Categorias: Desapego

Destralhando a gaveta de eletrônicos

Já faz um bom tempo que não faço um mega destralhamento (ou declutter, como preferirem) e aproveitei que acordei gripada pra passar o dia em casa descansando e arrumando o quarto. Coloquei uma boa música, sentei-me no chão e, com uma garrafa d’água ao lado e uma câmera na mão, criei coragem pra encarar novamente este desafio.

Tenho algumas gavetas, como a de eletrônicos, que não organizo com tanta frequência porque o que guardo ali, quase não uso no dia-a-dia. E foi pensando nisso –  no fato de quase não usar o que tem guardado lá – que decidi começar por ela. Teoricamente seria um lugar para guardar cabos de meus eletrônicos, CDs de instalações e algumas embalagens e etiquetas, mas sejamos sinceros, havia muito mais do que isso na gaveta. Como deixei acumular tanta tralha?

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Você consegue ver o que tem lá dentro? Nem eu!

Não adianta tirar item por item pra pensar o que fazer com ele. A melhor maneira de fazer uma super arrumação é jogar tudo no chão do quarto. Assusta, é verdade, mas ali podemos ter uma visão geral do que guardávamos. Confesso que muito do que vi, nem sabia que ainda tinha guardado.

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Manual de câmeras, CDs de instalação, fone que comprei na Liberdade (com qualidade ruim), tudo isso e mais um pouco estava na minha gaveta

Uma forma que acho divertida pra fazer um destralhamento, é utilizar Post-Its para demarcar espaços no quarto, como o local que ficarão os itens para o LIXO, DOAÇÃO, entre outros. Voltei pra gaveta apenas o que realmente era necessário, guardei no local correto o que não pertencia ao meu quarto e fui colocando no canto LIXO o que era pra ser descartado. Não fiz uma separação de Papel/Plástico porque preferi focar nisso depois, mas eu sempre separo tudo pra reciclagem.

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Isso tudo saiu de uma gaveta!

Também descobri que eu tinha uma lata quadrada, na qual guardava uma pilha de CDs de instalações de programas do computador. Ora, fazia tanto tempo que eu não mexia nessa lata, que a maioria dos programas estavam obsoletos! Além do mais, boa parte dos CDs que acompanham um Hardware contém drivers para instalação que podem ser facilmente encontradas pela internet. Joguei tudo na pilha “lixo” e mantive apenas quatro, com instalações de Windows e dos drivers da minha impressora que é extremamente chata pra funcionar (constantemente tenho problemas de instalação com ela).

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Vocês conseguem ler a capinha do CD de instalação do Velox? Sim, eu tinha isso guardado!

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E então temos o resultado final:

– À esquerda, minha case de CDs e DVDs onde guardei os 4 CDs de instalações que mantive. Em vez da lata com CDs de instalações, peguei a case que estava na outra gaveta, com DVDs de filmes. Ainda vou fazer um declutter nela, mas não hoje.

– Ao fundo da gaveta, meu bloco de desenho, embalagens para livros (vivo enviando livros pela troca do Skoob) e etiquetas.

– À direita, uma caixinha de sorvete que eu já tinha, com cabos, mouse sem fio, pilhas recarregáveis e minha capinha de celular.

– Planner e Moleskine, onde faço minhas anotações.

Como vocês podem perceber, a gaveta agora está leve e com poucos itens. Ainda pretendo minimizar mais, substituindo alguns itens por outros de melhor qualidade – aos poucos – como por exemplo cabos multifuncionais, um mouse sem fio de melhor qualidade (este logo acaba a pilha) e acabar com minha case. Meu fone de ouvido que mostrei lá em cima vai pra doação. A qualidade do som não é tão boa e devo ter gastado uns R$ 20 nele quando fui à Liberdade (SP). Acabei me empolgando porque “era bonitinho” e trouxe pra casa um item de pouca qualidade e que machuca meus ouvidos (!). Ainda estou pensando se invisto em um fone bom que vá durar muitos anos.

