Instagram, TwitterX, Threads, Youtube, Whatsapp e Telegram. Esses são os ícones que eu mais clico ultimamente e que me causam diferentes sensações que talvez eu só consiga explicar escrevendo por aqui (e que por sorte vocês conseguirão ler). Eu estou cheia, sobrecarregada, muitas vezes fisicamente, outras mentalmente, e as redes sociais têm uma parcela enorme de culpa nisso tudo.
Eu gosto do que vejo. Sinceramente, rolar o feed ajustado pelos robozinhos tem sido uma experiência boa. Eu andei curtindo alguns conteúdos que gosto de assistir e tem me aparecido algumas fotos de decoração de casa (no estilo dos silent vlogs coreanos), pessoas escrevendo em seus diários, jovens estudando e compartilhando dicas de organização de estudos e temas budistas. Mas há um outro lado que me agonia: as propagandas que pulam na minha tela de pessoas tentando me vender algo.
Sinceramente, meus amigos, eu não aguento mais ver produtores de conteúdo vendendo algo usando aquela mesma fórmula de lançamento de sempre. As lives gratuitas, os preços tabelados, o discurso de “você fez tal coisa errada a vida inteira e eu vou te ensinar o certo”. Método disso, daquilo, que sempre, sempre irão resolver problemas que eu sequer sabia que tinha — a regra do jogo é me fazer acreditar que eu tenho determinado problema para que eles me ofereçam a solução.
Se tornou chato, cansativo. Pessoas arrumadas de determinada forma relacionada a um arquétipo. Cabelo, roupa, maquiagem. Tudo pra venda, venda e venda. A impressão é a de que todos querem ser professores de algo na internet e às vezes eu só quero ver uma foto de uma casa aconchegante com vela cheirosa acesa e um livro aberto numa tarde chuvosa. É sério.
O antro do caos. Tem de tudo ali: pessoas brigando, empresas vendendo, lançamentos, fios gigantescos, gurus ensinando o que aprenderam em 10 anos de experiência, caos, caos e caos. É tudo muito barulhento e eu só queria um lugar de paz. E acho que encontrei, pelo menos por enquanto.
Threads
O tal lugar de paz por enquanto está aqui. Sabe aquela imagem idílica da natureza com pessoas lindas e sorridentes, quase num mundo encantado dos Teletubbies? Pois então, vejo o Threads desse jeito. Pessoas fazendo amizades, uns perguntando sobre coisas simples da vida, uma interação saudável. Mas não se enganem, é um cantinho planejado pelo tio Zuck e vejo esse ambiente como uma isca. Depois que todos estivermos acostumados com o mundo encantado, ele certamente vai puxar o anzol e seremos todos fisgados. Aguardem.
Ainda existe? {pula}
Youtube
Meu paraíso. Me rendi e assinei o Youtube Premium por ser a plataforma que mais uso atualmente. Assisto o que eu quiser, quando quiser, monto minhas playlists de vídeos por assunto (depois posso mostrar aqui como faço) e estou sempre sendo atualizada dos canais que gosto e sigo. Os canais que mais gosto de acompanhar são os de silent vlogs coreanos {hami mommy}, {honeyjubu}, {planD}, {Nami}; de minimalismo {A to Zen Life}, {Christina Mychas}, {Benita Larsson} entre outros que depois posso indicar. Me digam se têm interesse!
Sinto paz ao consumir tais conteúdos. Gosto de assistir aos vídeos com calma, com meu caderno sobre a mesa enquanto anoto as principais ideias e inspirações que vão surgindo enquanto os assisto. Se eu tivesse que escolher apenas uma rede social, certamente seria o YouTube.
Whatsapp e Telegram eu nem vou comentar muito por serem ferramentas de comunicação. Preciso ter o Whatsapp por conta da família, grupos do doutorado e informações imediatas. Já o Telegram, tenho um carinho imenso por ele por conta dos grupos que participo (apenas dois). Um de amigas queridas (que é um grupo privado) e o outro, o grupo do Evernote (que virou um grupo sobre debates de ferramentas de organização e produtividade em geral).
Mas na verdade, o que está mais me incomodando é o Instagram. Eu não sei explicar bem, mas parece que não encontro meu espaço lá, é como se eu gritasse e não fosse escutada. Mas a pergunta é: o que eu quero lá? Sinto-me como se fizesse um esforço imenso para não ter retorno. Eu, sinceramente, já não sei mais o que postar lá. Não posso escrever meus textões, então tenho que reduzí-los. Se posto uma foto, ninguém a vê. Se apareço nos stories, não sei exatamente o que fazer. Que agonia!
A minha vontade é de transformar meu feed em uma galeria de momentos que eu gosto, apenas isso. Como antigamente, a foto de uma flor, da natureza, de um livro, do meu tênis, sei lá! Fotos do que fazem sentido pra mim e que não dizem nada a mais ninguém. Mas, se for pra isso, por que não usar outra ferramenta, como um álbum de fotos digitais mesmo?
