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Facebook: Problemas e vantagens

 

Quanto será que as redes sociais estão influenciando nossas vidas off-line? Será que elas nos servem ou estamos sendo escravos da tecnologia?

Há um tempo decidi trancar meu Facebook apenas para amigos muito próximos e família. Ali compartilharia algumas fotos de eventos, de passeios, enfim, meu dia-a-dia. Para isso, reduzi a quantidade de “amigos” de 200 e pouco para 37. Lembro-me como se fosse hoje, a tranquilidade que tive ao olhar para minha linha do tempo e encontrar apenas algumas poucas postagens de pessoas muito próximas. Mas a felicidade durou pouco.

Alguns conhecidos, ao perceberem que já não faziam mais parte do meu círculo de amizades, tomaram essa minha decisão como algo pessoal. Ficaram magoados, tristes e achando que haviam feito algo de ruim para que eu os excluíssem. Mas não foi nada disso que aconteceu, acho que somos seres humanos, capazes de conversar e resolver nossos problemas face a face e não com um simples clique em uma rede social. Demorou para que eu conseguisse explicar a todos eles que não houve nenhum motivo para que eu os retirasse do meu facebook, pois era apenas um teste para que, futuramente, eu até apagasse essa rede social.

Mas as coisas mudaram. Cursando comunicação, sempre acabo fazendo contatos profissionais, divulgando os artigos no blog, mandando uma mensagem de última hora para aquela amiga que o celular não está ligado entre outras facilidades. Resolvi fazer o oposto: abrir meu perfil para todos que quisessem me adicionar, já que nunca escrevo coisas muito pessoais. Algumas fotos eu excluí, pois não tinha motivo de estarem ali e o número de contatos cresceu absurdamente. Passei a aprovar meus leitores e hoje tenho também pessoas que não sei quem são, acompanhando os poucos compartilhamentos que faço. Vejo que meus amigos voltaram a me tratar bem, sem desconfianças de que havia algo mal entendido no ar. Agora tudo parece ter voltado ao normal.

Com esse meu relato pessoal, abro uma reflexão sobre a importância que as redes sociais estão tendo em nossas vidas. Quase perdi amigos por tê-los deletado de um site. Sim, o facebook é um site e penso se ocorresse o oposto, eu também ficaria chateada. A resposta é: não sei chateada, mas talvez com dúvidas sobre o que possa ter acontecido.

Parem e pensem o quão estranho é essa situação em que estamos vivendo. Muitos leitores já contaram que desativaram suas contas do Facebook, outros já até me criticaram por “eu ser minimalista e estar nas redes sociais” e conto a vocês que eu gostaria sim, de experimentar por um tempo não ter uma conta, mas eu administro a página e o grupo do blog, minha pós-graduação é em Comunicação em Mídias, além da minha pesquisa científica ser sobre Religião e Ateísmo nas Redes Sociais, na qual pesquisamos basicamente a construção de identidades. Portanto, essa reflexão é muito comum tanto como Camile ser humano, quanto como Camile pesquisadora, ou seja, tenho alguns motivos para simplesmente não apertar o botão “Desativar” embora acho que seria uma experiência de muito aprendizado.

Queria saber de vocês, como é essa relação com o Facebook? Alguma vez já se sentiram incomodados e perceberam do exagero de tempo que gastaram navegando e compartilhando? Já se sentiram prejudicados de alguma forma? Acha que essa preocupação é besteira e que apenas estamos vivendo uma nova era da informação?

Alguns de vocês – talvez a maioria – devem ter vivido na época em que não havia internet e com isso, acompanharam essa transição. Hoje parece que quando a internet cai, o mundo para. E isso é muito estranho.

O que acham?

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Redes Sociais no Smartphone: como lidar?

Eu tenho um smartphone. Com ele posso reunir diversos dispositivos (convergência digital) em um único aparelho, tornando mais simples o meu dia-a-dia incluindo minhas redes sociais. Ali tenho, em qualquer lugar onde vou, minha caixa de emails, bloco de anotações, músicas que gosto, minhas redes sociais, uma câmera fotográfica e, de vez em quando, um telefone (eu odeio falar no telefone!)

Porém, com tanta facilidade das redes sociais ativadas, percebi que algo não muito bom estava acontecendo: nem sempre podemos dar atenção total a algo estando na rua. Às vezes um email precisa de mais atenção para ser respondido, ou de uma pesquisa mais profunda, e não conseguimos processá-los pelo smartphone.

