Tenho o costume de ler um livro inteiro para fazer, em seguida, uma resenha completa aqui no blog. Mas hoje pensei em algo diferente: vou compartilhar as inspirações e insights que tenho DURANTE a leitura, pois em muitos casos, de uma leitura abre-se um leque de pensamentos e reflexões sobre um determinado assunto.
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O livro que estou lendo no momento e que tem me inspirado demais é o Silêncio: o poder da quietude num mundo barulhento, do monge budista Thich Nhat Hahn. Como o próprio nome já entrega, o livro aborda a importância de desfrutarmos da quietude, de ouvirmos apenas o vazio para conectarmos com nós mesmos a fim de escutarmos nossa voz interior.
No entanto, na maioria das vezes não é bem isso que acontece. Percebo que muitos sentem uma necessidade de preencher o vazio quando nos deparamos com ele. Seja na espera de uma consulta, na fila do supermercado ou até mesmo sozinhos em casa, sentimos aquele impulso de olhar o celular, de ligar a TV, deixar o rádio falando em casa para termos a sensação de “companhia”. Acabamos, assim, deixando de vivenciar o silêncio, tão importante em nossas vidas.
No livro, o monge fala que temos um banquete de estímulos. Nunca na história tivemos tantas distrações e, como falei no artigo lá no Vida Minimalista, acabamos querendo abraçar tudo que chega até nós.
Trecho que destaco:
“(…) é importante estarmos conscientes com relação a o que e quanto consumimos. A consciência é a chave da nossa proteção. Sem proteção, absorvemos muitas toxinas. Sem perceber, ficamos repletos de sons e intoxicamos nossa consciência, e tais coisas nos deixam doentes.” – pág. 28
Ou seja, quando nos mantemos em estado de alerta, conscientes dos nossos próprios passos e pensamentos, temos a chance de termos mais controle sobre os estímulos. Quando nos tornamos passivos, deixamos que a mente controle tudo, desligamos nossos filtros.
O autor fala sobre 4 principais estímulos que temos, comparados aos alimentos:
- Alimentos comestíveis: o que de fato ingerimos, nossa alimentação física e energética.
- Sensações: experiências sensoriais, o que ouvimos, lemos, enxergamos…
- Desejo: nossas vontades, preocupações.
- Consciência: a maneira como nossa mente alimenta nossos pensamentos e ações
É verdade que os estímulos não param de chegar, mas conscientes, conseguimos escolher o que vamos fazer com tais informações. Ficar em silêncio pode ser difícil pra alguns. É como um detox, como tentar sair de um vício, mas com o tempo, se tivermos a firmeza de tornar o silêncio um hábito – pelo menos por alguns minutos diários – já vai fazer uma grande diferença.
Algum leitor pratica meditação? Como você lida com o excesso de estímulos? Consegue sentar-se em silêncio enquanto espera por algo e simplesmente não fazer nada? Conte pra mim!
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Que difícil! Eu sempre estou com um livro pra não ter que esperar sem fazer nada e na falta dele fico olhando o celular 20 vezes. Em casa estou sempre assistindo vídeos e se for pra fazer alguma tarefa principalmente, se tiver limpando a casa ou organizando, coloco vídeos do mesmo tema para me inspirar, mas já aconteceu de eu largar o que estava fazendo pra assistir vídeos =/
Que difícil! Eu sempre estou com um livro pra não ter que esperar sem fazer nada e na falta dele fico olhando o celular 20 vezes. Em casa estou sempre assistindo vídeos e se for pra fazer alguma tarefa principalmente, se tiver limpando a casa ou organizando, coloco vídeos do mesmo tema para me inspirar, mas já aconteceu de eu largar o que estava fazendo pra assistir vídeos =/
Eu nunca tinha pensado na importância do silêncio para mim até de uns meses para cá. Acho que a mudança aconteceu mais ou menos nesse ano. Moro com minha mãe que não suporta silêncio (palavras dela) e eu ando cada dia mais querendo silêncio, seja para estudar ou até para tomar meu café da manhã. Ando valorizando demais levantar num ambiente silencioso, abrir a porta da cozinha, ver minhas plantinhas, tomar café em silêncio total ou no máximo, com uma música suave bem baixinha. Ando planejando até acordar mais cedo já que o verão aqui no sul começa cedo, hehehehe, se no inverno o sol aparece lá por 9 ou 10 hr da manhã, agora 7 hrs ele já está firme e forte e com isso minha mamis que ama barulho levanta cedo, hehehe. Tal é a importância que o silêncio está tendo para mim que ando querendo levantar mais cedo ainda, só para ter meus momentos comigo mesma. Esse livro me despertou curiosidade, o dia que eu tiver oportunidade de ler, farei.