Categorias: Desapego

Lista: do que estou desapegando #3

Do que estou desapegando? Camile Carvalho

Faz um tempo que eu não venho aqui compartilhar com vocês sobre meus desapegos. E quando falo em desapego, não me refiro necessariamente a roupas, objetos e coisas materiais, mas também a emoções, sentimentos e hábitos que não me fazem tão bem.

# Desodorante industrializado

Já faz um tempo que não compro um desodorante industrializado cheio de químicas. Troquei o meu por leite de magnésia com óleos essenciais e estou muito satisfeita. Mantenho um industrializado apenas na minha bolsa de yoga para uma eventualidade, mas raramente uso. Tem dado muito certo usar apenas o leite de magnésia, inclusive quando vou correr. Pretendo depois experimentar a pedra hume, mas ainda não encontrei uma pra comprar.

# Milhares de cremes para o cabelo

Quando comecei minha transição capilar, saí comprando compulsivamente cremes para ativar cachos e tudo o que eu encontrava no caminho para ajudar na nova textura do meu cabelo. Resultado? Acabei me frustrando por 1) não ter aquela textura que meu cabelo ficava naturalmente (ele não é tão cacheado como ficava) e 2) dava mais trabalho do que quando eu alisava.

Acabei desapegando dessa busca incessante por cabelos cacheados perfeitos – que não tenho – e hoje estou apenas lavando e usando um creme pra pentear normal. De vez em quando uso umas gotinhas de óleo de coco nas pontas e deixo secar no natural. Muito menos trabalho. Isso fez com que eu desapegasse do próximo item:

# Ter um cabelo ~perfeito~ que não é o meu

Sim, eu tenho cabelo sem forma. Sim, eu uso escova giratória pra alisá-lo de vez em quando. Sim, eu tenho vários bad hair days e apenas faço um coque no topo da cabeça e sou feliz assim. Desapeguei da ideia de manter um cabelo perfeito simplesmente por que não tenho um cabelo perfeito. Aliás, ele é perfeito do jeito que é e está tudo bem. Também desapeguei da onda de transição capilar cheio de “não pode isso, não pode aquilo” e apenas relaxei. Quando quero alisá-lo, aliso. Quando quero no natural, deixo secar ao vento. E está tudo bem. Sem cobranças, sem neuras. 🙂

# Pessoas que me faziam mal

Não é porque me distanciei de alguns amigos que esses, em específico, me façam mal, longe disso! Alguns amigos são muito queridos, apenas na correria do dia-a-dia acabamos não nos encontrando mais. Porém, desapeguei sem dó de algumas pessoas que me colocavam pra baixo. Que vivem pra pisar nos outros, tentando mostrar uma vida, um status que não possuem. Pessoas assim são tóxicas, e por mais que as amemos, quando passa o limite de nos prejudicar, nos humilhar, a melhor saída é se afastar.

# Blog (what?)

Calma, eu não desapeguei do blog e nem pretendo encerrá-lo. A questão é que eu tenho um certo problema chamado chatice de gente metódica e me cobro DEMAIS em relação ao conteúdo que publico. Preciso ter tudo organizado demais e acabo caindo na armadilha da procrastinação. É claro que não vou transformar meu blog em algo feito de qualquer jeito, mas estou, aos poucos, transformando esse espaço em algo mais leve, no qual eu possa simplesmente abrir o notebook e escrever.

O carinho por ele continua o mesmo, o que muda é a fluidez com que escrevo e cuido dele. Eu penso o seguinte: se alguém se incomoda com o conteúdo que compartilho, isso significa que não é meu público. Há milhares de blogs super legais por aí e acredito que um blog deva refletir o blogueiro. Assim, atraímos os leitores que se identificam com quem realmente somos e tudo fica mais leve.

E vocês, do que estão desapegando? Compartilhem comigo!

obs.: tive um problema na url do leveporai, portanto, o blog seguirá seu fluxo neste endereço camilecarvalho.com até quando o universo permitir. Antes, eu arrancaria os cabelos por causa disso. Agora, enxerguei o copo metade cheio, vi o que poderia ser feito e apenas troquei o conteúdo pra cá. Acho que estou desapegando de mais coisas do que tenho consciência. ❤

imagem: ISO Republic

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Categorias: Livros

O que ando lendo? Silêncio, de Thich Nhat Hahn

Tenho o costume de ler um livro inteiro para fazer, em seguida, uma resenha completa aqui no blog. Mas hoje pensei em algo diferente: vou compartilhar as inspirações e insights que tenho DURANTE a leitura, pois em muitos casos, de uma leitura abre-se um leque de pensamentos e reflexões sobre um determinado assunto.