Eu estava sentindo falta de fazer um post nesse formato, com várias fotos mostrando como estou me organizando e me livrando do supérfluo. Fiquei um tempo sem organizar nada, tanto por falta de inspiração quanto por falta de tempo, e hoje acordei inspirada, mesmo gripada e com muita dor de garganta. A sensação que temos depois de tudo organizado é maravilhosa, nos dá uma paz imensa e leveza. Sei que foi só uma gaveta, mas para quem está há muito tempo parado, atacar por partes pode ser melhor que tentar organizar tudo de uma vez.

obs1.: Joguei fora manuais antigos, mas mantive apenas o da minha câmera fotográfica. Não uso todos os recursos que ela tem e volta e meia dou uma olhada para saber como fazer determinado ajuste nas configurações.

obs2.: Fiz algumas mudanças no layout do blog, estava achando tudo branco demais, então adicionei um tom leve de cinza ao fundo e reorganizei as categorias. Pretendo fazer um post em breve falando das mudanças que ocorreram e que irão acontecer ainda por aqui.

Espero que tenham gostado! Obrigada, pessoal!

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Categorias: Bem-Estar

Você usa seus cosméticos até o fim?

Hoje aproveitei um tempo ocioso em casa e resolvi fazer uma revisão no que tinha em meu banheiro. Reparei que tenho um perfume quase no fim e outro cheio. Um shampoo quase no fim e um novo, além de um creme hidratante quase sem uso.

Fiquei pensando por que não tenho usado o shampoo e o perfume que estão acabando. Por que será que damos preferência ao que temos cheio? Resolvi então tirar da minha vista os novos e deixar em uso apenas o que está no final, para que eu use tudo antes de trocar para o próximo.

Outra questão que fiquei pensando, é sobre o uso de cremes hidratantes. Não tenho o costume de usá-los, porque minha pele é bastante oleosa, mas este que aparece na foto foi um presente que ganhei de aniversário no ano passado e se o usei cinco vezes, foi muito. Decidi tirá-lo do banheiro e deixá-lo no meu quarto, pra que eu estabeleça uma rotina de, antes de dormir, passá-lo no corpo. A verdade é que sei que provavelmente não o farei. Como minha mãe tem o costume de usar todos os dias, já sei qual será seu destino.

Fico me perguntando por que insisto em manter um produto que não tenho costume de usar. Olho mais uma vez para a embalagem do hidratante e percebo que é inútil mantê-lo comigo.

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Categorias: Meu Diário

Livro: A Dieta da Informação – Clay A. Johnson

Livro: A Dieta da Informação | Vida Minimalista | vidaminimalista.com #vidaminimalista

Há alguns dias uma amiga e leitora, com quem estudei Jornalismo em São Paulo e que hoje trabalha na editora Novatec, entrou em contato comigo me perguntando se eu gostaria de receber um exemplar do livro A Dieta da Informação, para que eu pudesse ler e contar aqui no blog o que achei. É a primeira vez que eu faço uma parceria no Vida Minimalista e eu gostaria de deixar bem claro que não estou recebendo nada para falar do livro e que jamais vou mudar minha forma de escrita e opinião. Além disso, sempre irei deixar bem claro quando for um post de parceria, apenas ganhei um exemplar, e como o assunto é relacionado ao que debatemos aqui e no grupo do Facebook, vou contar sobre o que achei de importante na leitura que fiz e dar minha opinião. 🙂 

Vocês já pararam pra pensar na quantidade de informações que recebemos diariamente, tanto pela televisão e jornais quanto pela internet e suas redes sociais? Como lidar com tantas notícias superficiais e inúteis? E se pudéssemos fazer uma dieta de informações, filtrando apenas o que é relevante?

O Livro

O autor do livro, Clay A. Johnson, sempre achou que através de informações corretas e de qualidade, poderíamos mudar o quadro de desinformação. Com esse princípio, fundou a Blue State Digital, empresa que criou e gerenciou a campanha online de Barack Obama em 2008. Porém, Johnson percebeu que nem sempre as pessoas estão buscando notícias verdadeiras e de qualidade, mas sim um reforço daquilo que elas já acreditam. Com isso, foi percebendo que a indústria da informação se aproveita desse fato para produzir em larga escala, notícias sobre todos os tipos de assunto de forma superficial, para bombardear nossas mentes com conteúdos de baixa qualidade, apenas com a meta de obterem lucro: “oferecer às pessoas o que elas desejam é muito mais lucrativo do que lhes entregar os fatos“. O resultado é uma enxurrada de afirmações (para reforçar nossas crenças) e sensacionalismo, em vez de informações equilibradas. Mas será que não podemos fazer nada?

