Categorias: Papel

Criando o meu moodboard

Criando o meu moodboard | Camile Carvalho | Vida Minimalista

Volta e meia eu venho aqui contar a vocês que me reanimei a escrever novamente no blog e deixar registrada a minha vida, usando este espaço como um diário online. Mas a verdade é que por eu ter voltado a escrever no papel, acabei reduzindo demais o meu tempo de tela. Ando fugindo um pouco das redes sociais, da superexposição e, principalmente, do excesso de informação por aí que me deixa paralisada.

Mas hoje me deu vontade de abrir o blog à tarde e navegar por ele, observando os pequenos detalhes: será que se eu fosse uma visitante, eu gostaria de navegar por aqui (como eu costumava fazer com os outros?).

Deixando o blog a minha cara

O primeiro passo eu deveria dar: deixar aqui com a minha cara, minha essência no momento. O que sinto é que estou bastante diferente do que ando mostrando externamente, até mesmo pela internet. Há um movimento interno que somente os meus papeis conhecem e testemunham, mas me senti confortável o suficiente pra escrever aqui e deixar registrado depois de pensar em como deixar este ambiente mais parecido com o que estou sentindo.

O primeiro passo foi criar um moodboard, ou seja, um painel de inspirações colocando imagens e textos que tivessem me tocado de alguma forma. O melhor lugar pra isso foi o Pinterest (aliás, você pode conhecer esse meu painel aqui). Salvei imagens que ressoavam, e o melhor de tudo é que com poucos minutos de uso o próprio Pinterest começa a mandar sugestões que têm tudo a ver com a espiral que entramos. Esse é um dos poucos benefícios que percebo no tal do algoritmo.

Criei um painel no Canva

Abri então um documento no Canva no tamanho A4 e comecei a colar algumas delas. Misturando um pouco o novo título do blog, ilustrações, imagens e fotos que eu mesma fiz, montei um painel de forma bem espontânea. A minha ideia era pra ser bem simples sem me preocupar demais com a perfeição. Eu só queria ter um conjunto de imagens, cores e elementos que expressassem o que está acontecendo aqui dentro, e o resultado foi esse da imagem.

Eu sei, há muitas “loucas dos cadernos e planners e papelaria” por aqui, então já deixo a informação que tenho usado o fichário A5 da Cícero (agenda 2023). Ele vem com a agenda e as divisórias pra cada mês e eu gosto de deixar todas as minhas inspirações anotadas divididas por mês. É fascinante folhear os primeiros meses do ano e perceber o quanto eu mudei!

Mas, voltando ao moodboard, imprimi duas páginas em uma só num papel reciclado, cortei e furei. Adicionei como a capa do mês de novembro, ou seja, a primeira página. A princípio a ideia era apenas fazer esse registro pra me inspirar ao longo do mês, até mesmo pra me guiar nas publicações daqui, mudanças na identidade visual e postagens do Instagram, mas por fim, acho que vou fazer isso todos os meses. É como um registro fotográfico, imagético de como eu estou internamente a cada mês. Acredito que ao longo de 1 ano as imagens e cores mudariam bastante.

Criando o meu moodboard | Camile Carvalho | Vida Minimalista

Eu sou apaixonada pelo fichário A5 da Cícero (eles nomeiam como Caderno Criativo). Já tentei usar o de tamanho maior (17x24cm) mas pra mim não funcionou muito bem. A praticidade de carregar pra qualquer canto somado à facilidade de dobrar um papel A4 ao meio, furar e adicionar faz toda a diferença pra mim. A minha ideia é que a cada ano eu possa guardar na prateleira junto aos livros esse fichário com a coletânea de ideias criativas – e sim, ele fica do tamanho dos livros.

Mas isso é papo para um outro post. Quem sabe eu fotografe e fale de cada caderno que estou usando e pra que? Só tem um porém: talvez eu crie uma crise existencial por lidar com aqueles cadernos que comprei só porque são bonitos mas que ainda não achei uma utilidade… ou aqueles que comprei pensando que seriam úteis e ficaram abandonados. Ou aqueles que mudei a função… ou… enfim, acho que vocês entendem, não é mesmo?

