Há um tempo escrevi aqui uma lista de tudo que eu estava desapegando no momento, e hoje, olhando pra trás e percebendo como estou hoje, refleti sobre o que aprendi a desapegar (e ainda estou trabalhando) no momento.
❤ Aprovação dos outros – juro que é difícil viver sem pensar muito no que os outros vão pensar dos nossos planos, empreendimentos e até mesmo a cor do tênis que resolvemos usar hoje, mas quando começamos a sair um pouco da caixinha, começamos a perceber que o mundo é muito maior do que nosso círculo de amizades e a vida é curta demais para nos preocuparmos com o que os outros vão pensar de nós. É ok ser diferente. É ok não agradar a todos. É ok ser você mesmo, então pra que se preocupar com o que os outros vão pensar? Deixe que julguem. Se estamos trilhando um caminho com amor, dedicação e com um propósito maior, se estamos tentando não machucar ninguém, que mal há em sermos nós mesmos?
❤ Ter o controle de tudo – sempre queremos estar no controle, tanto em relação aos outros quanto em relação a nós mesmos. Se a vida está me levando a um outro caminho, será que não é hora de parar e refletir na possibilidade desse caminho ser melhor? Se os outros não agem conforme desejamos, não é momento de desapegar dessa vontade de querer ter tudo sob nossa direção? Há um movimento no universo que nos leva a caminhos diferentes do que planejamos e uma mudança brusca pode significar novas oportunidades.
❤ Autocobrança – é verdade que quando nos comprometemos com algo, devemos procurar fazer da melhor maneira possível. Mas e quando não conseguimos fazer de forma perfeita? Feito é melhor que perfeito? Estou aprendendo, aos poucos, que perfeccionismo em excesso faz mal. Às vezes deixo de escrever um post pro blog, de responder algum comentário, de entregar algum trabalho na faculdade (sim, já fiz isso!) só porque não teria como fazer de forma perfeita naquele momento. E ao deixar pra depois, quando as condições estivessem mais favoráveis, acabei não fazendo nem perfeito, nem mal-feito.
❤ Papelada – agora falando de algo físico, estou tentando desapegar mais ainda da dependência de papeis. Tento ao máximo usar o meio digital (exceto com caderninhos de anotações) e estou tentando não acumular pilhas de textos, artigos e apostilas na minha escrivaninha. Estou optando sempre pelo formato digital e quando alguém me dá algum papel na rua, trato de deixar no lixo reciclável e não trazer pra casa. Papeis se multiplicam e quando vemos, já estamos novamente fazendo um declutter sem saber como pudemos acumular tanto.
Estes foram alguns pontos nos quais estou trabalhando o desapego. Sei que é um caminho longo, não mudamos um hábito ou forma de pensar de um dia pro outro, mas só de termos a consciência de que precisamos mudar, já nos facilita bastante a adquirir novos hábitos.
E vocês, estão desapegando de quê?
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Também estou tentando me desapegar dos papéis, mas não é fácil 🙁
Adorei o post, me fez pensar em algumas outras coisas que eu deveria me desapegar também.
Beijos de luz!
Não é fácil mesmo! Ainda dependemos muito de papel… mas aos pouquinhos vamos reduzindo. 🙂
Obrigada pela visita!
Beijos!
Também fiz uma limpa nas papeladas.
Por falar nisso,como vc destroi contas,notas? Sempre fico receosa em jogar de qualquer jeito no lixo.
bjo
Eu rasgo tudo na mão mesmo. Uma vez comprei uma fragmentadora de papel mas deu mais trabalho ainda, o papel prendia, embolava na máquina e eu só me estressava rs. Acabei devolvendo pra loja.
Bjos!
Bom saber rs
Moças, só uma questão sobre notas fiscais ou contas: o ideal, se puder, é antes de jogar fora, escanear para ter como prova para qualquer eventualidade. Quando se paga online, o banco gera uma nota virtual que serve como comprovante. No mais, vcs duas estão corretas. 😀
Sim, com certeza. Mas acho que ela perguntou sobre o descarte mesmo, como ter o cuidado de não jogar os dados no lixo. 🙂 Mas sua dica é ótima também!
Perfeito, Camile! Seus textos sempre me ajudam, querida. Compartilhado.
Que bom que gostou, amigo!! 😀
Espiritualmente também estou tentando desapegar das mesmas coisas que você, autocobrança, controle, aprovação alheia. Mas sem dúvidas estou desapegando de tanta coisa material que eu guardava sem necessidade.
