O ZTD (Zen To Done) é um método alternativo de produtividade criada por Leo Babauta, baseado no método GTD de organização pessoal do David Allen, mas que possui o foco voltado para a execução das tarefas.
Se você tem tido problemas com o GTD, ainda que ele seja ótimo, o ZTD pode ser perfeito para você. Ele foca nas mudanças de hábitos necessárias para o GTD de uma maneira mais prática, e foca no fazer, no simplificar, com uma estrutura simples. – Leo Babauta
Atento a algumas dificuldades encontradas por usuários do GTD (Getting Things Done), Babauta simplificou alguns processos e escreveu um livro sobre esse novo método. A grande diferença entre os dois é que enquanto o GTD tem o foco na eficiência, fazendo com que consigamos cumprir todas as tarefas independentemente de sua importância, o ZTD é mais direcionado às prioridades levando em conta as tarefas mais relevantes.
Inspirado nos princípios do Zen Budismo, embora o método não possua qualquer ligação com religiões, o ZTD agrega o valor minimalista, também fazendo-nos concentrar na execução das tarefas no momento presente.
O método é descrito em 10 passos, mas que podem ser reduzidos em apenas 4 etapas, que são as mais importantes (e por esse motivo é um método considerado minimalista e simples).
Os 4 passos do ztd
1) Coletar/Capturar
Devemos anotar livremente todas as tarefas que surgirem em uma caderneta que deve estar sempre conosco aonde formos. Podemos usar também dispositivos eletrônicos, mas Leo acha que um pequeno caderno de anotações é mais simples. A ideia, como já dito, é simplificar ao máximo.
2) Processar
Assim como o GTD, devemos identificar o que precisa ser feito. As decisões são semelhantes ao GTD, que são fazer, descartar, delegar, arquivar ou inserir como pendência ou anotar na agenda.
3) Planejar
Nessa parte é onde fica a maior diferença. Nela devemos definir as tarefas mais importantes para cada semana, as chamadas MIT (Most Important Tasks). Leo as caracteriza como pedras que devemos tirar do nosso caminho. É importante determinarmos no máximo 3 MIT para cada dia, a fim de não nos sobrecarregarmos e também para sobrar espaço de tempo viável para executarmos outras tarefas menores ao longo do dia.
4) Executar
O ponto mais importante é, sem dúvida, a execução. Ao realizarmos cada MIT, devemos anular qualquer distração e concentrar o máximo possível em cada uma delas, uma por vez. Para isso, podemos usar a Técnica Pomodoro para administrarmos nosso tempo.
“ZTD captura o espírito essencial do novo sistema: O da simplicidade, do foco na execução, no aqui e agora em vez do planejamento e no sistema. – Leo Babauta”
Como o livro pode ser livremente distribuído, vocês podem ler a versão gratuita em PDF traduzida por Ibrahim Cesar clicando aqui ou pelo Lucas Teixeira clicando aqui. No livro vocês encontrarão detalhes sobre os 10 passos e os motivos pelos quais Leo Babauta eliminou alguns processos a fim de simplificar.
E você, já conhecia o método ZTD?
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Eu não conhecia, achei muito interessante! O GTD , para mim, é muito pesado.
Obrigada por compartilhar.
Abraços
Muitos acham o GTD pesado demais e desistem no meio do caminho. Precisamos achar a simplicidade em tudo. Sempre!
Muito esclarecedor este texto.
Para mim que estou em busca de me auto-conhecer e aprimorar minhas habilidades e por muitas vezes me perco frente ao que julgo ser melhor e como organizar para executar segundo minha decisão.
Entram aí as dissonâncias cognitivas e acabam por me deixar travado diante do que quero e preciso executar.
Obrigado.
Para alguns, todas essas metodologias facilitam o processo de organização. Contudo, a meu ver, esses métodos são burocráticos e, pedagogicamente falando, pedantes, uma vez que vão na contramão da essência do minimalismo: a simplicidade.
Confesso que ao deparar-me com siglas como GTD, ZTD, MIT e outras sinto-me verdadeiramente numa aula de Física, Matemática ou Química. A própria criação destas siglas, assim como o uso da técnica denominada de Pomodoro, já demonstra uma total ausência do minimalismo, da simplicidade, ou seja, daquilo que é essencial.
Para mim, minimalismo significa, dentre muitas coisas, não estar presente em ‘trocentas’ redes sociais; não ter de criar pseudofórmulas, como as citadas acima, para executar simples ações do dia-a-dia.
Sei que vocês veem o Leo Babauta, os The Minimalists e muitos outros estrangeiros quase que como “Deuses” do minimalismo, mas – na minha mais humilde opinião – os vejo como pessoas vaidosas e pseudominimalistas. Tenho pra mim, como referência de minimalismo, Tenzin Gyatso, Jesus Cristo e Mahatma Gandhi. Estes sim eram (ou ainda é, no caso de Tenzin Gyatso) Minimalista(s) genuinamente.
Obrigada pelo comentário, Chernova!
Baseado nele, escrevi um post sobre o assunto:
http://camilecarvalho.com/sobre-os-grandes-idolos-minimalistas/
Olá, adorei seu blog, olha encontrei esse link http://mnmlist.com/w e adorei, uso esse modelo no meu blog, e todos gostam, talvez você goste também, beijos.
Obrigada pela dica, Michelle! =]
Desculpe não me apresentei, sou a autora do comentário acima.
Olá! Estou lendo o ebook traduzido e encontrei o termo TMI. Seria Too Much Information? Tentei relacionar com o GTD ou o ZTD mas não estou confiante que esta seja a real tradução.
Obrigado! : )
TMI = Tarefa mais importante
Bom dia! gostaria de saber um pouco mais sobre o GTD, você conhece alguma versão em pdf traduzida para o português? não consegui encontrar. Obrigado pela atenção.
[…] Seguindo meu hábito de sempre ir além nas informações, fiz uma breve pesquisa e posso indicar também a leitura do Vida Minimalista, que de forma simples também traz dados adicionais sobre o assunto. Leia o texto clicando aqui. […]
Olá Camile,
Eu estou com uma grande dúvida, pois vejo inúmeras criticas ao ZTD, considerado até como plágio do GTD do David Allen, além de apresentar muitos gaps. Estou começando a me organizar (confesso que em termos de organização tenho muito a melhorar). Li o livro “A Arte de Fazer Acontecer” fiquei muito empolgada com o método, mas confesso que estou tendo muita dificuldade em começar a implantar o GTD. As vezes penso até em desistir, mas sei que a dificuldade é parte do caminho, afinal mudança de hábito não acontece da noite para o dia! Você que conhece melhor as duas técnicas poderia nos dá uma dica em qual começar? Eu poderia começar pelo ZTD e ir migrando aos poucos para o GTD? Ou isso não seria recomendável? Ah e parabéns pelo seu blog! Estou amando seus posts!!! Beijos
Olá Ana Caroline, cheguei aqui por acaso – sou leiga o assunto e pra falar a verdade não me interesso pelo sistema GTD, mas lembro que a moça por trás do site VIDA ORGANIZADA já explicou o método GTD em riqueza de detalhes… então quem sabe vc procura no google pelo site “vida organizada gtd”, acho que vai encontrar suas respostas ali. Bjo e boa sorte!