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Você está se divertindo mesmo?

Eu sei, você trabalha como um louco, acorda cedo, sai correndo, almoça na rua e vai direto pra faculdade. Até que um dia decide começar a fazer algo como hobby, para aliviar a tensão do dia a dia. Se matricula em uma academia ou entra em um curso de línguas que tanto queria fazer há tempos. No início tudo era fantástico, estava realmente se divertindo, até que os compromissos vindos do que antes era hobby, passam a te desmotivar se tornando um peso ir novamente naquela aula de dança que só tem gente chata.

Isso já aconteceu comigo e talvez já tenha acontecido com você. Nem sempre o que achamos que será uma distração nos faz relaxar e isso pode ter dois principais motivos:

1) Você se cobra demais para manter-se no nível de quem está levando a sério.

2) Te cobram demais sem levar em consideração que você só queria se distrair.

Essas duas situações nem sempre vão nos trazer os benefícios que pensamos em ter quando decidimos fazer a atividade. Lembro da época em que eu fiz um curso básico de Japonês e que havia na sala em média 10 jovens, ansiosos por aprender o novo idioma. Os motivos eram diversos: ou porque poderia ser útil futuramente, ou devido à exigência da empresa em que trabalhavam ou porque queriam saber tudo sobre a língua. Porém, entre nós havia uma senhora de uns 70 anos. Na primeira aula, a professora perguntou a cada um de nós o motivo de querer aprender japonês, quando a senhora respondeu: “Fico o dia inteiro em casa, um dia eu estava passando por aqui e li que estavam abertas as inscrições para cursos de línguas. Como as vagas do inglês já estavam preenchidas, escolhi o japonês mesmo, é bom que distrai“. E ela se divertia nas aulas!

Diversão. Essa é a palavra-chave para quem está sobrecarregado. Como essa senhora, precisamos fazer alguma atividade que nos traga prazer e não que some ao estresse da semana. De nada adianta entrarmos em uma aula de dança para distrair a mente, se saímos de lá tristes por não termos conseguido fazer determinado passo e se achando um fracasso. Não adianta querermos aprender um novo instrumento para distrair a mente se no final do dia a vontade que temos é jogar o violão contra a parede porque não conseguimos fazer o acorde de Fá corretamente.

Não é que devemos desistir fácil nos primeiros obstáculos, mas quando decidimos fazer algo, temos que ter em mente o propósito daquilo. Temos que aprender a nos cobrar menos quando não precisamos ser cobrados, para que tenhamos energia suficiente pra nos dedicarmos ao que realmente precisa de foco e atenção. Claro que para toda regra há uma exceção e muitos talentos são descobertos durante atividades antes encaradas como hobby. O que sugiro a você é que repense suas atividades:

Há alguma que você planejou para ser seu momento de relaxamento e que se tornou estressante? Se sim, é hora de reavaliar se não está na hora de mudar de rumo.

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8 comentários

  1. Isso me lembrou que algumas vezes eu me sentia super mal quando jogava Ragnarök. No início era um prazer, mas meus amigos me pressionavam constantemente para conseguir mais experiência e níveis. Um jogo que era para me relaxar se tornou um vilão estressante. Adorei a postagem! 😀

  2. Também já passei por isso algumas (várias) vezes: e enquanto alguns hobbies viraram profissão; outros até hoje ficam numa zona cinzenta de cobrança-causadora-de-estresse. Mas algum dia eu supero isso…

    1. Espero que consiga superar! Quando fazemos algo para diversão não deve causar estresse nem cobranças =]

  3. Isso é um fato nesse mundo competitivo e cheio de pragmatismo. Um pouco de lazer só para relaxar não faz mal a ninguém.

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