Junho foi um mês especial. Com o ápice do Inverno (sim, o solstício, na verdade, é o ápice e não o início da estação como falamos no ocidente), muitas revelações aconteceram pra mim.
Sempre tive uma conexão muito forte com os ciclos da Terra e por um período da minha vida havia perdido essa sintonia. Olho pra isso sem culpa, ressignifico como fazendo parte do meu processo cíclico de aproximação e afastamento, contração e expansão, lua e sol…
Mas os invernos pra mim têm um significado muito especial. Com esse chamado de recolhimento e reflexão, sinto-me mais intuitiva. Falo menos, escuto mais, escrevo mais, leio mais… Penso, reflito, me acolho.
É nesse período também que minha reforma íntima está no ápice e, por inúmeros motivos, voltei a sintonizar e conectar com meus Mestres Espirituais.
No momento do caos, foi difícil aceitar que era preciso pausar. O ego não me permitia abandonar algo que me era tão importante. Mas foi necessário. Hoje, ressignificando muitas coisas no campo espiritual e religioso, me vejo enxergando a situação de uma outra forma. Como uma espiral, voltamos ao mesmo ponto, mas em uma nova posição.
O que é cíclico sempre nos faz retornar, mas a cada volta, mudamos.
Sempre que voltamos àquele ponto, já somos uma outra pessoa.
Gratidão, Junho, por ter me reconstruído das cinzas. Depois de jogar tudo pro alto, catei apenas os caquinhos que me eram importantes e me reconstruí, deixando pra trás aqueles que não se encaixavam mais em mim.
O que Junho significou pra você? Como você se sente nos períodos invernais de recolhimento?