Isso também acontece nas redes sociais e até mesmo com os blogs. Já aconteceu de eu ler uma mensagem de um leitor me pedindo uma sugestão que necessitava de uma pesquisa mais apurada na internet e quando eu chegava em casa não me lembrava da mensagem, pois não estava mais marcada como pendente e sim como lida, e como recebo um volume grande de mensagens, acabava se perdendo. E isso, para quem não me conhece, acabava parecendo que eu não me importei com a pessoa. E não é isso!

Será que vale a pena sabermos de imediato o que está chegando em nossas caixas de entrada se nem sempre podemos processá-las imediatamente?

Por outro lado, checar os emails e redes sociais na rua tem suas vantagens. Uma vez eu estava na rua e iria direto para a faculdade, quando recebi um email do professor pedindo desculpas pelo email em cima da hora avisando que não teríamos aula. Imediatamente todo o meu planejamento mudou e, estando na rua, fui resolver outras coisas que iria resolver apenas no dia seguinte. Se eu não tivesse checado meu email, teria ido pra faculdade e perdido um bom tempo pra saber algo que estava no meu email.

Como balancear isso? Será que podemos simplesmente desligar os emails, Facebook e Twitter dos nossos celulares? E se alguém enviar algo muito importante, como meu professor avisando que não teria aula?

Talvez o ideal seja tentar controlar a ansiedade e selecionar o que vamos ler. Eu queria realmente fazer um teste e desconectar meu celular enquanto estiver na rua, mas e se for algo importante?

Atualmente achamos que tudo é urgente e também cobramos urgência. Não conseguimos esperar por muito tempo. Já reparou a ansiedade que ficamos enquanto o computador está ligando? Enquanto o navegador da internet está abrindo? E um site que demora? Há pessoas que fecham o navegador se o site demorar mais que 10 segundos para carregar. Vivemos achando que não podemos perder tempo, reclamamos que todos nos cobram demais mas a verdade é que também cobramos agilidade.

A solução que encontrei foi a seguinte:

1) Desligarei o recebimento automático dos meus emails. Não quero mais meu celular toda hora vibrando na minha bolsa me avisando que mais uma mensagem chegou. Quando eu puder, na rua, atualizarei minha caixa de emails e verei, pelo tópico se é algo urgente. Se não tiver nada, não os abrirei. Sei que é difícil conviver com o ícone de “10 emails não lidos” mas adianta lermos se raramente podemos tomar uma atitude sobre eles na rua?

2) Tentarei (me cobrem) desconectar meu facebook do celular. Se eu estou jantando com a minha família, eu quero jantar com a minha família e não com mais 100 contatos do Facebook. Se eu estou com amigos, eu quero estar com eles, presente, não com meus contatos do Facebook. Se eu estou com meus contatos do Facebook, eu quero estar ali, em casa, dedicando aquele tempo para matar a saudade de quem está longe e tenho apenas a rede social para conversar. Cada um em seu tempo, sem misturar.

3) Quando eu estiver em casa, reservarei um tempo para processar meus emails (todos), responder os comentários do blog, interagir com o grupo do blog, atualizar as redes sociais e conversar com amigos online. Mas esse tempo será apenas para isso.

Acho que, com essas medidas conseguirei ter mais foco e darei uma atenção melhor a todos. Afinal, se classificamos tudo como urgente, nada será urgente, concordam?

E você, tem smartphone? Como lida com todas as possibilidades de interação que esse aparelhinho nos proporciona?

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Como planejar um armário minimalista

Como planejar um armário minimalista | Camile Carvalho

Para planejar um armário minimalista, tanto feminino quanto masculino, é preciso muito mais do que simplesmente doar as roupas que já não nos servem mais. Nem sempre o que mantemos após uma organização combina entre si e sair pelo shopping comprando roupas bonitas também não é a solução para um armário funcional.

Temos a tendência de olhar uma peça em promoção na loja e querer comprar. Somos atraídos pelas cores, pelo baixo preço, pela necessidade de levar pra casa algo que pensamos que irá mudar nossas vidas, mas aquela roupa bonita e com um bom preço talvez não vá fazer diferença em nosso armário.

