Categorias: Comportamento

Perfeccionismo X Impulsividade

Hoje eu estava pensando sobre o perfeccionismo. Já falei aqui sobre os tipos de procrastinadores e às vezes um está relacionado ao outro.

Quando me planejo para fazer algo, em alguns casos eu tenho a mania de querer organizar tudo, deixar o ambiente em perfeitas condições para começar uma atividade. Por outro lado, às vezes sou apressada querendo tudo pra ontem. Vocês podem imaginar a confusão que isso causa em mim!

Quando escrevi no Twitter que estava cansada do layout do Vida Minimalista, 10 minutos depois eu já estava com o editor aberto, paleta de cores na mão e com o blog fora do ar para manutenção. Era meia noite, mas eu precisava fazer a mudança, ou eu nem conseguiria dormir direito.

No entanto, quando vou estudar, preciso organizar todo o meu ambiente de estudo. Pego tudo o que preciso, separo o material, arrumo a superfície, pego uma garrafa de água, respondo um email para não ficar pendente e quando vejo, o tempo que passei estudando foi mínimo, apesar de produtivo.

Notamos que nenhum dos extremos é bom. No caso da impulsividade, podemos nos precipitar e produzir algo com detalhes pendentes. Já com o perfeccionismo nos estudos, posso perder um grande tempo apenas organizando e produzindo pouco.

Há pessoas extremamente impulsivas assim como há pessoas extremamente metódicas e é muito importante fazer uma autoanálise pra identificar se possuímos essas características. Agir dessa forma em momentos isolados é normal. Ou somos movidos pela emoção, ficando empolgados com uma novidade ou em alguns casos queremos dar o melhor de nós, postergando uma ação. Apenas temos que observar se algum dos dois extremos é constante em nossas vidas, para que não façamos as coisas sem planejamento nem que planejemos demais a ponto de não fazê-las.

E você, se identifica em alguma dessas características?

imagem: Getty

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Categorias: Reflexões

Você está se divertindo mesmo?

Eu sei, você trabalha como um louco, acorda cedo, sai correndo, almoça na rua e vai direto pra faculdade. Até que um dia decide começar a fazer algo como hobby, para aliviar a tensão do dia a dia. Se matricula em uma academia ou entra em um curso de línguas que tanto queria fazer há tempos. No início tudo era fantástico, estava realmente se divertindo, até que os compromissos vindos do que antes era hobby, passam a te desmotivar se tornando um peso ir novamente naquela aula de dança que só tem gente chata.

Isso já aconteceu comigo e talvez já tenha acontecido com você. Nem sempre o que achamos que será uma distração nos faz relaxar e isso pode ter dois principais motivos:

1) Você se cobra demais para manter-se no nível de quem está levando a sério.

2) Te cobram demais sem levar em consideração que você só queria se distrair.

Essas duas situações nem sempre vão nos trazer os benefícios que pensamos em ter quando decidimos fazer a atividade. Lembro da época em que eu fiz um curso básico de Japonês e que havia na sala em média 10 jovens, ansiosos por aprender o novo idioma. Os motivos eram diversos: ou porque poderia ser útil futuramente, ou devido à exigência da empresa em que trabalhavam ou porque queriam saber tudo sobre a língua. Porém, entre nós havia uma senhora de uns 70 anos. Na primeira aula, a professora perguntou a cada um de nós o motivo de querer aprender japonês, quando a senhora respondeu: “Fico o dia inteiro em casa, um dia eu estava passando por aqui e li que estavam abertas as inscrições para cursos de línguas. Como as vagas do inglês já estavam preenchidas, escolhi o japonês mesmo, é bom que distrai“. E ela se divertia nas aulas!

Diversão. Essa é a palavra-chave para quem está sobrecarregado. Como essa senhora, precisamos fazer alguma atividade que nos traga prazer e não que some ao estresse da semana. De nada adianta entrarmos em uma aula de dança para distrair a mente, se saímos de lá tristes por não termos conseguido fazer determinado passo e se achando um fracasso. Não adianta querermos aprender um novo instrumento para distrair a mente se no final do dia a vontade que temos é jogar o violão contra a parede porque não conseguimos fazer o acorde de Fá corretamente.

Não é que devemos desistir fácil nos primeiros obstáculos, mas quando decidimos fazer algo, temos que ter em mente o propósito daquilo. Temos que aprender a nos cobrar menos quando não precisamos ser cobrados, para que tenhamos energia suficiente pra nos dedicarmos ao que realmente precisa de foco e atenção. Claro que para toda regra há uma exceção e muitos talentos são descobertos durante atividades antes encaradas como hobby. O que sugiro a você é que repense suas atividades:

Há alguma que você planejou para ser seu momento de relaxamento e que se tornou estressante? Se sim, é hora de reavaliar se não está na hora de mudar de rumo.

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Categorias: Comportamento

Ser feliz sem sacrifícios

como ser feliz sem sacrifício | Vida Minimalista | #vidaminimalista

Hoje eu estava pensando sobre a relação do minimalismo com a felicidade. Muitos têm uma visão de que possuir menos objetos e levar uma vida mais simples traz uma sensação de vazio ruim, como se algo estivesse faltando. Para essas pessoas, ser feliz significa estar rodeado de objetos, comprar sempre e viver um estilo de vida movimentado, corrido.

No entanto o estilo de vida minimalista não é exatamente não ter quase nada, viver no tédio, viver sem sair para não gastar ou não possuir roupas no armário. Muitos confundem nesse aspecto, levando de um extremo ao outro, sem analisar as inúmeras possibilidades entre eles, como quem diz a um vegetariano “mas se você não come carne, vive de quê?”.

Um indivíduo que possui um estilo de vida minimalista pode sim, estar envolvido com diversos compromissos, ser dinâmico, ativo, comprar, sair para gastar dinheiro comendo em um restaurante caro entre outras atividades, mas de forma consciente e menos automática. Não é uma pessoa que passa o dia meditando, organizando tudo de forma metódica. Mas também pode ser. Essa é uma de tantas visões que temos quando generalizamos uma situação e acredite, o ser humano é ótimo em criar pré-conceitos e categorizar.

Ao adotar um estilo de vida mais simples, podemos eliminar supérfluos que nos tiram do foco de coisas importantes. Porém, o que é supérfluo para mim pode ser importante para outra pessoa e por isso fica impossível determinar um padrão de vida minimalista. Possuir 200 objetos pode ser um sacrifício imenso pra uns, enquanto que outros podem possuir 100 e ainda achar que é mais que o suficiente.

Somos únicos, não uma massa padronizada e é por isso que não existe fórmula para a felicidade. Ser feliz não depende do que nos dizem, mas sim da reflexão sobre nós mesmos. Não há como encontrar a felicidade copiando a vida de outra pessoa, pois a fórmula mágica, só existe dentro de cada um de nós.

Pare e pense: O que te faz feliz?

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