Categorias: Comportamento

Mude sua perspectiva!

Camile Carvalho

Faz um pouco mais de uma semana que escrevi meu último post. Após algumas leituras mais espiritualizadas, entrei em um estado um pouco mais contemplativo, reflexivo. Não conseguia sequer abrir o notebook pra atualizar minhas redes sociais, produzir conteúdo pro blog e nem mesmo pra ler sites e blogs que costumo visitar.

Algumas pequenas mudanças na minha rotina me fizeram melhor, depois de alguns sentimentos estranhos invadirem – e quase dominarem – a minha mente. Há alguns dias perdi meu avô, e minha família, principalmente minha mãe, passou por um estado emocional um pouco difícil, com o qual tive que compartilhar e apoiar. Sei que nestes momentos não há uma fórmula secreta para trazer a felicidade de volta (e nem é bom, devemos sempre respeitar o tempo e a tristeza) mas tomei algumas atitudes que me fizeram sentir melhor e me deram mais força para levantar a cabeça e seguir em frente.

Meditação

Quando voltamos para si, conseguimos enxergar nuances e compreender melhor o que está acontecendo. Refletir sobre algum problema que estamos passando ou simplesmente deixar a mente esvaziar é extremamente benéfico para encontrarmos uma solução ou simplesmente acalmarmos nossos pensamentos.

Yoga

Intensifiquei minhas práticas de yoga nos últimos dias. Faço aulas duas vezes por semana, o que me deixa muito feliz, mas percebi que nos momentos em que menos queremos praticar é que somos beneficiados com o equilíbrio e a mente tranquila. Pratiquei todos os dias em casa, e mesmo com pouca concentração e vontade, me fez bem. As vezes só de sentar no tapete e concentrar-se nas posturas (asanas) já é o suficiente para mudarmos o padrão de pensamentos.

Ler, ler e ler

Fazia muito tempo que eu não me sentava relaxada para ler um bom livro. Aproveitei que meu professor de yoga me emprestou o livro do iogue Milarepa e me joguei na leitura. Nada me tirava a concentração e passei boas horas mergulhada em uma linda história (posso compartilhar com vocês se quiserem!). Voltei ao meu ritmo de leitura e já emendei um segundo livro, o Autobiografia de um Iogue, de Yogananda, o qual nunca consegui terminar por ter mais de 500 páginas.

Valorizar os pequenos detalhes

Estou dormindo com as janelas e cortinas completamente abertas para ser acordada com o sol. Bebo um copo de água assim que levanto, olho pela janela, respiro fundo e agradeço por tudo que tenho e sou. Um sorriso ao acordar pode mudar nosso dia, acredite! Plantei flores na varanda. Abraço meu cachorro. Admiro as plantas na faculdade enquanto sento em silêncio esperando a hora da aula. Há muita beleza ao nosso redor, mas nem sempre as percebemos por causa da correria do nosso dia-a-dia. Desacelere e contemple o belo!

Alimentação equilibrada

Quando estou triste abro a geladeira. Tenho o costume de descontar na comida minhas frustrações, raivas e qualquer sentimento negativo, o que prejudica ainda mais meu corpo. Mas não dessa vez. Fui ao mercado e comprei mais frutas. Reduzi o consumo de pães, tomei mais sucos sem açúcar, menos café, menos gorduras e me concentrei para não parar na primeira confeitaria e pedir aquela torta calórica. Não queria prejudicar mais a mim mesma e o resultado foi muito favorável. Mais energia, mais disposição e força de vontade. Para mim, uma alimentação equilibrada é fundamental e responsável pelo equilíbrio emocional.

Desconectar

Como falei no início do texto, não tive vontade de ligar o notebook. Nem para escrever, nem para ler, nem para atualizar minhas redes sociais, apenas compartilhei algumas fotos no Facebook e Instagram através do celular. Cheguei a pensar em unir meus dois perfis do Twitter, o meu pessoal (@heycamile) e o do blog (@vminimalista) justamente por não ter tanta necessidade de manter os dois separados. Ainda estou pensando no que fazer. Também pensei se seria útil transformar meu perfil pessoal do Facebook em uma fanpage, mas o único inconveniente é que nesse caso eu não conseguiria comentar nos posts dos meus amigos. Recuei da ideia apenas por causa disso.