Um armário minimalista

Para planejar um armário mais simples temos que pensar na funcionalidade. Será mesmo que todas as roupas que temos combinam entre si? Será que todas as peças temos a coragem de usar? Aquela blusa estampada poderia ser usada com aquela calça que temos guardada ou ela fica esquecida no cabide porque nunca achamos que combina? Está na hora de fazer uma revisão do que deve permanecer e do que deve ser adquirido, pois um bom guarda-roupa deve se adaptar ao estilo da pessoa e seu modo de vida.

Determinando proporções

Seja sincero. Pegue papel e caneta e faça uma linha. Divida seu tempo durante o dia estabelecendo quantas horas você passa no trabalho, quantas passa em casa, na escola/faculdade e se divertindo. Você tem o costume de sair muito ou é mais caseira e prefere um bom filme sob as cobertas no fim de semana? Usa uniforme pra trabalhar ou seu trabalho exige roupas muito chiques?

É importante determinar qual a maior necessidade no dia-a-dia para analisar que estilo de roupa precisamos ter em maior quantidade.

Qual é a proporção do seu guarda-roupa?

Abra as portas do seu armário. Você consegue distinguir que tipo de roupa tem em maior proporção? Ele realmente corresponde ao seu cotidiano ou você tem mais roupas de sair e é uma pessoa caseira que trabalha com uniformes? Talvez ele não esteja sendo bem aproveitado, com muitas peças sem usar.

Identifique sua necessidade

Se você trabalha em um ambiente mais formal e a maioria das suas roupas são coloridas, estampadas, com decotes porque você gosta de sair pra passear assim nos finais de semana, talvez seja o momento de investir em roupas que correspondem ao seu ambiente de trabalho, onde você passa a maior parte do tempo durante a semana.

Cores neutras como o preto, cinza e branco são ótimas para ambientes mais formais, podendo ser complementadas com acessórios. Muitas vezes não nos preocupamos com o ambiente de trabalho, mas também precisamos cuidar da imagem nesse local sem precisar investir muito. Identifique sua necessidade.

Será que combina?

Todas as roupas que você tem possui um par correspondente que realmente combine? Separe aquelas camisas que você nunca usa porque não tem uma calça que forme um bom conjunto. Ou aquela calça florida que você comprou por causa da moda mas que não combina com suas camisas estampadas. Você tem duas soluções: ou compre uma peça neutra que vá combinar com tudo ou se desfaça da peça que está apenas ocupando espaço no armário.

Anote o que precisa

Durante a análise do guarda-roupa é importante anotarmos o que precisamos. Como você já identificou as peças que não combinam com nada e as separou, procure uma solução. Comprar uma calça preta resolveria o problema das 5 camisas que não combinam com nada? Talvez você precise dessa calça preta. Veja bem, lembre-se sempre de priorizar a compra de peças de cores neutras e cortes mais básicos. Não adianta pensar em comprar uma calça de bolinhas verdes pra combinar com uma blusa se você só formará um conjunto. Dê preferência à sobriedade, assim terá mais opções de combinações.

Para as mulheres, acessórios

Acessórios geralmente não custam caro e ocupam pouco espaço. Para quem tem um armário mais básico, o ideal é investir nos detalhes. Lenços, pulseiras, brincos e colares podem fazer toda a diferença num visual, assim como os calçados. Às vezes a simples troca de um sapato pode mudar completamente a roupa. Experimente vestir uma calça jeans com camisa branca e um tênis. Agora troque o tênis por um sapato de salto alto. Percebeu a diferença? Mas cuidado, não exagere com os sapatos, você não tem tantos pés para justificar a compra de 50 pares!

O importante na arrumação do guarda-roupa é identificar a necessidade diária e saber se a proporção das roupas que temos corresponde ao nosso dia-a-dia. Com isso podemos adquirir novas peças de acordo com o que precisamos de verdade e se desfazer daquelas que estão apenas ocupando espaço. Anote o que precisa e não corra para o primeiro shopping. Mantenha a lista com você e no próximo passeio, deixe a calça verde de bolinha roxa no cabide e opte por adquirir uma das peças que você listou como prioridade. Assim você consegue satisfazer sua necessidade de compra ao mesmo tempo que faz uma compra consciente de acordo com o que realmente precisa.

Lembre-se: é muito mais difícil manter organizado um ambiente com excessos, portanto, tente possuir apenas a quantidade necessária.

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