cabelo cruelty-free e veganos - Shampoo Sólido Cativa | Vida Minimalista #vidaminimalista Esse shampoo é de Extrato de Pitanga e 100% vegano, e vêm numa embalagem de papel e plástico (poderiam melhorar, pra ser lixo zero) mas no fim das contas, é melhor que uma embalagem tradicional de shampoo. A dica é separar o cabelo em 4 partes e começar passando o sabão na raiz, pra ficar bem limpo. Depois massageia bem no comprimento dos fios e enxague. Pronto, cabelo limpo! E pra falar a verdade, nem é tão necessário assim um condicionador, já usei sem e deu super certo. Mas vamos ao Yamasterol…

Yamasterol

Meus produtos de cabelo cruelty-free e veganos - Yamasterol | Vida Minimalista #vidaminimalista O amarelinho, tradicional! Yamasterol é da empresa Yamá, que é (e sempre foi) cruelty-free e vegana. Não contém parafina e nem silicones, o que é ideal pra ser usado em conjunto com o shampoo sólido sem sulfato. Ele é multifuncional, dá pra usar como co-washing (lavar apenas com o creme), como condicionador, máscara hidratante (nunca usei assim, mas tem quem goste) e creme para pentear. Uso muito como condicionador (deixando dentro do box) ou pra pentear, na bancada do banheiro. Meu cabelo se deu super bem com ele.

Leave in (Chá Dao)

Meus produtos de cabelo cruelty-free e veganos - Leave in Chá Dao | Vida Minimalista #vidaminimalista Em uma das feiras veganas que fui aqui no Rio de Janeiro, conheci o Chá Dao, que na verdade é especializado em vários tipos de chás – foi lá que comprei também meu paninho pra coar suco verde. Esse leave in é feito de óleo de mamona (rícino), de amêndoas e lavanda. Depois de um tempo percebi que é super fácil de fazer, basta ter os 3 ingredientes e colocar em um potinho de vidro com essa bombinha e reaproveitá-la futuramente quando acabar. Mas a compra valeu, pois eu ainda não conhecia e não sabia que era tão bom pro cabelo. 🙂 Dica às cacheadas: coloque uma gota do leave-in na palma das mãos, esfregue bem e amasse as pontas do cabelo pra ativar os cachos. Tenho feito isso sempre que quero cachos mais definidos e isso ajudou demais na transição capilar quando eu estava com a metade do cabelo cacheado e a outra metade ainda com química.

Óleo de coco

Meus produtos de cabelo cruelty-free e veganos - óleo de coco | Vida Minimalista #vidaminimalista Não é um produto comprado com a finalidade cosmética, mas gosto muito de fazer umectação com ele. Pra separar o óleo que uso na cozinha do que uso no cabelo e pele, arrumei um potinho com tampa e deixo no armário do banheiro, assim fica mais fácil e prático usar sempre que preciso. Falei mais sobre a umectação nesse post aqui.

A diferença da quantidade de produtos cosméticos que uso no meu dia-a-dia mudou demais. Antes eu tinha tantos produtos que chegavam a perder a validade por não usá-los. Agora, ainda que eu goste de testar e conhecer produtos veganos e quando possível, orgânicos, mantenho o que eu realmente uso no momento. A dica pra quem quer reduzir é fazer uma limpeza do que não usa tanto e passar pra frente, doar pra amigos e família. Mantendo apenas um produto de cada, conseguimos prestar mais atenção se é bom ou não, além de termos a possibilidade de decisão na hora da próxima compra. Com a consciência de uma compra de cada vez, conseguimos ser mais seletivos e levar pra casa apenas aquilo que combina de verdade com nossos princípios. É muito importante termos em mente que minimalismo não é reduzir o consumo baseado na quantidade, mas reduzirmos nosso impacto no planeta. Pensarmos em alternativas, empresas que REALMENTE estão preocupadas com a sustentabilidade é um passo muito importante nessa jornada.

E você, tem algum produto pra indicar aos outros leitores que sejam de empresas conscientes?

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