Andy Warhol uma vez disse que “no futuro, todos ficarão mundialmente famosos em 15 minutos”. Mas e se fosse o oposto, se fosse possível que ficássemos anônimos por esse espaço de tempo? É com esse questionamento que Juan Enriquez conduz sua palestra no TED, sobre tatuagens eletrônicas. Enriquez faz uma reflexão sobre o quanto estamos expostos atualmente e sobre a imortalidade desses dados, que ficarão online durante muito tempo. Ele compara cada postagem, cada tweet, cada foto que publicamos, como uma tatuagem, que contém informações sobre cada indivíduo e que é permanente, mesmo que mudemos de personalidade, de emprego ou de vida.
O palestrante ainda alerta sobre diversas tecnologias que estão sendo criadas e que talvez nem saibamos, como o Face.com, um sistema que já possuía, na época de seu discurso, 18 bilhões de rostos cadastrados e que no dia 18 de junho de 2012 foi vendido para o Facebook. Sendo assim, é possível que em uma foto aleatória em um bar, nosso rosto seja reconhecido por um estranho, sendo possível acessar nossos dados.
Juan Enriquez se utiliza de quatro mitos gregos que podem servir como lição nos dias atuais:
1) Mito de Sísifo. Condenado a rolar pedras colina acima por toda a eternidade, Sísifo pagou para sempre por algo que fez. Com esse exemplo, devemos ser cuidadosos com o que postamos. Uma simples frase pode destruir uma reputação, mesmo que seja equivocada ou mal entendida.
2) Mito de Orfeu. Ao olhar para trás, Orfeu perdeu sua amada. Da mesma forma, nos relacionamentos atuais, não devemos procurar muito o passado de quem amamos. Porque se procurarmos por algo, certamente iremos encontrar.
3) Mito de Atlanta. Supostamente invencível, Altlanta perdeu a corrida para Hipomenes ao se distrair com maçãs de ouro lançadas por ele durante a corrida. Da mesma forma, podemos perder nossos objetivos ao nos distrairmos com maçãs de ouro, que nos desviam a atenção e ainda nos fazem twittar sobre coisas fúteis. Foco no que realmente importa!
4) Mito de narciso. Ninguém é feio nas redes sociais, ninguém tem problemas no Facebook, todos possuem uma vida feliz no Instagram. Não devemos nos apaixonar pelo nosso próprio reflexo. Sejamos mais realistas. Não precisamos disso.
Por último, Enriquez cita uma lição de Jorge Luiz Borges que em uma situação escreveu: “o que poderia ser tão ameaçador, senão a morte?”. E o palestrante encerra seu discurso respondendo que mais ameaçador que a morte, seria a própria imortalidade digital.
Recomendo a todos assistir o vídeo e refletir um pouco. O vídeo possui legenda em português.
E você, o que acha sobre a exposição no mundo digital? Tem alguma preocupação com o que escreve na rede ou acha que não tem problema algum e que isso faz parte do progresso digital? Deixe sua opinião!
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Muito interessante esse post. Amei o video.
Obrigada, Mundobrel!
Volte sempre =]
Oi Camile, achei seu blog durante uma busca no google sobre o minimalismo…
E depois de ler esse post eu realmente fiquei pensando sobre a marca que nós deixamos pela web, o que nós falamos, com quem nos relacionamos e o que vemos aqui… É meio assustador se você for realmente parar pra pensar…