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O livro que estou lendo no momento e que tem me inspirado demais é o Silêncio: o poder da quietude num mundo barulhento, do monge budista Thich Nhat Hahn. Como o próprio nome já entrega, o livro aborda a importância de desfrutarmos da quietude, de ouvirmos apenas o vazio para conectarmos com nós mesmos a fim de escutarmos nossa voz interior.

No entanto, na maioria das vezes não é bem isso que acontece. Percebo que muitos sentem uma necessidade de preencher o vazio quando nos deparamos com ele. Seja na espera de uma consulta, na fila do supermercado ou até mesmo sozinhos em casa, sentimos aquele impulso de olhar o celular, de ligar a TV, deixar o rádio falando em casa para termos a sensação de “companhia”. Acabamos, assim, deixando de vivenciar o silêncio, tão importante em nossas vidas.

No livro, o monge fala que temos um banquete de estímulos. Nunca na história tivemos tantas distrações e, como falei no artigo lá no Vida Minimalista, acabamos querendo abraçar tudo que chega até nós.

Trecho que destaco:

“(…) é importante estarmos conscientes com relação a o que e quanto consumimos. A consciência é a chave da nossa proteção. Sem proteção, absorvemos muitas toxinas. Sem perceber, ficamos repletos de sons e intoxicamos nossa consciência, e tais coisas nos deixam doentes.” – pág. 28

Ou seja, quando nos mantemos em estado de alerta, conscientes dos nossos próprios passos e pensamentos, temos a chance de termos mais controle sobre os estímulos. Quando nos tornamos passivos, deixamos que a mente controle tudo, desligamos nossos filtros.

O autor fala sobre 4 principais estímulos que temos, comparados aos alimentos:

  1. Alimentos comestíveis: o que de fato ingerimos, nossa alimentação física e energética.
  2. Sensações: experiências sensoriais, o que ouvimos, lemos, enxergamos…
  3. Desejo: nossas vontades, preocupações.
  4. Consciência: a maneira como nossa mente alimenta nossos pensamentos e ações

É verdade que os estímulos não param de chegar, mas conscientes, conseguimos escolher o que vamos fazer com tais informações. Ficar em silêncio pode ser difícil pra alguns. É como um detox, como tentar sair de um vício, mas com o tempo, se tivermos a firmeza de tornar o silêncio um hábito – pelo menos por alguns minutos diários – já vai fazer uma grande diferença.

Algum leitor pratica meditação? Como você lida com o excesso de estímulos? Consegue sentar-se em silêncio enquanto espera por algo e simplesmente não fazer nada? Conte pra mim!

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Categorias: Livros

Livro: Seja a pessoa certa no lugar certo

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O que mais tenho visto por aí em relação à carreira profissional são questionamentos se o caminho escolhido é realmente o que combina com a pessoa e como buscar algo que se enquadre mais com os sonhos e personalidade das pessoas. Buscar um caminho profissional que combine sonhos, aptidão e personalidade é o tema do livro Seja a pessoa certa no lugar certo.

Consultor há mais de 22 anos em gestão de pessoas, Eduardo Ferraz traz uma metodologia baseada em neurociência comportamental. No livro, disponibiliza vários testes para descobrirmos qual nossa tendência comportamental e personalidade, para sabermos com qual atividade e carreira profissional somos mais compatíveis.

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Segundo o autor,

“Se você está em uma situação em que precisa usar características de personalidade que não possui naturalmente gastará muita energia e seu desempenho será pífio. Quando você está em uma posição em que pode usar seu estilo natural, seu veículo mental se desgasta pouco e sua produtividade aumenta muito.” – pág. 13

Isso é, cada um tem uma aptidão natural, uma certa fluidez com determinadas atividades que, levadas em consideração na hora de escolher o caminho profissional, fará com que o trabalho seja feito de forma mais leve, fluida e agradável.

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O livro traz um modelo matemático para identificarmos nossa personalidade abordando alguns pilares como dominância, influência, autorrealização, talentos, altruísmo entre outros. Analisando este perfil, se somos pouco dominantes ou muito, estáveis ou não, influentes ou conformados, vamos traçando um perfil de quais atividades, locais de trabalho, equipe e posição seria melhor para que não haja um desgaste e uma perda de energia sem necessidade. Quando encontramos esse fluxo, tudo fica mais agradável e acabamos fazendo nosso trabalho com mais prazer e dedicação.

Seja a pessoa certa no lugar certo tem 183 páginas e foi publicado pela editora Gente. É um livro de fácil leitura, bem interativo (possui vários testes) e divertido, daqueles para se ler num fim de semana com papel e caneta na mão.

E você, já conhecia o livro? Como você acha que seria seu perfil de trabalho?

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