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A lição que aprendi com esse acontecimento foi que em uma situação como essa, temos todo o direito de sentir tristeza, ficarmos mais reclusos e introspectivos, mas temos dois caminhos a seguir: ou abraçamos a tristeza e deixamos que ela nos domine alcançando grandes proporções ou tentamos mudar nosso padrão de pensamento a fim de não nos deixar levar por pensamentos ruins. Escolhi a segunda opção, que claro, não é fácil, mas que certamente me fez bem. 🙂

E vocês, o que costumam fazer quando aquela nuvenzinha escura de tristeza começa a pairar sobre suas cabeças? 

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16 comentários

  1. Sinto pela sua perda, Camille. Escrevi sobre isso há pouco tempo, sobre preocupações e sobre como não deixa-las nos dominar. E ontem mesmo estive escrevendo sobre sofrimento. Exatamente isso, temos uma escolha: mudar ou não nosso padrão de pensamento, para não permitir que a dor nos defina, ou que ela mude nossa essência. Você certamente fez a escolha mais difícil mas também a mais indicada 🙂
    Um abraço!

  2. Estou passando por essas situações de tristeza também e é bem complicado… Não consigo lidar com o fato de tentar novamente, quando algo dá errado, acabo desistindo. Fui a um evento de meditação guiada e me senti muito melhor. Estou tentando praticar em casa, mas não conheço muito. Teria alguma dica?
    Quanto a ioga, muito me interessa; Mas nunca tive aula e não encontro próximo a minha casa. Vi que postou o desafio dos 30 dias, será que dá pra fazer mesmo quem nunca teve contato com a arte?
    Mantenha-se bem!

    1. Oi Alicia,
      Eu comecei a fazer Yoga todos os dias de manhã com vídeos do Youtube, tem diversos canais e o que acompanho é o Psychetruth, gosto bastante mas ele é todo em inglês. Se procurar tem outros em português também.
      Ainda quero fazer aulas, mas por enquanto os vídeos tem ajudado bastante.
      Paz

  3. Parabéns pelas escolhas e atitudes. Momentos de tristeza sempre chegam, mas aí depende como vamos conduzir adiante. Todas as práticas/atividades que você escreveu fazem parte do meu dia-a-dia, e sinceramente, não sei como seria sem elas, não que exista uma dependência para que eu me sinta bem, mas são o momento que crio para restaurar (e às vezes reencontrar) a energia da vida. E claro, fazer aquilo que nos faz bem sempre observando para conhecer melhor quem somos e como estamos vivendo.

  4. Gostei tanto do texto que nem tenho muito o que falar. Sobre a rotina matinal: faço algo semelhante e é maravilhoso.

  5. Camilla,
    Antes de mais nada, meus pêsames pelo seu avô. Deve ser muito difícil ver nossos pais, no seu caso, sua mãe, sofrer e nos sentirmos atados. O que podemos fazer é apoiar e rezar.
    Yoga muda a gente mesmo! Quando eu era mais adepta, conseguia relaxar meu corpo todo apenas praticando a respiração consciente e pensamentos do tipo “relaxe, solte e amoleça”, além do mantra “so ham”. Voltei a praticar recentemente em casa para ver se consigo sair desse “buraco emocional” em que me encontro.
    Já experimentou o sopro ha? Ele é ótimo e inicio minhas práticas com ele. Se você não conhece, sugiro dar uma pesquisada para saber as maravilhas que ele nos proporciona.
    A yoga, quando nos preocupamos com a filosofia, acaba nos tornando minimalistas. Não tem como escapar disso, rsrs.
    Abraços.