Criando o meu moodboard | Camile Carvalho | Vida Minimalista

Estou em uma vibe de cogumelos, florestas, verde-musgo, tons terrosos. Um pouco diferente do rosa e lilás que eu vinha usando ultimamente, principalmente das minhas fotografias bem clarinhas e minimalistas. A impressão é que entrei numa floresta úmida e estou cercada de cogumelos, corujas, mistérios e antiguidades. Acho que a Camile de 2014 ficaria orgulhosa de ver esse movimento retornando em pleno 2023.

Me contem, vocês também percebem essas mudanças? Já tentaram associar com alguns ciclos da vida ou até mesmo da natureza? Como vocês pensam sobre essas transformações internas?

Categorias: Meu Diário

Resgatando meus diários da infância

Eu mal acreditei quando abri a sacola empoeirada esquecida no canto de um armário na casa dos meus pais. Para mim, ali teria alguns cadernos velhos da época da escola, ou até mesmo livros antigos, pelo peso e volume da sacola. Mas o que encontrei ali foi muito mais valioso que simples papeis velhos: meus diários.

Desde julho deste ano (2023) eu venho retornando, lentamente, ao hábito de escrever à mão. Eu, que só escrevia no computador, e até mesmo fazia uma espécie de diário no 750words.com sem muita rotina, comecei anotando as matérias da graduação em Ciências da Religião num caderno. Depois, conheci a linha dos Cadernos Criativos da Cícero e me apaixonei. Depois, fui pro Caderno Inteligente, e a cada item que comprava, minha vontade de escrever à mão só aumentava.

No começo a minha letra era muito feia. Eu percebia que não tinha muito controle sobre o ajuste fino da minha mão sobre a caneta. Pensava em escrever um F e saía outra coisa. Às vezes travava numa palavra, repetia letras, esquecia de outras. Isso foi algo muito, mas muito esquisito e vocês não imagina o quão assustada fiquei vendo que durante uma escrita corrida eu pouco tinha controle sobre os movimentos da minha própria mão.

Eu sabia que precisava escrever mais e mais. E continuei. Hoje olho pros meus cadernos e fico feliz em saber que melhorei muito esse controle e já consigo escrever por um longo tempo sem sentir cãibras, dores no pulso e no ombro.

Mas, voltando aos diários, vou contar um impasse que eu estava nestes últimos meses.

Eu sabia que queria algo com esses cadernos. Eu queria ter um registro da minha vida que eu pudesse armazenar anualmente na minha prateleira junto aos meus livros. Algo que eu pudesse carregar comigo para onde eu fosse. Que tivesse ali meus conhecimentos, aprendizados e sentimentos. Fotos, imagens, recortes. Eu não sabia bem o que era isso que eu queria. Não era uma agenda. Não era um “querido diário” infantil.

Li livros sobre tudo isso. Bullet Journal, Listas, GTD, Commonplace Book, Journalling, e tudo o que vocês puderem imaginar. Eu entrava no Pinterest e encontrava cadernos tão perfeitos, com uma caligrafia tão linda que eu tinha que dar zoom na imagem pra me certificar que aquilo realmente havia sido escrito por alguém. Pareciam impressão. O meu sentimento era de que eu nunca conseguiria fazer um caderno desses, pois minha letra ainda estava meio caótica, eu não tinha as folhas perfeitas e nem as canetas adequadas. Eu precisaria investir muito tempo e dinheiro pra chegar a esse nível. Não, não era ainda isso.

E eu percebia que não tinha opções. Testei de tudo. Peguei minha caderneta da Cícero e comecei as Morning Pages, aquela prática de escrever 3 páginas pela manhã. Mas fiquei agoniada pois, de manhã o tempo é mais corrido pra mim e enquanto eu escrevia, pensava que ainda precisava trocar a água do cachorro, passar o aspirador, colocar a água do beija-flor, arrumar a cama, fazer comida etc. Eu simplesmente não tinha cabeça pra me concentrar. Mas à noite sim. Então mudei meu caderno pra Night Pages, e então, aí sim, conseguia escrever muito mais que 3 páginas.

Então veio o Bullet Journal e testei usá-lo ali mesmo, no meu caderno do Morning Pages que virou Night Pages que virou Bullet Journal. Mas aí achei que ele ficou tão frio, que comecei a escrever meus sentimentos em textão no meio dele. Hoje ele se tornou um caderno caótico, de tudo, sem um propósito definido. E assim, ele ficou bem legal, acompanhando minha mente a cada dia.

