Eu andei refletindo muito sobre minha jornada nessas últimas semanas e hoje, com calma, escrevendo aqui, percebi que meus hábitos nas redes sociais mudaram muito. Uma pergunta vinha rondando minha mente: por quais motivos não consigo atualizar o blog como antigamente? Por que quando penso em escrever algo, a impressão que dá é a de que não tenho nada novo para compartilhar com meus leitores? O que está havendo, afinal, com minha inspiração e criatividade?
Fiquei me perguntando o que havia mudado em mim, preocupada por não ter mais criatividade e incentivo como antigamente, mas apenas hoje veio uma luz no fim do túnel com a resposta: meus hábitos na internet mudaram consideravelmente.
O início de tudo
Quando comecei o blog Vida Minimalista, em 2011, pelo que me lembre não tínhamos tantas opções de smartphones com capacidades para fotografias, edições, aplicativos etc. Eu, pelo menos, passava menos tempo com o celular na mão, e o detalhe mais importante, compartilhava menos minha vida através das redes sociais.
Sempre usei bastante o twitter para interagir com os leitores. O Facebook, apenas para a fanpage que mantenho até hoje. Instagram, acho que nem existia, ou eu não tinha conta. Lembro que no começo era um app exclusivo para quem tem iPhone, então eu nem sabia de sua existência por usar outro modelo de smartphone. E, pensando neste cenário, tudo que eu queria compartilhar fluía por minhas mãos através da escrita no blog.
Não tinha tanta instantaneidade. Eu participava de fóruns de discussão no Yahoo, trocava ideias sobre GTD por email, lia blogs estrangeiros sobre minimalismo e, através deles, me inspirei a transformar minha vida. Era tudo muito diferente, e aí prefiro não entrar em julgamentos de “antigamente tudo era melhor”. Isso depende do ponto de vista.
A questão é que passo menos tempo em frente ao meu computador e mais com o celular na mão. Até mesmo pra ler textos da faculdade, muitas vezes o levo em PDF no celular ou tablet e perdi aquela conexão de ligar o computador, abrir um editor de texto, como estou fazendo agora, e deixar que minha escrita flua. Este é um exemplo clássico na discussão que temos na área da Comunicação sobre como os suportes vão influenciando o modo como vivemos.
Mas isso não é uma visão determinista?
Claro, não podemos pensar numa visão determinista de que somos moldados por eles, não é nada radical, mas à medida em que eles vão ganhando espaço em nossas vidas, passamos também a adotar novos hábitos devagarinho, sem perceber, e quando nos damos conta, aqueles antigos hábitos que muitas vezes eram bons, deixamos de lado nessa trajetória.
Não sou uma crítica às redes sociais, não tenho uma visão polarizada de mocinha X vilão, pois acredito que tudo é o modo como usamos essas ferramentas. Sim, são ferramentas, e elas são neutras, estão ali para serem usadas por nós, humanos, que aí sim temos o poder de decidir a forma de usá-las. E muitas vezes acabamos por nos deixar levar pelo que todo mundo está fazendo.
Gosto de compartilhar recortes da minha vida no Instagram, por exemplo. Gosto de ter um contato mais próximo com quem me acompanha, mas percebi que as inspirações, as novidades e os impulsos que eu tinha de contar algo a quem me acompanha passou a ser direcionado para lá, uma ferramenta completamente visual que, na maioria das vezes, quem nos acompanha nem lê o que escrevemos, apenas clica no coração como se estivesse dando um check, um ok, e que logo rola o feed para ver a próxima foto. Sim, eu também me tornei essa pessoa. E não, eu não quero mais viver com esse ato mecânico.
Como ser famoso no instagram
Dizem os especialistas em marketing digital que precisamos de uma periodicidade nas publicações. Tem hora certa pra alcançarmos mais engajamento. Pra ganharmos likes. Tem foto que chama mais atenção. Organização de feed. Não postar selfie com selfie. Nem objeto com objeto seguido pra não “cansar” o seguidor. Tem tantas regras de como ser bem sucedido nas redes sociais, que me pergunto: o que é ser bem sucedido e famoso nelas? Eu entendo perfeitamente quem trabalha com isso, quem usa de forma profissional, mas a impressão é que muitos que estão ali estão em busca de algo. Mas então, o que seria esse algo?
