Categorias: Organização

Declutter, de novo?

Hoje pela manhã eu estava lendo o livro do Leo Babauta (The Simple Guide to a Minimalist Life) quando cheguei numa parte que fala sobre os medos de se fazer um declutter. Há um ano eu estava completamente desprendida de tudo, me livrei de mais da metade das minhas tralhas, doei roupas, joguei no lixo o que não servia nem pra doação e enviei pra reciclagem sacolas e sacolas de papeis e plásticos. Me senti muito leve, livre e solta, mas a sensação de “dever cumprido” nem sempre é benéfico. Com o pensamento de que “agora sim, só tenho o que preciso“, acabei postergando novas sessões de destralhamento, o que me fez acumular novamente algumas tralhas, não exatamente como antes, obviamente.

Não devemos pensar que só por que fizemos um super declutter em casa, não precisaremos mais realizar outros. Como dito no GTD, devemos revisar constantemente nosso sistema de organização, e isso também se aplica ao destralhamento. Continuaremos comprando (a não ser que você faça o desafio de não comprar nada durante determinado tempo), continuaremos adquirindo tralhas, nem que seja um papel que trazemos da rua. E quando você menos esperar, estará envolto em tralhas novamente. Claro que não perderemos o controle por completo, e aí é onde mora o perigo. Temos a sensação de que estamos mais seletivos, e na verdade estamos, mas o que deixamos passar, acabamos classificando como importante, o que nem sempre é verdade.

O primeiro declutter é o mais fácil, embora o mais trabalhoso, pelo simples fato de que nunca paramos pra pensar anteriormente de forma séria em relação a cada item que estamos processando. Nossa visão anterior, que nos fez guardar determinado objeto, não é a mesma de quando colocamos na cabeça que devemos reduzir. Nosso julgamento está diferente, portanto, um objeto antes guardado apenas para o caso de precisar um dia, já não será mais visto dessa maneira, e certamente será mais fácil mandá-lo embora. A partir daí, ficamos com o que realmente importa, e a sensação de que não precisamos fazer outro declutter desse tipo nos deixa acomodado, com a falsa impressão de que temos apenas o que precisamos.

Portanto, não podemos deixar que a sensação de “está tudo sob controle” nos contamine, pois a verdade é que não está. Devemos permanecer em alerta, sempre monitorando nossos sistemas. A maior falha do sistema GTD é justamente a falta de revisão, portanto, esta deve ser a mais importante. Não só devemos revisar constantemente nosso sistema de organização – seja ele qual for – como devemos nos livrar de tralhas sempre que possível. Afinal, não se organiza tralha, mas sim, o que realmente é importante.

Se você se encontra na mesma situação que eu, numa acomodação pós primeiro declutter, levante-se agora e escolha um local pra destralhar. E não se iluda com sua classificação anterior de importância. O que era importante há um tempo atrás, pode não fazer mais nenhum sentido pra você agora. Pare e repense sobre cada item que você tem guardado, mas com sua crítica de hoje, não com os argumentos utilizados anteriormente, afinal, todos estamos em constante mudança. A pessoa que você era ontem não é mais a de hoje.

Vamos lá?
 
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Categorias: Inspirações

Sobre foco e dedicação

Sou uma pessoa que gosta de constantes mudanças, que não consegue ficar sempre fixa em alguma coisa. Gosto de renovações, de melhorias. Detalhes pequenos fazem uma grande diferença pra mim e percebi que pra simplificar pequenos detalhes, muitas vezes dá trabalho, e aí que entra a questão.

Simplificar não é fazer as coisas da maneira mais fácil, de qualquer jeito, mas sim, trabalhar para que haja uma facilidade futura. E aí lembro-me da questão das compras. Devo comprar duas calças de R$ 20 ou uma de R$ 40? Ser minimalista não é escolher o mais barato, mas sim, o melhor. Ora, se a calça de R$ 40 apresenta uma qualidade melhor, e sabemos que vai durar mais, não tem motivo algum para comprarmos duas de qualidade inferior. Com isso, percebemos que a qualidade é um parâmetro que devemos sempre colocar em primeiro lugar. O fator custo x benefício deve sempre ser analisado, pois na maioria das vezes investimos um pouco mais, mas temos em retorno uma durabilidade maior.