  6. Oi Camilla,
    Acompanho seu blog há um tempo, quando comecei a me interessar pelo minimalismo e procurar sites relacionados.
    Sinto muito pela sua perda, também estou passando por um momento em que me vi sem chão e agora estou começando a ver a luz no fim do túnel.
    A meditação foi muito boa pra mim, e também a disciplina e cuidado com o meu corpo.
    Agora o que me confortou muito, de verdade e me fez ver outros horizontes foram os vídeos do padre Fabio de Mello no youtube, uma amiga tinha me recomendado mas eu nunca tinha olhado até passar por esse baque. Não sou católica, assim como muitos que admiram esse padre, e realmente admiro e reconheço ele como uma pessoa iluminada e muito sábio.
    Essa foi a maneira que encontrei para me reencontrar depois de um furacão que passou na minha vida.
    Te desejo o mesmo.
    Paz

  7. Oi Camilla!
    Sinto muito pelo seu avô , espero que toda sua família consigam se recuperar dessa situação.
    Eu já comentei no insta que eu adoraria saber sobre esse livro que você leu 😉
    Estou tentando ter tanta determinação quanto vc nesse quesito da alimentação , espero conseguir !
    Abraços e muita paz para vc!

  8. Oi Camila!
    Eu ter vindo parar aqui neste seu post, suuuuper sem querer hoje, foi uma providência de algo maior do que nós. Tenho certeza disso!
    Sinto mto, mto mesmo pelo q passou (e talvez ainda esteja passando) com sua família. Dói mto quando quem amamos é atingido assim e desejo do fundo do coração que todos fiquem o mais bem possível o quanto antes.
    Estou passando pelo pior momento da minha vida até agora. É, acho q é o pior sim. Pensamentos bem confusos, perdida, perdida.. e não estou conseguindo deixar o tempo passar, deixar as coisas acontecerem e se desenrolarem um pouco, fico querendo resolver tudo rápido.
    Mas como vc disse, devemos respeitar a tristeza. E acho q preciso conseguir de alguma maneira me conectar mais comigo mesma para deixar o tempo passar.
    Vou seguir algumas das dicas, com certeza. Tentar me conectar mais comigo mesma também. =)

  9. Gratidão por compartilhar seus sentimentos de uma maneira leve e que faz a gente pensar! Adoro seu blog!

  10. Olá! Antes de fazer meu comentário, queria dizer que sinto muito pela morte do seu avô, essa deve ser uma perda bem triste.
    Estou naquela fase mais intensa da vida, onde cada passo pode ser um erro, a adolescência. São muitos julgamentos, pessoas dizendo que seu rosto ou corpo é feio, mas eu realmente não ligo para essas coisas, e isso só faz com que eles nos julguem mais. O que faço para ultrapassar essas barreiras? Me ligo em quem me ama de verdade, parece clichê, mas é o melhor conselho que alguém pode lhe dar. Também gosto muito de dançar e ler, essas atividades me fazem espairecer um pouco, mas nada se compara a uma boa conversa com sua bff.
    Beijos,
    Lara – http://www.whoisllara.com/

  11. Meus sentimentos pela sua perda.
    Eu concordo TANTO com tudo que você escreveu nesse post que nem sei o que dizer. Normalmente quando algo ruim acontece comigo ou me entrego a tristeza ou sigo o mesmo que você fez. Eu tenho uma péssima tendencia a descontar tudo na comida, com muito esforço e bem devagar isso está mudando, mas é complicado.
    Abçs

  12. sinto muito pela sua perda, Camile. eu passei recentemente por perda parecida, esse sentimento de perda é impossível de explicar a quem nunca passou por isso. eu não tenho lidado bem com o assunto, a família inteira também não.
    uma tia me disse sorrindo “a vida continua”, vamos ser feliz! e com essa frase simples, me deu um pouco mais de força, mas como você disse, temos que respeitar o tempo de luto e tristeza porque isso é uma coisa que só o tempo vai amenizar.

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