Percebo, com toda essa conversa, que minha criatividade não foi embora. Meu impulso de compartilhar novidades com meu público também não se esvaiu. Na verdade, o que mudou nos últimos anos foi para onde direciono meus esforços e onde despejo todo esse impulso criativo. Ao invés de concentrar aqui, no meu cantinho e manter tudo de forma organizada, unificada e catalogada, acabo por espalhar demais minha presença digital pelos quatro cantos do mundo digital e, por fim das contas, não me resta nada pra cá. Eu poderia estar gravando stories falando isso tudo. Poderia alcançar um público ali, com um conteúdo que em 24hs não estará mais. Tudo efêmero. Mas eu quero voltar ao sólido. Ao palpável.
Será que eu te conheço?
Eu pensei que compartilhar minha vida pelas redes sociais que usam feed e logo perdem a validade seria uma forma de aproximação. Mas, o que acontece, é que volta e meia vejo algum comentário de um leitor ou leitora da época do Vida Minimalista e lembro dessa pessoa. Mas não consigo me lembrar muito de quem chegou depois através do Instagram. É estranho, eu sei, mas parece que tudo anda escorrendo pelos dedos enquanto que o imediatismo é extremamente valorizado.
Eu quero voltar ao blog raiz. Quero voltar ao meu canto, a escrever com calma, concentrar meus pensamentos e inspirações em um único lugar. Menos é mais. Não deixarei de estar presente nas redes sociais, mas tentarei lidar com elas de forma diferente. Ainda não sei como, mas um alerta acendeu me pedindo pra reduzir. Pra acalmar, pra ter cautela. Pra voltar ao que antes dava certo e me fazia feliz e menos ansiosa em “ter que…”.
Convido a você, que está me lendo agora (e que chegou até aqui, risos!) a pensar um pouco sobre esse imediatismo em que estamos vivendo. Será que vale à pena? O que estamos fazendo? Você, blogueira ou blogueiro das antigas, o que acha dessa difusão toda? Que tal desacelerarmos, olharmos ao nosso redor e buscarmos a nossa essência, a calma e o desapego? Leitores, amigos e amigas virtuais, vamos pensar juntos sobre isso? Me conte, como você lida com as redes sociais, sendo produtor de conteúdo ou não?
Eu tenho a mesma sensação. Parte de mim quer voltar ao que era, e parte de mim acredita que o momento dos blogs passou. Todas as vezes que essa conversa surge na minha “roda de amigas blogueiras de raiz”, o assunto sempre termina da mesma forma: a unica defesa dos blogs é que o Google indexa melhor site do que midias socias, então quem faz buscas sempre vai cair mais em sites e blogs do que no instagram por exemplo. Ou seja, ate a defesa do blog virou estrategia! Isso cansa… Eu queria muito poder defender os blogs, mas fato é que eu mesma nao encontro tesão pra postar o tempo todo. Seja pq sou mais consumista do que produtora de conteudo, seja por que acabou a paciencia de separar foto, tratar, postar, escrever, revisar… Tudo parece tão mais pratico do outro lado! Todo mundo parece já estar falando sobre o que eu queria falar.
Sem contar que geralmente voce tem um trabalhão e pouco retorno. Poucas pessoas comentam, retornam, e é muito fácil se sentir falando com as paredes. Era gostoso escrever um texto e ter comentarios (bons, no caso!) pra responder. Interagir, conhecer outras casinhas online… Mas hoje penso que tudo conspira contra essa parte gostosa de blogar, eu mesma tive que sair do feedly pra vir aqui responder, o que nao acontece com frequencia. Geralmente voce sai de um post, arrasta pro lado e já está lendo outro.
Enfim, não acho que os blogs vão morrer, mas é fato que o fluxo externo não está nos levando pra lá, apenas o interno. É preciso respeitar esse chamado, e o lado bom é que ficou quem realmente ama blogs, então se conseguirmos ser mais persistentes nisso, talvez possamos criar uma boa tribo e resgatar essa nostalgia que tanto encanta a gente! 🙂
Pois é, percebo o mesmo! Sempre pensando em estratégias, em indexação, SEO… eu sou da área de Comunicação, estudei marketing em mídias digitais e chegou um momento em que não me identificava mais com esse fluxo de o tempo todo pensar em números, interação, estratégias… e me questiono pq muitas pessoas se deixam levar por isso quando o melhor de uma rede social é conhecer pessoas que pensam como nós, que interagem de verdade e trocam. Para mim, blog é melhor pois dá pra ter aquele momento de rever posts antigos, encontrar uma informação e não ficar na instantaneidade.
