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O que fazer quando é difícil desapegar?

O que fazer quando desapegar é difícil? | Vida Minimalista

Quantas vezes você já fez declutter das mesmas coisas? Roupas, sapatos, livros, memórias… E se estamos trabalhando o desapego, por que sempre voltamos a bater na mesma tecla? Por que não resolvemos tudo desde a primeira vez, como nos ensina Marie Kondo em seu livro A Mágica da Arrumação?

Estas foram algumas perguntas que fiz a mim mesma, quando me vi novamente abrindo meu guarda-roupas e separando peças para doação. Ora, se eu sempre faço declutters separando roupas, livros, CDs e tudo o mais para desapegar, por que ainda guardo comigo itens que não uso e que irão embora na próxima arrumação? Não teria sido mais fácil ficar apenas com alguns poucos itens e desapegar de tudo que eu tinha dúvidas?

Na minha opinião, cada declutter é um processo de autoconhecimento, não apenas descartar objetos aleatoriamente. Pode ser que num primeiro momento seja mais fácil desapegar de um volume maior de itens, pode ser que apenas meia dúzia de peças saiam do seu guarda-roupas, mas a verdade é que cada um tem seu ritmo, seus fantasmas e suas emoções com que lidar.

Quando fazemos uma arrumação selecionando peças que queremos desapegar, não estamos trabalhando apenas com o objeto friamente. Memórias, emoções, tudo acaba vindo à tona, superficializando, como se estivéssemos sacodindo um copo de água com terra. E neste momento, temos que lidar com várias questões que muitas vezes nos sobrecarregam emocionalmente. Lembranças de momentos tristes, felizes, pessoas, tudo vêm à superfície e exige que tomemos uma atitude em relação a cada uma delas. É por isso que o processo do desapego não é algo simples, e nem todos lidam com a mesma forma.

Há pessoas que separam itens pra doação sem apego nenhum. Apenas olham para cada roupa, cada sapato e colocam na sacola de doações. Já há outras, que encaram o processo como algo mais doloroso, já que memórias estão mais associadas a a cada objeto. Neste caso, o processo é mais lento, pois há que se trabalhar melhor as lembranças e emoções que surgem no indivíduo. Cada um é diferente do outro, e por isso não há como padronizar, nem julgar.

Se você não sabe por onde começar seu processo de desapego, comece devagar. Busque seu ritmo, entre em contato com suas emoções e sentimentos. Não se julgue se quiser manter aquela camisa que não serve mais, mas que está carregada de lembranças. O importante é que você tomou consciência de que há algo a ser trabalhado. Pode não ser agora, mas numa próxima arrumação.

Nem sempre temos que tomar uma decisão imediatamente, principalmente nos primeiros declutters. O mais importante de uma primeira arrumação, é tomarmos consciência do que temos, do volume de itens que não nos servem mais. Claro que o melhor é desapegar, mas se for um processo difícil, relaxe. Tenho certeza que numa próxima vez você saberá lidar melhor com as emoções e sentimentos associados a cada item colocado de volta no armário, afinal, cada um tem seu tempo. Cada um tem sua história.

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Categorias: Livros

Manual de Limpeza de um Monge Budista

Manual de Limpeza de um Monge Budista, de Keisuke Matsumoto (resenha) | Camile Carvalho #camilecarvalho.com

Desde que vi o Manual de Limpeza de um Monge Budista na lista de indicações da Amazon, fiquei com uma vontade imensa de lê-lo, e pra minha surpresa, ao conhecer pessoalmente uma leitora do blog, ganhei de presente dela, que achou que o livro tinha tudo a ver comigo (obrigada, Neide! Amei te conhecer!). <3

Manual de Limpeza de um Monge Budista é um livro simples e rápido de ler, com vários tópicos sobre como é feita a limpeza de um templo budista no Japão. Escrito por Keisuke Matsumoto, o livro é dividido em 7 partes que concentram dicas de utensílios, objetos pessoais, cozinha, banheiro entre outros, finalizando com a sessão de limpeza do corpo e da alma.

Manual de Limpeza de um Monge Budista, de Keisuke Matsumoto (resenha) | Camile Carvalho #camilecarvalho.com

O banheiro

O que mais me chamou a atenção é a preocupação que eles têm com a limpeza, principalmente do banheiro, que deve estar impecável. Como escreve o monge, “toaletes possuem alto poder purificador, de modo que a limpeza deve ser absoluta, sem resquícios sequer de digitais”. Ele ainda afirma que tal limpeza nos mosteiros é sentida na pele, de modo que usar as instalações traz alívio e conforto.

