Categorias: Comportamento

5 Dicas para conviver com não-minimalistas

Dicas para conviver com não-minimalistas | Vida Minimalista | vidaminimalista.com

Muitos leitores me perguntam como se deve agir quando se convive em uma família não-minimalista. Como esse também é o meu caso, acho que posso ajudar um pouco. Ao longo dos anos meus pais acumularam de tudo um pouco. Papéis, eletrônicos, fitas K7, CDs e mais um monte de coisas que se eu for listar, não acabarei hoje.

Quando comecei no meu processo de redução de tralhas, causei uma série de transtornos aqui em casa. Reclamações de que eu estava me desfazendo de coisas importantes, preocupações em relação ao que eu estava jogando fora entre outras, e foi por esse motivo que decidi ir com calma, para que não houvesse um impacto grande na família. Assim fui me desfazendo aos poucos do que não me servia mais, brinquedos da minha infância (sim, minha mãe guardava – e ainda guarda alguns até hoje), roupas que não me cabiam mais, reciclei sacolas e mais sacolas de lixo, enfim, reduzi o que pude dos meus pertences, sem interferir em nada nos objetos da família. Como foi uma decisão minha, eu tive a consciência de que deveria apenas tomar essa decisão com o que era meu.

Para minha surpresa, meu pai um dia me chamou pra acompanhá-lo até a instituição que faço as doações, pois eles haviam separado algumas sacolas de doações e jogado muito lixo fora. Foi aí que percebi que não adianta impormos nosso pensamento aos outros, mas devemos inspirar através do exemplo. Acredito que a melhor forma de falar à família e amigos sobre o minimalismo é através das nossas ações, mostrando como nos tornamos uma pessoa melhor ao aderir a esse estilo de vida (não só o minimalismo, como qualquer outro estilo de vida). Atualmente, minha mãe está inspirada a “dar um jeito” na casa, se desfazendo do que não nos serve mais a fim de ajudar a quem precisa e de tornar o lar um ambiente mais agradável.

Como conviver com não-minimalistas

1. Livre-se apenas dos seus pertences. Se a decisão é sua, não interfira nas posses dos outros. Ninguém é obrigado a viver no seu estilo de vida, cada um tem seu tempo e devemos respeitar a opinião de todos.

2. Não convença, demonstre. Quando nos tornamos pessoas melhores ao aderirmos a determinado estilo de vida, acabamos inspirando àqueles que estão ao nosso redor.

3. Seja determinado. Se é isso o que você quer, não se deixe influenciar por possíveis conflitos. Cada um tem que respeitar o espaço do outro, e você tem que estar seguro do que quer.

4. Seja flexível. Embora no item acima eu tenha falado pra ser determinado, isso não significa que não tenha que ser flexível. Determinação é uma coisa, teimosia é outra. Saiba ouvir opiniões alheias para não se tornar radical. Saiba dialogar e questionar. Saiba ouvir a opinião dos outros e, com sua determinação, demonstre seus motivos da escolha do novo estilo de vida.

5. Não seja radical. Muito tenho visto nos blogs minimalistas sobre o radicalismo. Pessoas que possuem apenas determinada quantidade de itens, outras que vestem apenas uma roupa por ano, ou que prometem não comprar nada durante um ano, como a blogueira Marina. Admiro muito quem consegue tomar tais decisões, mas nem todos conseguem. Portanto, se você sabe que essa é uma realidade muito distante, comece devagar, no seu ritmo. Você não precisa doar um caminhão de roupas num final de semana, mas pode doar 5 peças. O importante é começar de alguma forma! 🙂

Não deixe de fazer por achar que é pouco, ou que nunca vai conseguir alcançar sua meta. Caminhe, mesmo que a passos curtos, pois ficando parado ninguém chegará a lugar algum.

]]>