Eu continuo com o blog. Mesmo depois de um tempo balançada, aqui estou, firme e forte. Tento visitas ou não. E obrigada por estar aqui! 🙂
Camila,
Também tenho as mesmas dificuldades. Meu blog está deixado de lado. Minha newsletter também. Acredito que seja pelos mesmos motivos que os seus. O que sinto falta quando escrevo é do retorno. Infelizmente, ele só acontece para mim em vídeos e fotos no Instagram. Inclusive, estou pensando em migrar pro igtv pela facilidade também. Sinto pressão para postar sempre. As vezes das próprias pessoas que me seguem. E é gostoso ver que as pessoas querem te ver todo dia. Tenho vontade de usar todas essas plataformas, mas será que consigo? Obrigada pela reflexão!
Beijos
Anna
P.s Descubro sua postagem no twitter. Acho que informações assim ajudam também.
Acho que aí que está o problema, sentirmos pressão para postarmos algo ou participarmos de alguma novidade nas redes sociais. É muito boa essa interação com pessoas queridas, que gostam de nos acompanhar, mas quando fazemos por que queremos. Sou a favor do movimento slow, de buscarmos nossa essência e de direcionarmos nosso tempo ao que realmente nos faz bem. Adoro experimentar novas redes sociais, mas percebi que muitas vezes me deixo levar pela “pressão de estar ali”, entende?
E que bom saber que você me encontrou pelo Twitter! Bom te ver por aqui. Obrigada!
Embora o instagram seja a minha rede social favorita no momento… AMO ler posts como esse seu. Posts com conteúdo, onde eu aprenda algo, que eu possa compartilhar com as outras pessoas.
Os blogs embora estejam num momento de baixa devido ao imediatismo que as redes sociais causam… Ler um post bem escrito com imagens cuidadosamente escolhidas tem um valor enorme pra mim. E acredito que para muitas outras pessoas também.
Cabe a nós continuarmos fazendo essa troca… Lendo e comentando posts, compartilhando ideias… 🙂
São duas propostas diferentes, né? Gosto também do Instagram, mas meu queridinho mesmo é o blog. Gosto justamente por não ter esse imediatismo. Quando escrevo um post às vezes começo no meu caderninho de inspirações, depois releio, escrevo com calma, sempre pensando na melhor forma de colocar minhas ideias em palavras. É um carinho, sinto como se aqui fosse minha casa, totalmente diferente do Instagram. Apesar de gostar bastante de publicar por lá, é outra vibe.
E sim, continuarei fazendo essa troca… visitando outros blogs, comentando, conhecendo pessoas que pensam como eu e expandindo essa rede tão linda.
Estou muito feliz em te ver por aqui! 🙂
Olha, às vezes eu sinto falta de seus posts pela blogosfera (em especial os sobre minimalismo)… “Às vezes” porque me acostumei com você postando uma vez e passando semanas sem postar mais nada. Se não fosse o Feedly me avisar quando tem algo novo, seria difícil eu lembrar de passar aqui devido à baixa frequência de atualização 🙁 Mas não é só você, vários blogs que sigo andam assim (tirando o Vida Organizada, a Thais tem as manhas de atualizar mais de um blog, Youtube, etc… ‘-‘), então o jeito foi acostumar.
Tenho preguiça de redes sociais, no Instagram raramente posto algo e mais raramente ainda lembro de entrar lá para ver o que as pessoas que sigo andam postando. Eu gosto de ler. Muito. Então, sempre vou preferir blogs, são muito mais significativos. E se eu quiser reler algo é bem mais fácil de achar. É triste que o pessoal esteja focando mais nas redes sociais (embora eu entenda que, além de tudo, blogs exigem mais dedicação e talz, muitas vezes com baixo retorno dos leitores), mas ainda é triste… 🙁
Oi, Esk, tudo bem?
Muito obrigada pelo carinho, por ainda continuar por aqui. Na verdade, passei um período em que havia desistido mesmo do blog. Desanimei, achei que os assuntos que compartilhava não eram mais interessantes e acabei me dedicando ao Instagram e outras redes. Mas o que eu não percebia é que eu tinha um público que gostava de ler meus textos e que continuava acessando meu blog em busca de atualizações.