Isso já tem levado alguns anos, mais especificamente desde quando comecei a estudar o budismo e o desapego a coisas materiais, mas sinto que finalmente estou na reta final. Agora estou na fase da papelada! rs
Beijos!
Foi quando comecei a estudar o budismo que deu esse estalo na minha mente sobre o desapego, e então criei o Vida Minimalista. O caminho do desapego é longo, por mais que pensemos que conseguimos desapegar de tudo, depois sempre percebemos que há mais algo a ser trabalhado. É um lindo caminho de descobertas e autoconhecimento. Legal que você chegou na parte da papelada, o ambiente fica até mais leve quando nos livramos de tanto papel acumulado. 🙂
Estou desapegando de livros, estou ficando com o mínimo – só os top favoritos -, estou desapegando de objetos que não uso, de julgamentos, da mania de perfeccionismo comigo mesma, de querer tudo para ontem, da ansiedade com tudo e todos, do pavor de problemas… A vida não é perfeita, não somos perfeitos… precisamos nos aceitar melhor e esperar a famosa “hora para tudo”, estou acreditando nela…
Exatamente, também acredito nisso. E também que a vida não é perfeita, temos que aprender a acompanhá-la em suas ondas. 🙂
Beijos!
Amo o seu blog. Sempre apareço aqui para ver as novidades! Eu tenho desapegado do controle. Tenho aceitado os caminhos vacilantes da vida. E aprendendo a beleza e o aprendizado que pode haver atrás dos erros. Nesse momento, estou pensando num projeto de Pós-Graduação que sempre sonhei e as idéias têm dado clareza aos meus dias. Ah, e desapeguei de uns 50 livros doando para uma Biblioteca Pública e isso fez um bem!! Bj
Doar sempre nos faz um bem danado, né? Desapegar do controle é bom, assim podemos aproveitar o fluxo que a vida nos leva e aproveitar as oportunidades que surgem e que talvez não perceberíamos se estivéssemos tentando fazer tudo do nosso jeito.
Obrigada pela visita!
Escrevi sobre isso lá no meu blog. Mas estou enfrentando desafios ao tentar me livrar dos sentimentos negativos. Não é bem uma coisa que a gente consegue mudar fácil. Teu blog é uma inspiração. Obrigada pelo post maravilhoso!
Bjs!
Desapegar de objetos é até fácil, pois no fundo sabemos que podemos de uma certa forma substituí-los. Mas quando se trata de sentimentos e emoções, com certeza é um trabalho mais difícil. Tem que mudar os padrões de pensamentos, o modo de encarar a vida, ou seja, é uma mudança muito mais interna que mexe com muita coisa. Mas aos pouquinhos vamos conseguindo. Não é fácil mas também não é impossível. Obrigada pela visita! 😀
Tenho problemas com a opinião alheia. Eu não mudo ou me reprimo só porque alguém desaprova meus gostos, atitudes e etc. Mas me incomodo pelo fato em si, de as pessoas ficarem palpitando sobre a minha vida – e a dos outros. Ora ou outra sempre me vejo defendendo pessoas que às vezes nem conheço… Quer dizer, sendo escuto pessoas falando mal ou fofocando sobre as outras.
Além disso, sou perfeccionista ao ponto de às vezes nem começar as coisas, por saber que a princípio nem sairá perfeito… Ou que demorarei muito mais do que outra pessoa. Acho que é algo absoluta absolutamente danoso e tenho a consciência de que preciso mudar, mas às vezes é complicado.
Uma questão que sempre me pego pensando… Não consigo discernir ainda a aceitação do que a vida traz e o conformismo, sabe. Quer dizer, estou numa fase em que, cursando história, percebi que na verdade gostaria de trabalhar com outra coisa. Parei esse semestre e tenho estudado para o vestibular (vejo como uma aceitação de que minha visão mudou e trocar de curso faz parte). Mas, às vezes, travo nessa busca, pois fico um pouco frustrada com toda essa questão de escolarização e vestibular, estudar um monte para só depois fazer o que se gosta, etc. Acho isso um pouco difícil de levar…
Mas, tenho me desapegado bastante é de roupas e livros – logo eu que adoro ver livros na minha estante hehheh
Mas tinham vários que não serviriam para mais nada, então tem sido ótimo repassar 🙂
quando* escuto pessoas
acho que é algo absolutamente*