Categorias: Meu Diário

Olá, novembro!

Iniciamos novembro com um novo desafio pela frente. Após um período conturbado de extrema polarização e fanatismo desenfreado (que aparentemente não acabará tão cedo), a vida continua.

É preciso que observemos a nós mesmos para que percebamos que tudo o que é material, passa. O agarramento às coisas e ideologias materialistas e terrenas só causa sofrimento, e por este motivo é urgente que olhemos para o céu, para o que há de mais elevado e para o que é eterno.

Aos que estão felizes e aos que estão desolados, resta-nos fazer uma única pergunta: como está a nossa vida espiritual? Façamos um exame de consciência, mantenhamo-nos em Estado de Graça e não nos percamos do nosso único guia: a Verdade / Deus.

Nada que é materialista nos leva à salvação. Caminhemos em meio ao caos, porém com nossos olhos mirando o Divino. Sejamos o sal da Terra e a luz do mundo.

Categorias: Comportamento

A sutil agonia da vigilância

Talvez as coisas estejam indo longe demais. Ou talvez, já há muito tempo perdemos o controle de tudo e só agora estamos percebendo. Eu não sei vocês mas nesses últimos dias algo me incomodou demais em relação à privacidade, e vou contar a vocês.

Domingo fui ao shopping comprar algumas coisas que estava precisando e uma delas foi um shampoo. Um simples shampoo na farmácia. Como já sei o que sempre uso e sou extremamente prática, simplesmente entrei na farmácia, fui direto à prateleira dos produtos de cabelo, peguei o que queria, fui ao caixa, paguei. Ponto. Se levou 5 minutos tudo isso, foi muito!

Pois bem. Desde então, ao chegar em casa e acessar meu email, percebi que havia recebido um email da farmácia pedindo que eu avaliasse o atendimento. Como sempre, deletei e segui a vida. Não gosto – mesmo – dessas avaliações, salvo quando peço algo pelo iFood e sei que o entregador precisa daquilo pra manter seu emprego. Fora isso, acho invasivo receber um email de avaliação de atendimento de uma compra que mal durou 5 minutos. Eu não tive uma experiência de compra. Eu simplesmente fiz o trivial.

Email deletado. Problema resolvido? Não. Hoje é quinta-feira e desde então recebi mais dois emails iguais. Pedindo que eu avaliasse uma compra de domingo, uma compra simples e comum. Minha gente, eu não comprei um carro. Foi um shampoo. Poderia ter sido pior, eu poderia ter comprado uma barra de cereal e comido ali, no mesmo dia. O produto já teria acabado em 2 minutos e os emails continuariam chegando?

Vivemos sendo vigiados constantemente, eu sei. Eu sei que só por ter conta em redes sociais, os “grandes” sabem de toda a minha vida, até que estou solteira, que curso Teologia, que voltei pra Igreja Católica, minha idade, quanto ganho, eu sei, eu sei de tudo isso. Mas é tudo muito bem disfarçado, quase não percebemos essa constante vigilância. Mas convenhamos, há algumas atitudes que nos incomodam, que tocam em um ponto sensível e nos desperta uma agonia sutil de estarmos sendo vigiados. E hoje eu senti isso.

Sei que há muitos métodos, regras, manuais de como melhorar a experiência de compra do cliente blá blá blá. Mas o que as empresas têm que perceber é que uma regra nem sempre vale pra tudo. Receber um carro zero com um laço de fitas é uma coisa. Receber 3 emails pedindo que eu avalie uma compra que fiz em 3 minutos de um shampoo, é outra.

Vocês já passaram por alguma situação semelhante, na qual se sentiram invadidos com emails ou até mesmo vendedores? Conte pra mim sua experiência.

