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Vida sem papel – paperless

Muito se tem discutido em relação à substituição do papel por conteúdo digital. É certo que vivemos em uma era de transição, onde ainda precisamos do suporte físico pra livros, contas, boletos e extratos, mas já há pessoas que estão no desafio de viver apenas com documentos digitais.

A UFSC lançou uma campanha bacana que visa racionar o uso do papel na instituição. Com o intuito de economizar recursos naturais e agilizar os processos administrativos, o reitor anunciou no dia 18 de Outubro de 2010 a digitalização de todos os documentos e processos da universidade.

Para o blogueiro Radamés, viver sem papel não é fácil, mas com certeza um ato ecológico. Ele apóia a iniciativa de algumas empresas em enviar documentos em forma digital, e espera que um dia a assinatura on-line de um jornal passe a ser preferencial.

No meu caso, estou no processo de digitalizar todos os textos da faculdade. Para minha sorte, muitos livros que os professores recomendam se encontram em domínio público, podendo ser baixados da internet ao invés de comprá-los, o que gastaria dinheiro e seriam mais uma tralha dentro de casa pois geralmente lemos uma só vez e deixamos na prateleira empoeirando. Porém, nem sempre temos o livro digitalizado em PDF, e acabo tendo que recorrer à livraria. Quando isso acontece, prefiro pesquisar num sebo ou pelo site Estante Virtual. Comprando usado dou a chance daquele material ser aproveitado mais vezes, e quando não preciso mais, tenho maior desprendimento em passar adiante do que um livro novo lido apenas uma vez. Mantenho apenas um resumo deles em forma de mapas mentais.

Porém, meu maior desafio é, sem dúvida, as milhares de cópias que precisamos tirar para as aulas. Na faculdade trabalhamos com a seguinte proposta: A cada final de aula, o professor disponibiliza um texto na xerox para que possamos fazer a cópia e ler em casa pra próxima semana. Resultado: Filas quilométricas na porta da copiadora, muito dinheiro gasto (levando em consideração que todo dia temos cópias a tirar) e muito papel guardado em casa sem utilidade. Se formos pensar que por dia copiamos 10 folhas de papel, minha turma de 30 alunos gasta 300 folhas, ou seja, mais de uma resma de 500 folhas a cada dois dias,  o que daria… uma árvore em menos de 40 dias. (Cada árvore gera 20 resmas de papel). Isso calculando por baixo, e apenas em uma turma…

O que fazer? No meu caso escaneio os textos e tento doar a algum aluno que ainda não fez a cópia, e pego alguns textos de amigos que já leram pra digitalizar, mas não é o suficiente. Sinto falta de uma iniciativa por parte dos próprios professores. Se seus textos são digitados, impressos e disponibilizados para os alunos copiarem, por quê não enviá-los também por email?

Nós, seres humanos, ainda temos o hábito de gastar, consumir, armazenar, e para que possamos viver melhor e em “acordo” com o planeta em que vivemos, é essencial que mudemos nossos hábitos. Primeiro precisamos da conscientização, e depois, da ação. Apenas reduzindo nosso consumo em geral, podemos nos tornar grandes colaboradores para a preservação do meio ambiente.

E você? Como lida com os papeis? Vamos reduzir?

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7 comentários

  1. Dani, concordo com você quanto ao “ler pelo computador”, pois prefiro ler no papel também, mas o problema é armazenar todos os papéis que acabamos nunca lendo mais, e que ficam apenas ocupando espaço. Leio o texto no papel também e depois passo adiante, armazenando apenas em formato digitalizado. O mais bacana é que podemos escanear no formato OCR, que permite uma busca por palavra chave, assim fica mais fácil de encontrarmos um conteúdo no meio de tanto texto.

    Estou começando a ler pelo computador também, e te digo que é tudo questão de hábito, pois há alguns meses eu sequer conseguia, agora estou gostando.

    (E rabiscar é comigo mesmo, gosto de fazer os resumos das aulas em Mapas Mentais)

    Beijos!

  2. A xerox com certeza é o grande vilão de todo o universitário!
    Tento fazer de tudo o possivel para usar mesmo papel,mas continuo muito apegada a ele.
    Gosto de rabiscar, usar um milhão de marca textos de diversas cores, marcar palavras chaves… e ainda nao me sinto confortavel fazendo isso no computador ou não achei um programa legal para isso!!

    Mas continuo tentando!!
    Beijão

  3. Um programa bacana pra ler PDF fazendo anotações e marcando trechos é o Foxit Reader. Recomendo!

  4. Eu procuro sempre usar papel reciclado, eu até prefiro porque gosto da aparência dele. Só não uso se não puder.
    E eu já me acostumei a ler em tablet e celular, mas ainda prefiro sentir o livro em mãos.

  5. Na minha faculdade e na minha turma especialmente, existe essa preocupação em evitar o consumo de papel e os gastos no xerox. Somos bem servidos na biblioteca, e mantemos um acervo de livros digitalizados no nosso Dropbox para evitar as cópias. Ao final das aulas, os professores disponibilizam os slides utilizados e as referência de livros e artigos consultados. Pesquisamos e compartilhamos o conteúdo no Facebook/Dropbox em seguida. Sei que algumas pessoas não gostam de ler no computador/tablet, mas é só uma questão de hábito. A natureza agradece essa adaptação.