Ser minimalista não é sinônimo de ausência de trabalho. Muitas vezes dedicar um tempo trabalhando em algo arduamente, pode nos trazer benefícios futuros. E isso pode ser aplicado em diversos lugares. Dedicação e planejamento, são pontos-chave para um bom resultado, seja qual for. Quantas vezes fazemos algo de qualquer jeito, só pra não termos trabalho, e no final, acabamos tendo mais trabalho consertando os erros, do que se tivéssemos dedicado logo no início?

Fazer cada tarefa com atenção e dedicação é fundamental, para evitarmos problemas futuros. Claro que sempre há um risco de algo dar errado, mas tentar eliminar a possibilidade de erro estando presente em cada momento, é muito importante, e isso significa ter foco em cada atividade do dia. Atualmente, estamos vivendo na loucura do multifuncionalismo, estamos sempre fazendo diversas atividades ao mesmo tempo. Navegamos com várias abas abertas na internet enquanto falamos no messenger com um parente assistindo a novela que está passando na TV, enquanto o livro que estamos lendo está ali, aberto em nossa frente. Será mesmo que isso é bom? Será que devemos nos deixar levar por essa disputa de atenção?

Vamos tentar nos dedicar e manter o foco em cada atividade a qual nos propomos a fazer. Vamos imaginar que durante X minutos, só existe essa atividade, esse trabalho a ser realizado, sem distrações. Coloque o celular no modo silencioso, feche todas as abas de navegação da internet, desconecte do messenger e desligue sua TV. Vai ler um livro? Escolha um lugar calmo e tranquilo em sua casa, e não cometa o erro de carregar seu smartphone com você! Ele vai ficar apitando, mostrando novas atualizações do facebook, novos emails, novas mensagens, e você não vai ignorá-los. Eu tenho certeza que vai colocar o livro no colo e ver qual a “novidade” que te espera. Ao se deparar com algo sem importância nenhuma pra sua vida, já vai ter perdido o embalo da leitura… E aí, pra voltar, vai ser difícil, já que vai lembrar que precisa responder um email, pro fulano e checar novamente se tem novos tweets de pessoas que você sequer conhece.

Faça uma coisa de cada vez. E faça com total dedicação, pra que fique perfeito, pra reduzir as chances de ter que refazer tudo de novo futuramente, dando mais trabalho. Tenha foco em cada atividade que se propor a fazer.

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Categorias: Bem-Estar

Mudanças no cabelo

Eu adoro mudar. Estou sempre mexendo na cor do cabelo, no layout do blog, mudo decoração do quarto, computador, enfim, tudo. Logo me acostumo com as coisas e fico ansiosa, querendo algo diferente, pois me acostumo rápido com tudo. Sou uma camaleoa!

Ontem estava vendo o blog da Maiedae e me encantei com o cabelo vermelho dela. Achei uma graça o corte (pela primeira vez vejo alguém que tem o mesmo tipo de cacheado que o meu) e lembrei-me da minha época ruiva. Durou pouco tempo, já que logo desbotou pra um loiro meio cor de água suja.

Não é uma graça? Mas acho que esse vermelho combina mais com pessoas com pele bem branquinha, o que não é o meu caso. Procurando pelo meu HD encontrei uma foto minha minutos depois de ter tingido o meu cabelo com algum vermelho da Koleston que não me lembro agora. Talvez tenha sido o cereja.

Porém, mas, contudo, todavia, prometi a mim mesma nunca mais mexer na cor do meu cabelo e deixá-lo no natural. Pra sempre. Sei que esse meu “pra sempre” não é eterno, talvez daqui há alguns posts eu apareça aqui contando que pintei o cabelo, ou  não. Tudo vai depender do  meu humor.

Só por hoje eu não vou me render ao vício de mudar drasticamente a cor do cabelo.

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