Meus pensamentos estão extremamente confusos quanto ao Instagram. Tem horas em que penso em sair e há momentos em que penso em dar uma chance. Mas a sensação é que todos buscam seu lugar ao sol ali, e que tudo virou um grande mercado popular de rua indiano: gritaria por todos os lados e não conseguimos prestar atenção em nada. No meu caso, o único conteúdo que consigo prestar atenção são aqueles desacelerados, calmos, lentos… quando vejo algo assim, consigo até respirar. Um sorriso surge no meu rosto. Talvez seja isso que eu deva fazer: publicar exatamente o que eu gosto de consumir.
Bem, foi apenas uma reflexão de domingo à noite. Aquela sensação de novamente querer repensar tudo, simplificar a vida mas sem ter, ainda, uma solução clara na mente. A única certeza que eu tenho é que há barulho demais por onde ando e que eu preciso criar a minha bolha do silêncio novamente. E lá vou eu reduzir, minimalizar. Eis que recomeço a jornada da minha vida minimalista novamente, começando pelas redes sociais. E dito isso, reafirmo que o lugar mais aconchegante dessa internet segue sendo aqui, o meu blog. ♥
E vocês, como estão enxergando as diferentes redes sociais? Saíram de algumas? Aderiram a alguma outra? Me contem!
Somos tão parecidos com esse lance de redes sociais, socorro! Fechei minha política de comunicação pessoal e tempo de resposta, etc. e estou finalizando como quero fazer daqui pra frente com as redes (pessoais e profissionais). Sinceramente, estou reduzindo MUITO o tempo nas mesmas e a frequência e configuração diária já não está mais ajudando, mesmo que poucos minutos por dia (o que é impossível na visão de alguns, mas que vivo fazendo). Resumindo, estou vendo que a solução para mim dada minha vida hoje é: organização para os posts (e talvez até programar alguns sem neura e respeitando meu fluxo criativo e espontaneidade/inspiração) e só entrar mesmo por cinco minutinhos no fim da tarde (próximo do pôr do sol) nas segundas, quartas e sextas. Talvez seja radical? Estou me sentindo confortável assim. O que vai reduzir bastante a obesidade mental com informações que eu não quero encher a cachola. Imagina o povo da Idade Média fritando com o volume de dados que a gente lida todos os dias? hahahaha Vou testar o que planejei acima e vou ver como meu cérebro lida. Defini outras formas de lidar com as notícias, vídeos e tudo mais que vou coletando ao longo da semana também.
Facebook ainda existe (pelo menos para uso pessoal)? Eu ri! hahaha o meu perfil pessoal existe, mas morreu e ainda passa bem, porém mal entro. E ainda mantenho sem nenhum contato social, um total de 0 friends. Para conexões com pessoas uso mais o Insta e o X. Só quando preciso de alguma específica em algum grupo. Mas confesso que para isso, o Telegram tem sido meu favorito disparado. Tenho estado mais lá do que no WhatsApp.
Tu acredita que desde quando foi lançado, ainda não criei uma conta no Threads? Jesus amado! Ninguém é obrigado a nada, mas vou refletir qual meu propósito, então talvez eu crie um perfil por lá (provavelmente com uma intenção clara profissional, hoje faz mais sentido pra mim, quem sabe?). Queira quer não as redes são uma pontinha (importante) da nossa rotina como um todo e se não der atenção ao porquê que estamos fazendo as coisas ou estamos em determinado lugar ou ambiente, acaba atrapalhando as outras áreas da vida. Acho o tempo a coisa mais preciosa da vida humana depois da conexão em todo tempo com Deus. A maneira que você falou do Threads, como ele ainda está hoje em dia, me deu vontade de conhecer kkkk um ambiente saudável hoje na internet? QUASE uma utopia. Vou atrás.
Ps: Estou amando ver você blogar sem agonia, com criatividade e empolgação! Resgatando aquela alegria e tempo real que só o blog atualmente parece preservar. Quero voltar a blogar, então no segundo semestre provavelmente voltarei com algumas novidades, sinto falta de escrever mais textões tomando meu chá ou chocolate quente (ou simplesmente seguindo um fluxo insano descarregando na página do word em branco 🐿️ (e ficar mentalmente aliviado depois disso). Por mais que uma rede seja mais tranquila que outra, elas acabam trazendo senso de urgência em algum momento, basicamente são criadas para esse fim: abraçar uma aceleração não humana.
Quando você falou sobre os métodos vendas “agressivas” pelo instagram e patrocinados, eu não poderia concordar mais! Por mais que o tráfego pago seja uma realidade (e até aí tudo bem de certa forma), as coisas nada a ver que aparecem acabam causando uma pontinha de tédio e as vezes até irritam momentaneamente quando estamos imersos em conteúdos maravilhosos. No meu caso tem sido fotos de lugares épicos e paradisíacos e leituras, estudos, rotinas produtivas (tendo o cuidado de não querer entrar no extremo de ser produtivo o tempo todo ou copiar a rotina mostrada de alguém), sempre fico com um olhar crítico e meramente inspiracional, fugindo da comparação o máximo que consigo.