“Empresas de mídia aprenderam que afirmação vende muito mais do que informação. Quem deseja ouvir a verdade quando pode ouvir que está certo?” (p. 22)

No livro, Johnson vem com uma proposta inusitada: fazer uma dieta de informações. Com a quantidade de dados que recebemos atualmente – estima-se que passamos em média 11 horas por dia consumindo – é normal que fiquemos sobrecarregados, sem conseguir absorver o que nos é importante devido ao excesso de notícias. Ele ainda faz um paralelo constantemente com a dieta alimentar atual, da qual o processo de industrialização acabou por reduzir seus custos finais, mas também sua qualidade. Da mesma forma que é mais barato ingerir Fast Foods e alimentos processados com poucos nutrientes e altamente calóricos, é mais cômodo consumirmos informações de qualidade duvidosa, mas que reforcem nossas crenças e não nos fazem questionar muito.

“Nossas caixas de e-mail, nossas mensagens de texto, nossos vários feeds de redes sociais e blogs que costumamos ler – nosso cérebro nos coloca em um loop descontrolado no qual não somos capazes de nos concentrar em nenhuma tarefa à nossa frente. Em vez disso, seguimos em busca de um novo reforço de dopamina mergulhando no dilúvio de informações que vem em nossa direção” (p. 73)

Alguém se identificou com a afirmação acima? Temos uma tendência natural de buscar informações, mas quando estamos expostos a uma quantidade absurda, perdemos a capacidade de concentração e queremos cada vez mais. Temos que saber usar um filtro, fazer um consumo responsável também de informações.

Algumas informações interessantes

# Apneia – A respiração correta é de extrema importância para nosso organismo, mas algumas pessoas, sem perceber, acabam por prendê-la enquanto olham seus emails, Facebook e outras redes sociais. É uma forma de tensão que não faz bem.

# Limitada percepção do tempo – Quantas vezes já pensamos em olhar “rapidinho” nossas redes sociais depois do almoço e quando percebemos, já está de noite e não vimos o tempo passar? É uma espécie de hipnose e não nos damos conta da duração do tempo.

# Perda de amplitude social – O antropólogo Dunbar chegou à conclusão que nosso cérebro possui um limite para o número total de relacionamentos com os quais conseguimos lidar. Este número varia em torno de 150 pessoas. Será que conseguimos dar conta de todos os nossos contatos do Facebook?

# Fadiga da atenção – Usar um desktop com o email aberto, Facebook atualizando a cada minuto e o Twitter apitando suas notificações acaba por nos tirar a atenção do que estamos fazendo de importante, o que nos causa perda de memória recente, pois não dedicamos completamente nossa atenção ao que estamos fazendo no momento.

Uma dieta da informação consiste em estipular limites. Reduzir o uso da televisão, cancelar feeds de notícias que não são úteis, deletar aplicativos que nos tiram a atenção, sair de redes sociais que nos prejudicam e estipular horários de checar email e atualizar redes sociais, pra que tenhamos tempo livre para fazermos o que nos é importante e aumentar nossa produtividade e felicidade.

Achei o livro muito interessante, tanto para quem é da área da Comunicação/Jornalismo quanto para quem está buscando simplificar a vida online. Apesar de alguns detalhes um tanto cansativos que o autor escreve sobre política dos Estados Unidos (Republicanos x Democratas), o livro nos dá uma explicação histórica sobre como chegamos até o quadro atual e porque a indústria da informação nos bombardeia com superficialidades, além de oferecer soluções práticas de como filtrar o que não é útil e obter informações relevantes.

Gosto tanto do assunto que o li em um dia. Com certeza me inspirou a organizar melhor minha rotina e a refletir sobre a qualidade de informação que estamos recebendo (além de me inspirar para escrever alguns posts).

Se alguém ficou interessado em  ler o primeiro capítulo gratuitamente, basta acessar aqui: primeiro capítulo ou adquirir seu exemplar clicando aqui.

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