Categorias: Bem-Estar

Bolinhas piscantes e rosto dormente: um relato da minha enxaqueca com aura

blog-enxaqueca-aura | Blog Camile Carvalho Vida Minimalista

Este fim de semana foi um pouco diferente do normal. Tive uma enxaqueca com aura terrível que começou na sexta-feira e se estendeu até o sábado à tarde. No princípio, achei que era apenas uma dor de cabeça normal por ter bebido pouca água ou por ter ficado até a madrugada trabalhando no computador pra entregar algumas peças de divulgação que eu precisava fazer. Mas não foi algo simples e só me dei conta no sábado mesmo, quando precisei faltar à missa (eu canto na missa!) pois mal conseguia abrir os olhos.

Eu tenho um tipo de enxaqueca que é um pouco diferente, apenas 25 % das pessoas têm. Há pessoas que sentem a dor e ficam por dias, disparadas por algum evento específico, como o alto consumo da cafeína, estresse, má alimentação e tantos outros catalogados. A minha enxaqueca é diferente, porém toda organizada (até isso combina comigo). Ela segue o seguinte padrão:

As fases da minha enxaqueca com aura

1 // Aura: o primeiro sinal da minha enxaqueca são os estímulos visuais. Geralmente estou lendo algum texto e percebo que o centro fica embaralhado ou com uma mancha escura, não me permitindo ler. Só consigo com a visão periférica. É como se o centro estivesse vibrando. Sempre começa com um ponto pequeno no centro e vai crescendo. Houve uma vez em que eu enxergava uma espécie de mandala girando no centro da minha visão, que cresceu até tomar conta da minha visão total em aproximadamente uns 10 minutos. Quando tenho isso, já sei que devo tomar o medicamento, me recolher pra um quarto escuro e fechar os olhos, esperando pelas próximas fases.

2 //  Dormência no rosto, braço e mão: assim que o estímulo visual encerra, começo a sentir dormência em um único lado do corpo. Em geral é no lado direito. Não sinto meu rosto, minha pálpebra, o lado do meu lábio, meu braço e mão. Zero sensibilidade. Fico por alguns minutos com essa sensação e, aos pouquinhos, vou voltando a sentir o meu corpo. Quando penso que, enfim, estou melhorando…

3 // A dor de cabeça: e ela vem como uma pancada. BOOM. Do nada, ela inicia e a dor é insuportável. Nesse momento tudo que preciso é ficar no quarto escuro, olhos fechados e tentar dormir. Acho que o medicamento que tomei lá na fase da aura começa a fazer efeito e me dá sonolência. Certa vez, nessa fase, comecei a embaralhar a fala, por isso sempre prefiro dormir.

4 // Ressaca: assim que a dor passa, e ela vai embora do nada, assim como chegou, ainda tenho sensibilidade quanto à claridade. E isso dura por alguns dias. Geralmente sinto dificuldade de enfrentar uma tela de computador, de me concentrar, de participar de atividades… é como uma “preguiça”. Sabe aqueles dias em que estamos exaustas mas ainda temos uma aula à noite e a mente não consegue acompanhar nada, só estamos “existindo”? Fico um pouco assim, apenas “existindo” nos 2 ou 3 dias seguintes.

Periodicidade

O mais estranho da minha enxaqueca é a periodicidade. Tenho notado que os episódios ocorrem a cada 4 anos. Sei disso pois sempre compro uma caixa do medicamento e anoto a data da crise nela. Quando tenho a próxima, o medicamento já está fora da validade e preciso comprar outro. Porém, neste ano é a terceira vez que tenho crise e isso indica que algo não está muito bem com a minha rotina.

Quis escrever esse relato sobre a minha enxaqueca pois a primeira vez que tive, fui pra emergência do hospital por não estar sentindo o meu lado direito do corpo. Lá fui diagnosticada com enxaqueca e medicada. Isso foi por volta de 2005 e eu não conseguia achar informações em lugar nenhum sobre os sintomas visuais. Relatando aqui, talvez esse conteúdo seja útil pra alguém que também, sofre com as bolinhas piscantes antes da cabeça explodir.

Comente aqui abaixo se você tem ou conhece alguém que tem enxaqueca. O que você costuma fazer quando a crise chega?