Mas foi apenas folheando meus diários, hoje que eu tive um insight. Eu comprava, a cada ano, uma agenda com uma página pra cada dia. E ali eu escrevia de tudo um pouco, de forma espontânea. Podia ser um aniversário, uma tarefa, o que fiz no dia, um professor chato, um encontro com as amigas, um sentimento. Cartinhas de amor nunca enviadas eram anexadas. Fotografias. Embalagem de bombom que ganhei do paquera. Bilhetinhos das amigas recebidos no meio da aula. Tudo, tudo ali, naquela agenda que cabia de tudo um pouco.

Então entendi que é isso que eu buscava, só não tinha um termo. Eu queria escrever, de forma espontânea, sobre o que viesse à minha mente naquele dia. Sem fórmulas. Sem estrutura. Sem seguir um método. Sem nomes em inglês. Tudo o que eu busquei, durante esse último semestre, foi retornar ao hábito de ter uma agenda e escrever livremente, como um diário, nela. Joguei todos os nomes em inglês no lixo e fiquei com apenas uma única descrição: diário.

Simples, como antigamente. Descomplicado. Espontâneo. E assim eu vou (re)começar um hábito que eu havia pausado por um tempo na minha vida.

Quem vem comigo?
Quem já faz isso?

Categorias: Organização

Começando a ler O Método Bullet Journal (BuJo)

Começando a ler O Método Bullet Journal (BuJo) | Camile Carvalho | Vida Minimalista

Eu sei que esse é um livro que eu deveria já ter lido há um bom tempo, principalmente por eu ser a louca da organização, da sistematização, da produtividade. Mas só agora que tive a coragem de comprá-lo. E vou explicar o motivo.

Eu venho usando o GTD desde os primórdios da publicação do primeiro livro. Saio do ritmo por um tempo, abandono o método, mas depois acabo voltando. GTD é como um lugar-seguro ao qual sempre retorno quando a vida fica caótica.

Recentemente conheci o Método PARA, do Tiago Forte. Li o livro, apliquei em todos os meus aplicativos, até mesmo na organização das minhas pastas físicas em casa. Deu certo. Foi uma “quebra” do meu GTD, mas que tudo bem, pois ambos os métodos se complementam. O próprio Tiago Forte usa ambos e dá certo.

E então eu resolvi sair também da minha zona de conforto do app Evernote. Com o aumento estrondoso da anuidade e os problemas ainda não resolvidos (esperamos há anos), foi hora de dizer tchau. Fiz a substituição pelo UpNote e estou muito satisfeita. Nunca mais cliquei no ícone do elefante verde quando quero escrever algo.

Então percebi: estou num momento de remexer meus apps, sistemas, conhecer coisas novas e experimentar. Então, é hora de conhecer também o tão famoso Bullet Journal, ou como carinhosamente o chamam: BuJo.

Tenho usado o meu Caderno Inteligente pra administrar minhas tarefas, fazer um planejamento mensal, anotar ideias brilhantes e criativas. Gosto da praticidade de poder reposicionar folhas, removê-las e adicioná-las quando eu quiser. Eu já mudei tanto o meu sistema nesses últimos meses que estou pronta pra ajustar mais uma vez, agora com a novidade do Método BuJo.

Eu sei que um método deve ser aplicado integralmente pra que funcione. Temos a mania de pegar uma ou outra coisa aqui e ali e depois dizer que o método não é tão bom. Talvez eu faça isso com o BuJo, pois ele está chegando em minha vida em um momento em que tudo parece fluir bem. Vamos ver o que eu vou fazer com ele.

Ainda não li o livro, apenas o folheei. Algumas coisas que li superficialmente eu já aplico no meu Caderno Inteligente. Outras, achei uma ótima ideia. Bem, agora o jeito é ler por completo e ir contando a vocês ao longo dessa jornada.

Fiz esse post como um start, pra eu me lembrar futuramente onde comecei. Mas me conta, vocês conhece o BuJo? Usam? Dá certo? Usam que caderno? Caderno ou fichário? Ou digital? Quero saber tudo de como vocês se organizam