Que bom que despertei pra isso e me animei a voltar com o blog, as outras redes são muito efêmeras e aqui sinto como se fosse minha casa. É muito bom pra mim ler seu comentário e saber que ainda tem público pros blogs, principalmente de pessoas que não curtem tanto as redes sociais. Muitas vezes não sabemos o que nossos leitores querem e acabamos nos dedicando às outras redes achando que todos estão acompanhando e esse insight que tive foi muito importante pra esse retorno.
Bom te ver por aqui, obrigada pelo carinho!
Amo blogs, o vida minimalista e o Vida Organizada mudaram minha ideia de mundo ,mas quase nunca comento agora percebo o erro porque a idéia que da pra vocês blogueira é que não há retorno, que não há interesse o que não é uma verdade.
O blog institivamente pede um comentário mais longo, bonito bem escrito por isso as vezes a pouca adesão aos comentários , enquanto na rede social um like ou uma hadtag já te da um retorno.
Oi Katy, tudo bem?
Não se sinta culpada em não ter comentado tanto nos blogs, realmente muitos leitores têm muito carinho pelo que escrevemos, acessam, compartilham com os amigos e isso já é muito importante e gratificante. 🙂
Acho que você tocou num ponto muito verdadeiro, quando escrevemos um comentário queremos que seja com carinho, não um simples like, e estamos perdendo esse hábito por causa da instantaneidade das redes sociais. Só colocar um like ou um comentário como “adorei” ou “tá linda” é muito mais fácil que gastar tempo redigindo algo com mais conteúdo, mas ainda bem que existem pessoas que estão na resistência, até mesmo nadando contra a correnteza, e é essa a minha proposta com o Vida Minimalista.
Que a gente possa compartilhar muito amor na internet e que tanto os leitores quanto outros blogueiros sintam o carinho. Eu, por exemplo, demorei um pouquinho pra responder aos comentários aqui do blog justamente pra reservar um tempo só pra isso, pra me dedicar a ler com calma cada um de vocês.
Obrigada por estar aqui!
Gosto de ler, gosto de seguir quem tem algo a dizer… Mas sem dúvida acompanho muito menos blogs hoje do que há uns anos atrás. Alguns deixaram de existir, perdi o interesse em outros. Restaram poucos no front. ..
No Instagram nem tenho conta. Pra mim, a foto é sempre acompanhamento da ideia, e não me atrai o grau de superficialidade que ê a tônica dessa rede. O sugador de tempo e energia aqui é mesmo o Facebook.
Realmente, Vania, no Instagram tem tanta superficialidade (assim como Facebook, Twitter etc), mas o bom é que temos pessoas que estão nadando contra essa correnteza e tento mais cuidado e carinho quando publicam conteúdo e quando acompanham as postagens dos outros. Mas uma coisa é verdade, é um sugador de tempo! Se não nos policiarmos, ficaremos horas rolando as imagens apenas observando de forma passiva a vida alheia (e distribuindo likes…)
Hoje ninguém mais quer ler textão – fato. Esse imediatismo é real. Creio que para continuarmos com o blog tem que ser algo por amor, algo que tenha nossa identidade pessoal saindo pelos poros, sem esperar nada em troca e se contentar com meia dúzia de comentários – como é o caso da Hello Lolla. Tem que ser algo bem nosso para extravasar criatividade. Mas, por outro lado, quem tem tempo de produzir um conteúdo ótimo, com foto tratada, domínio pago, conseguindo não se preocupar em não estar sendo lido? Meia dúzia vão falar que preferem os blogs, mas os números aos quais temos acesso dizem outra coisa. Dizem isso mesmo: que o mundo mudou. E que devemos nos adaptar a ele sem perdermos nossa essência. Acho que a pessoa que mais conseguiu isso foi a Thais do Vida Organizada. Ela é uma marca tão poderosa que gostamos de ir até lá de vez em quando e ler textão, mas ninguém mais procura por blogs especificamente.
Por amor. Acho que esse é o único caminho para os blogs continuarem existindo e as tais redes sociais um tipo de “minha casa minhas regras” sem essas precisarem ser o que esperam a maioria, a massa padronizada.
