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Como ter uma vida online saudável?

Como ter uma vida online saudável - por Camile Carvalho

É sempre assim; uma nova rede social surge e rapidamente corremos para criar um novo cadastro. Não queremos ficar de fora, já que todos os nossos amigos já estão interagindo e acabamos com um saldo de mais um cadastro online de mais uma rede social que promete felicidade, entretenimento e interação. Aos poucos nossos emails se enchem de mensagens indesejadas, nossa exposição online aumenta e ficamos sobrecarregados com tantas presenças virtuais com as quais temos que lidar. Alguém se identifica?

Mas será que toda essa ansiedade por criar logo um novo cadastro é positivo? A não ser que sejamos uma pessoa pública ou que trabalhemos diretamente com mídias sociais, o excesso de exposição pode não ser tão bom assim. É certo que queremos compartilhar com o mundo nossas opiniões, debater sobre assuntos que nos interessam e também fazer parte de grupos com os quais nos identificamos, e acabamos querendo nos expor a fim de mostrar nossa personalidade para fazermos parte da grande rede.

Com um pouco de equilíbrio podemos tomar algumas atitudes para que não fiquemos tão expostos na internet mas sem deixar de usufruir dos pontos positivos de cada rede social. Quando refletimos sobre nossa presença online podemos reduzir nossa necessidade de onipresença ao mesmo tempo em que conseguimos aproveitar melhor os recursos que cada site oferece. A seguir vou apresentar a vocês algumas medidas que estou tomando para melhorar minha presença online sem ficar sobrecarregada.

Quem você quer ser online?

Vamos admitir, não somos totalmente transparentes na internet (e nem devemos). Alguns assuntos são pessoais e não precisam ser compartilhados. Se você tem um blog, mesmo que seja pessoal, há uma certa barreira entre quem você é por trás da tela e quem é aquela pessoa representada por um avatar. Não é que devamos ser falsos ou mostrarmos uma pessoa que não somos, mas sermos objetivos. Se deseja ter um foco, tome o cuidado para padronizar suas redes sociais reforçando suas principais características relacionadas ao que você deseja na web.

Redes Sociais e a privacidade

Uma verdade seja dita: a maioria das redes sociais possui opções de controle de privacidade. O Facebook, por exemplo, pode ser configurado desde total exposição (mostrando posts, fotos, comentários e amigos de forma pública) até total privacidade, deixando tudo no modo privado apenas para amigos, ou para uma determinada lista de amigos.

Se você não deseja que ninguém saiba seu email ou telefone, simplesmente não cadastre. Eu sigo a regra de “o que não quero jamais que ninguém saiba da minha vida, jamais publico na web” (embora eu não tenha nada de tão grave!). Muitos reclamam sobre a privacidade do telefone celular, por exemplo, mas basta não cadastrá-lo. Outras redes, como o Twitter e Instagram permitem que apenas usuários adicionados vejam as postagens, aumentando assim a privacidade do usuário.

Redes Sociais e inúmeros cadastros

Se você já perdeu a conta de quantas redes sociais está presente, faça uma lista daquelas que lembra e exclua seus perfis das que não usa. Fiz isso há alguns meses e mesmo assim hoje ainda sinto que preciso reduzir ainda mais minha presença online (que se encontra um pouco espalhada). Não dá para aproveitar bem todos os recursos de uma rede social se temos diferentes perfis, um para cada finalidade.

Dica: Algumas redes sociais não permitem a exclusão do perfil, então caso não queira mais utilizá-la, altere o nome, email e os dados que forem necessários e salve. Mude ou remova o avatar e você não será mais encontrado naquele site.

Administrando emails

Já comentei sobre como lido com emails, mas não custa repetir. Tenho dois emails, um apenas destinado a cadastros (e assim fica mais fácil quando preciso excluir uma conta e não lembro a senha) e um email pessoal/profissional. Peguei meu email “camilemusica”, bem antigo, para deixar apenas para cadastros em todas as redes sociais e mantive o “camilejornalista@gmail.com” para contatos profissionais e pessoais, além de ter configurado o email do blog para receber em uma pasta específica dentro dele. Não me preocupo com o que chega no email antigo, de vez em quando acesso apenas para remover spam.

Desconhecidos: adicionar ou não?

Por um tempo resolvi remover todos os desconhecidos do meu Facebook. Senti que ficou bem mais leve, apenas com pessoas próximas e mais seguro com postagens apenas para amigos. Quem estava de fora não conseguia ler o que eu postava nem ver minhas fotografias, mas pensando melhor, resolvi aceitar as dezenas de solicitações que estavam pendentes, já que optei por manter meu perfil público. Como tenho um blog e muitos leitores gostam desse contato com quem escreve e nunca publiquei nada muito pessoal, tomei esta decisão. Não fazia muito sentido eu ter um blog pessoal no qual compartilhava inúmeras fotografias do meu dia-a-dia e trancar as mesmas fotos em um álbum privado no meu Facebook.

Se você deseja ter em sua rede social apenas amigos, sabe que terá mais liberdade de escrever aquela sua opinião polêmica, mas caso tenha um perfil público, talvez seja bom rever se aquela foto com amigos bêbados na festa não causará problemas profissionais. Pensar duas vezes no que iremos publicar online é fundamental, lembre-se que uma vez na web, dificilmente será excluído.

Onde estou?