O Twitter é bizarro, né? Vão sempre do 0 ao infinito constantemente. Tento ao máximo preservar minha mente e tornar minha rede um lugar de paz e produtividade (e não entrar nos buracos negros ou assuntos que considero inúteis, que são a maioria). Se eu quiser me alienar com assuntos “bobos”, vou para outro lugar sem dúvida. Ontem abri o app e foi automaticamente para a aba de aleatórios (gosto de ficar restrito a quem sigo já para evitar) e vi sem querer uma cena chocante de violência e olhe que tenho estômago para ver coisas desumanas. Quando vi, pensei na hora: como a rede social não bane esse tipo de conteúdo absurdo? A rede tem dessas podridões. Tento ao máximo me afastar desse tipo de energia.
Também amo o Youtube e amo a proposta dele, especialmente com os vídeos mais longos (7 minutos pra cima, juro). Espero que essa tendência volta, creio que estamos no
esse caminho por conta da retenção de atenção mesmo, muitas pessoas estão incomodadas e vendo os efeitos negativos no cérebro dos reels e vídeos curtos demais. Salvei os canais que você indicou, haha. ps: amo vlogs, especialmente os coreanos também. Obrigado.
Se eu fosse sair de alguma rede social (de novo? rsrsrs) talvez fossem todas. Sim, todas. Eu só ficaria com um blog pessoal. Acho que iria ser tão empolgante que eu postaria umas três vezes por dia posts completos à medida que a vida fosse acontecendo, como um diário online mesmo. Com toda segurança e integridade, claro. Eu não teria nem WhatsApp, juro. Talvez tivesse para pessoas muito próximas um app como o Signal, mais seguro e mais simples, com todos os recursos para somente comunicação e urgências mesmo. Sobre o instagram, vou amar ver você produzir o tipo de conteúdo que você quer ver. O dia a dia, a desaceleração, as coisas inspiradoras (velas? livros? produtos? limpeza da casa? estudos? por favor!). No fim é sempre sobre conexão verdadeira e amor.
🍄 perdão pelo textão, fiquei inspirado. Amei o texto e as reflexões, enriquece demais.
Não tenho twitter, não sei o que é essa nova rede social do Mark (bem, sei que é parecida com o twitter, mas não quis entrar – por isso não conheço), não tenho telegram. Tenho wpp para comunicação com a família e instagram…no instagram tu me descreveu totalmente com o teu texto. Sinto exatamente essa sensação e por isso resolvi fazer uma pausa de 30 dias sem ele. Sinceramente, é díficil. Penso muito em sair de lá, mas tem pessoas que só vou ter um pouco de contato se for por lá. Também penso em postar só paisagens ou coisas que me brilham os olhos como era lá no começo, mas me questiono muito sobre isso e se quero dividir isso com pessoas que sequer se importam com a minha presença lá ou não, pois como falei, ando fazendo uma pausa e já estou no meio do caminho rumo aos 30 dias..nesse tempo e mesmo quando contei por lá meu recente diagnóstico de fibromialgia, nunca recebi mensagem das pessoas que eu me importo que estão por lá…quem sabe ao fim dos 30 dias de pausa eu consigo chegar a uma resposta.
Realmente, acessar as redes sociais hoje em dia é arriscar a própria sanidade. Por isso é sempre bom filtrar os conteúdos acessados.
Vai aqui uma sugestão de “substituto” do Instragram: a rede social “Vero”. É simples, sem anúncios e sem as armadilhas do algoritmo. E ainda lembra muito os tempos áureos do Insta em que se podia apenas postar fotos de plantas, gatos ou do café.
Tudo de bom pra você!
Olá, Camile!
Sei como sente, mas vejo muita gente reclamando dos mesmos problemas. O excesso de exibição e vaidade estragaram o que havia de melhor nas redes como um todo. O Instagram eu só tentei para vender meu peixe, mas desisti há muito tempo. Não me encaixo. Twitter era bom há milênios, mas hoje em dia acho que virou palco para brigas. Também deletei há anos. Youtube é realmente o melhor. Os outros que você citou eu não conheço.
Atualmente fico só com Skoob (que já pensei em deletar, mas desisti) e o Pinterest, que eu acho que mantém sua essência deliciosa e acho que é justamente por não haver muita interação entre seres humanos haha’!
Abraços!
Camileee que delicia te reencontrar aqui, que saudade que eu estava desse espaço, que ensina e acalma. Você não tem ideia do quanto o Vida Minimalista me ensinou, foi grande virada de chave em minha vida.
Sobre as redes sociais, compartilho dos mesmos pensamentos que você, é exatamente assim
Desejo que o mundo um dia reencontre paz, porque é o meu mundo de “paz” eu tenho buscado construir.
Grattidão sua linda e que feliz ter você de volta 🙂
Que felicidade te ver por aqui!
Eu tenho boas memórias do Vida Minimalista, das pessoas que liam, comentavam.. sigo com amizades até hoje desde aquela época.
Que bom que você me reencontrou. Gratidão pelo seu comentário. ♥