É muito difícil mesmo encontrar um público que goste de ler textão. Meu blog surgiu com a ideia de compartilhar o que vinha me incomodando, minhas descobertas e reflexões, e um dia percebi que escrevia muitos textões e tinha um público cativo que sempre gostou.
Acredito que pra tudo tem um público, mas acabamos nos deixando levar pela instantaneidade e pela comunicação em imagens, como o Instagram. Ainda bem que consegui pisar no freio e repensar minha vida na internet e percebi que não estava legal, não era aquilo que eu queria pra mim. E aqui estou, de volta ao textão, às reflexões e interação com quem se identifica com o meu conteúdo. E sim, você falou algo muito certo: tem que ser por AMOR. Começar um blog/instagram ou qualquer outra ideias na internet pensando em dinheiro e fama não é legal, embora muitos se iludam com os poucos que despontaram e vivam eternamente tentando se encaixar e reproduzir estilos das que “deram certo”.
Continuarei escrevendo textão, de forma tranquila, sem pressão e o melhor, com os assuntos que fazem parte da minha vida. E agradeço sua presença aqui e seu comentário! 🙂
Adorei a reflexão! Legal você compartilhar, faz sentido!
Obrigada pelo carinho, Karine! Volte sempre por aqui. 😉
Acabei de ti descobrir… já um tenpo meu esposo me mandou um texto sobre minimalismo e logo pensei.. é isso que quero pra mim… E fui amadurecendo a ideia… essa semana me veio uma louca vontade de desinstalar Whatsapp e Instagram pra começar a usar meu tempo de forma mais útil pra mim.. gosto de toda hora ficar olhando e por isso tinha que ser algo radical mesmo.. ontem a noite desinstalei o insta e hj quanfo peguei o celular fui procurar algo mais interessante pra ler.. ti descobri e aqui estou.. na esperança de dar mais utilidade ao meu tempo livre que não é pouco, mas acho que agora será mais produtivo… o zap ainda tô buscando uma alternativa pra ele, ja sai de alguns grupos mas sinto que ainda não foi o suficiente.
Oi Aline, seja muito bem vinda por aqui! Estou feliz em ter te encontrado e que bom que você se identifica com o estilo de vida minimalista.
Nunca se esqueça que o minimalismo é todo um processo, aos pouquinhos você vai se transformando, repensando sua vida e quando perceber, já terá trilhado uma linda jornada de consciência. Mas te entendo perfeitamente que às vezes precisamos tomar umas medidas mais radicais, como desinstalar whatsapp (como eu gostaria de fazer isso!). Nos tornamos tão dependentes que quando estamos sem esses ícones no celular, parece que não sabemos o que fazer né? Ter o tempo livre é maravilhoso! Já experimentou instalar o Kindle ou algum outro leitor de livros no celular? É uma ótima forma de “passar tempo” – lendo seu livro favorito quando se sentir entediada.
Adoro leituras longas e me envolver com elas.
Cheguei aqui através da página do Facebook. E acredito que essas ferramentas tenha se tornado apenas um filtro.
Recentemente, criei uma conta no Instagram para divulgar meu trabalho, e durante esse processo uma sensação “estranha” tomou conta de mim. Uma inquietação misturada com agonia. E então vi que caminhava para um lado que não acreditava. Gosto de conhecer pessoas, conversar, acima de tudo somar e não apenas vender e vender. Espero não estar fadada a ser pobre devido às minhas escolhas que seguem o fluxo oposto. Mas tenho feito trabalho de formiguinha e estou bem assim.
Oi Daniele, concordo com você! Às vezes pensamos que as redes sociais são o foco principal, mas nos esquecemos que elas são ferramentas. E assim que continuarei usando as minhas redes, como forma de divulgar meu blog, meu trabalho e conectar pessoas que têm afinidade com o que gosto de escrever.
Olha, Instagram é uma corda-bamba mesmo. Para obtermos êxito temos que seguir um monte de regrinhas, mas quando percebemos, as coisas vão perdendo o sentido. É uma eterna autoobservação pra identificar como devemos de fato usar as redes sociais. Mas olha, muita gente está seguindo o fluxo oposto, viu? Esse movimento Slow veio pra ficar. E continuamos nesse trabalho de formiguinha!