Outra decisão que tomei foi a de remover aplicativos vinculados à localização. Por um tempo usei o Foursquare (muito bom para encontrar novos restaurantes ou locais para diversão) mas me vi fazendo check-in a cada visita à mesma livraria, no mesmo shopping e no mesmo café, quando me perguntei quem realmente quer saber onde estou? Será que essa exposição é útil para alguém? O que me interessa onde o amigo A ou B está? Não pensei duas vezes e apaguei o aplicativo. Foi legal, testei por um tempo mas decidi por não usar algo que não faz tanto sentido (para mim). Também desativei o serviço de localização do Facebook e Twitter (mas de vez em quando aparece por acaso que estou no Rio de Janeiro). A não ser que eu esteja viajando e queira publicar alguma foto de um ponto turístico, não faz sentido todos saberem o tempo todo que eu estou na mesma cidade em que sempre vivi.

Estas são algumas medidas que tomei quanto à redução da minha presença online e controle de privacidade. Ainda há muito a ser configurado, redes sociais excluídas e cada vez mais concentrar minha energia em poucos – mas seletos – objetivos na web.

E vocês? Têm muitos perfis espalhados pela vasta web? Como fazem para cuidar da privacidade frente à exposição a qual somos impulsionados com diversos aplicativos de compartilhamento?

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Enfrente um problema hoje!

Como enfrentar um problema | Vida Minimalista

Todos temos um problema que não é impossível de ser resolvido mas demanda um pouco de tempo, dedicação e paciência. Acabamos deixando para depois, para quando tivermos uma lacuna em nossa atarefada grade de horários, mas o que parece aliviar o sofrimento acaba piorando a situação. Mal conseguimos focar em outras atividades por causa daquela tarefa chata que fica martelando em nossas mentes. Alguém se identificou?

Esta semana finalmente consegui dar um basta em uma situação assim. Não conseguia ver a monstruosidade que me esperava, apenas sabia que seria algo chato de se resolver e que demandaria muita paciência para não desistir de tudo no primeiro obstáculo. Reservei um tempo apenas para isso, e por algumas horas encarei de frente e a cada complicação me mantive firme até o fim.

Agora penso, como um simples detalhe pode se tornar tão grande? Na verdade, quanto mais deixamos pra resolvê-los depois, maiores eles se tornam, já que nossa mente não para de pensar em uma solução, mesmo que inconscientemente. Aprendi uma lição, que se não há nada a ser feito, devemos sim ser pacientes, mas quando o primeiro passo depende de nós, quanto mais procrastinamos, maior se torna o obstáculo. Eu poderia ter resolvido antes? Sim! Mas por medo de encarar o problema fui deixando para depois. A sensação de riscar mais um obstáculo do meu caderninho foi tão boa que me motivou a concluir logo algumas outras tarefas inacabadas.

E você, o que está martelando em sua mente? Há algo que possa ser feito hoje? Então faça! Não há sensação melhor que apreciar uma boa xícara de chá após ter removido uma pedra do caminho.

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Sempre temos algo a ensinar

Quando temos conhecimento sobre algum assunto é comum acharmos que é algo tão simples que nem precisa ser compartilhado, afinal, todos devem saber. No entanto, mesmo que estejamos em um meio no qual se compartilhe dos mesmos interesses, sempre há algo a ser aprendido e ensinado, e essa troca é fascinante.

Tenho uma amiga que no passado já sofreu bastante em relação à sua autoestima, mas que em um momento de sua vida aprendeu a lição de que se ela própria não se amasse, ninguém mais faria por ela. Levantou a cabeça, sacodiu a poeira e mudou seu padrão de pensamentos, descartando opiniões alheias que a machucavam e assim aprendeu, aos poucos, que a vida é muito mais que a opinião dos outros sobre suas roupas, peso e o que mais achassem dela.

Em uma de nossas conversas ela me contou que queria muito ter um blog pra compartilhar seus pensamentos e ajudar a outras pessoas, principalmente jovens, que passam pelo mesmo problema que a atormentou por tantos anos, e foi quando me ofereci pra ajudar. Planejamos um nome, um formato, fizemos testes aqui, testes ali e em poucos dias nasceu o Sobre Autoestima, um blog que pretende debater questões sobre conflitos pessoais e o amor próprio.

Pensei que seria algo super normal pra ela, afinal, sou blogueira há tantos anos que configurar painel de controle, comprar domínio, alterar DNS, CSS, HTML entre outras siglas, se tornou algo normal. No entanto, percebi que o que é simples para mim pode não ser para o outro e ensinar cada passo, desde como criar um novo post, inserir fotografias até a publicação, me trouxe um sentimento de felicidade imensa por poder compartilhar meu conhecimento com alguém. Claro que não sou expert no assunto – e por isso mesmo sempre achei que não poderia ensinar – mas o pouco de experiência que tenho ajudou bastante quem nunca esteve em contato.

A verdade é que sempre podemos ajudar e ensinar nem que seja com um detalhe. Nunca sabemos tudo de forma igual e compartilhar conhecimento é tão gostoso quanto aprender. O que eu achava fácil, embora não me sentisse segura em ensinar, era uma incógnita para minha amiga que estava criando seu primeiro blog, e então me pergunto quantos outros conhecimentos, mesmo que pequenos, que poderia ser passado àqueles que estão ao meu redor? Quantos outros conhecimentos também não posso aprender com quem me cerca?

Nenhum saber é pequeno demais a ponto de não ser importante para alguém. O que pode ser fácil para um, pode ser um mistério para o outro. Vamos prestar mais atenção sobre o que podemos ser úteis para quem convive conosco? Essa experiência me ensinou a lição de que sempre podemos ensinar algo a alguém. E que compartilhar experiências é gratificante.

Visitem: Sobre Autoestima

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