Desapego e roupas

Outra questão que me chamou muito a atenção é a importância que eles dão ao desapego, ressaltando que não devemos possuir mais do que precisamos, e também explicam a prática do Koromogae, que é a troca sazonal das roupas, como um ritual, o que parece muito com a ideia do Armário-Cápsula, difundido ultimamente aqui no ocidente, que consiste em separar um número restrito de roupas a serem usadas em determinada estação enquanto outras são guardadas. Eu não imaginava que isso era uma prática tradicional entre os monges budistas, e me animei ainda mais a avaliar o que tenho no meu armário e como posso fazer tal rotatividade de acordo com o clima do Rio de Janeiro, que não tem muito bem as estações definidas.

O lixo

O maior estalo que me deu foi na parte que se fala sobre o lixo.

“O que é lixo? Aquilo que é velho, inútil, imprestável? Objetos não nascem lixo, tornam-se quando alguém os desgasta ou quebra, quando passa a enxergá-los nessa condição.” Pág. 15

A preocupação deles em restaurar, recuperar e aproveitar ao máximo cada objeto que adquiriu devido ao senso de responsabilidade com o planeta me fez refletir muito sobre a imagem que alguns têm sobre o declutter. Marie Kondo já havia falado em seu livro A mágica da arrumação para nunca tratarmos os objetos que estamos desapegando como tralha/lixo, e este livro reforçou essa ideia. O que pode ser inútil para mim, certamente será bem aproveitado pelo outro. Portanto, ao separarmos objetos e roupas para doação, vamos pensar melhor em como vamos tratá-lo, para que não pareça que estamos nos desfazendo de um lixo e jogando na casa de outras pessoas. Ao invés disso, vamos tratá-lo com o sentimento de gratidão, e que ele possa fazer outra pessoa feliz, assim como já nos fez durante o tempo que permaneceu conosco.

Manual de Limpeza de um Monge Budista, de Keisuke Matsumoto (resenha) | Camile Carvalho #camilecarvalho.com

Acredita-se que liberdade é fazer o que se quer na hora que se deseja. Porém, a liberdade, de fato, é viver em paz, com o coração pleno de felicidade. E isso se obtém somando cada uma de nossas ações. – pág. 170

A diagramação do livro é muito bonita, com páginas amareladas e textura boa para a leitura, usando fontes confortáveis e espaçosas. Manual de limpeza de um monge budista tem 176 páginas e pode ser comprado online pela Amazon. O único ponto negativo do livro é que o achei curtinho demais. Fiz a leitura em aproximadamente uma hora, talvez por ter gostado bastante do tema. Gostaria que fosse um pouco  mais completo, mas achei no geral um livro gostoso de se ler e que nos dá um ânimo imenso de dar um pulo da cadeira e ir faxinar o banheiro. Juro.

Manual de Limpeza de um Monge Budista, de Keisuke Matsumoto (resenha) | Camile Carvalho #camilecarvalho.com

E vocês, já leram este livro? O que acharam? Compartilhe suas experiências!

Matsumoto, Keisuke. Manual de limpeza de um monge budista. São Paulo: Planeta do Brasil, 2015.

Categorias: Bem-Estar

Video: Minha transição capilar #2 – O corte

Eu sei que já faz um tempinho que cortei o cabelo, mas só agora editei os vlogs do dia que cortei e o depoimento que dei logo após o corte. Pra quem está em transição capilar, abandonando as químicas e em busca de um cabelo mais natural, meu conselho é que corte sem dó. O cabelo parece que “respira” melhor, fica muito mais maleável e responde bem aos tratamentos de hidratação, sem aquele aspecto poroso dos fios.

Além do mais, a parte danificada com química não deixa que os cachos se formem. Quando eu lavava o cabelo e amassava as pontas pra formar os cachos, ele durava até secar. Logo em seguida os cachos ficavam apenas na parte crescida das raízes e as pontas ficavam com aquele aspecto alisado.

Depois que cortei, o cabelo ficou mais leve e mais fácil de moldar, de segurar os cachos. Claro que ainda não saiu a química toda, mas eu não queria mais esperar para fazer o corte. Daqui a uns 6 meses, mais ou menos, pretendo fazer novamente o corte pra remover o restante da química que ainda está nos fios, que é de aproximadamente 10cm.

E você? Já passou por química e depois resolveu voltar aos cachos naturais? Como foi seu processo?

Assista o vídeo, dê um like e se inscreva no meu canal para receber as atualizações assim que ocorrem. 🙂

Se você não assistiu a primeira parte do vídeo, clique aqui e assista.

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