Muito sucesso no teu empreendimento! 😀
Hoe, Camila! Tudo bom? 🙂
Primeiro, que saudades de seus posts! Que bom vê-la de volta! ♥
Seu post falou muito comigo e, pela quantidade de comentários por aqui, também tocou várias pessoas em fase semelhante, né? Confesso estar com muita dificuldade de compartilhar coisas no meu blog também, mas não exatamente porque sinto já ter feito isso em outras mídias ou porque já foi pautado por outras pessoas, e sim porque não vejo tanto sentido quanto antes.
Sei lá, por um lado eu tenho plena consciência de que, se eu quiser produzir um conteúdo, ele deveria sobretudo ser satisfatório para mim mesma. Por outro, com o tempo e a dedicação que se despende para produzi-lo, sinto que é natural desejar algum feedback minimamente “justo”, sabe? Só que, a menos que se saiba dos paranauê de SEO e de engajamento nas redes sociais, essa mágica não acontece pela via mais raiz da coisa. Mesmo que saiba, não há garantia que saia muito do esquema “curtir”/check -» rola para o próximo conteúdo. E isso desestimula, desanima, desmotiva. Ao menos, a mim sim.
As respostas já devem estar aqui dentro, tenho certeza: “é o imediatismo, freia um pouco, olha o que é mais importante pra você”, mas parece que tudo se desfalece exatamente na hora em que me pego sentando na frente do computador para começar a escrever: “não dá, olha o que estou fazendo com o meu tempo, não adianta de nada”. Acho que ainda estou em processo de consciência sobre essa pressão, principalmente comigo mesma. Um passo de cada vez. ♥
É sempre um oásis ler um post seu, flor!
Beijos~
Nossa! Eu andei pensando sobre isso ultimamente. Acabei de fazer um blog, pois adoro escrever e quero interagir com os leitores. Acho triste ter passado aquela época gostosa em que blogar estava em alta, em que as pessoas realmente se preocupavam em ler o conteúdo e deixar comentários. Hoje em dia, como você disse, é tudo muito efêmero. Mas acho que, mesmo assim, tem público para tudo: tem gente que vai preferir ir ao Instagram, outras pessoas vão gostar mais de interagir numa fanpage do Facebook e ainda restam aquelas que gostam de visitar blogs bem estruturados e ler os textos. Ferramentas como o bloglovin, que compila atualizações de todos os blogs que o usuário segue, facilita que sigamos as páginas de forma mais rápida e fluida, o que é essencial para atrair e manter os leitores nos dias de hoje.
Concordo com você na questão de não achar a internet um mal e que é questão de aprender a achar as coisas boas. Mas devo confessar que sinto falta da época anterior à criação das redes sociais, em que cada um tinha a sua vida particular e não tinha acesso ao que cada pessoa estava fazendo. Esse mundo cibernético atual me fascina e me causa um pouco de tristeza ao mesmo tempo. Receio um pouco pelo futuro e se essa exposição da vida de cada um vai piorar.
Brigado pelo artigo Camile. Peguei algumas das coisas que você falou para refletir, e costurar com ideias que venho tendo aqui e ali. Principalmente em relação a como os suportes acabam dominando a gente. Em como mecanizamos certas coisas. Tudo tão óbvio, mas aquele óbvio que a gente tem sempre que relembrar.
Camile,
Antes gostaria de dizer que adoro ler os seus textos!Você é uma fofa e me identifico com você por também ser instrutora de Yoga, minimalista, amar fotografias, gostar de ler.
Como é bom saber que têm mais gente pensando como nós! A forma que lido com as redes sociais: encerrei a minha conta no ‘Insta’ por achar que em nada estava me acrescentando, estava investindo mal o tempo, não estava sabendo lidar e ficava o tempo todo com o aplicativo aberto (a bateria do celular agradeceu, rsrs); assim, optei ficar apenas com o Facebook em razão de gostar de ler o que algumas pessoas escrevem. Estou satisfeita com minha decisão, não me sinto tão ansiosa com receio de perder alguma novidade, saìa de uma rede social e entrava em outra. Teve um dia que estava em pé no ônibus e fiquei observando os passageiros: 99% olhando rede social. Aquilo me deixou impressionada e me fez refletir sobre várias coisas: as pessoas não se olham tanto, as pessoas não conversam. E eu não quero perder essa sensibilidade de mim para nenhuma tecnologia.