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Desafio de Leitura Mindfulness

Desafio de leitura Mindfulness | Camile Carvalho #camilecarvalho

Livrólatra, bookaholic, bibliófila. Três palavras que dizem muito sobre mim. Sim, eu sou apaixonada por livros e não meço meus impulsos quando encontro um novo livro que chama minha atenção. Já tentei aderir o minimalismo em relação aos meus livros, mas combinei comigo mesma que tenho uma certa licença em relação às minhas queridas edições em papel. No entanto, há algumas considerações a fazer sobre a forma como estou lidando com minhas leituras no momento.

Eu compro muitos livros, mas este não é o problema central. O que mais me causa ansiedade é tentar ler vários livros de uma só vez, o que culmina com uma ansiedade e estresse por não conseguir terminar nenhum deles no tempo em que eu desejava. Como estou nos estudos mais aprofundados de Yoga, ando pesquisando bastante sobre chakras e tantra, o que me faz ter uma nova pilha de livros a cada visita às livrarias.

Mas este não é o problema. A questão está na forma como estou lidando com minhas leituras. Em vez de me dedicar de forma plena em um deles, acabo fazendo leituras picotadas por intercalar livros, prejudicando uma compreensão mais aprofundada sobre cada um deles.

O que é Mindfulness?

Mindfulness é um termo muito utilizado na meditação, que significa atenção plena. Em vez de fazermos diversas tarefas ao mesmo tempo, tentamos focar nossa atenção em apenas uma atividade. Assim, se estamos lavando a louça, que mantenhamos a atenção apenas na louça. É também considerada uma forma de meditação ativa, que pode ser enquanto limpamos a casa, lemos um livro, estudamos ou praticamos alguma atividade física.

Desafio da Leitura Mindfulness

Foi pensando nisso – e no conceito de mindfulness – que decidi mudar a forma como estou fazendo minhas leituras. Vou me dedicar a uma leitura de cada vez, estudando, marcando, anotando, e fazendo uma resenha mais detalhada ao fim de cada livro, o que ajudará bastante nos meus estudos por eu me aprofundar melhor no assunto abordado e também a conhecer melhor o autor.

Minha vontade é de pisar no freio e ler com calma, com cuidado e atenção plena o que cair em minhas mãos. Chega de ler um capítulo aqui e já olhar para um outro livro que me chama atenção sobre a mesa. Quero conhecer cada obra, cada detalhe e as particularidades de cada autor.

O resultado? Pretendo compartilhar com vocês. Afinal, numa realidade com tantas distrações, eu realmente precisava tomar uma decisão dessa – na verdade um desafio – e me forçar a desacelerar em relação também às minhas leituras.

O desafio está lançado. Me permitirei ler apenas um livro de estudos por vez, mas abrirei uma excessão apenas ao Kindle, que me acompanha nos meios de transporte. Lá me permitirei ler algo leve, que não exija muito estudo, como alguns ebooks que tenho do Kindle Unlimited.

Primeiro passo

Pra conseguir cumprir com meu desafio mindfulness, guardarei todos os livros que ando lendo no momento e escolherei apenas um, para lê-lo até o fim, que será o Visão Tântrica da Vida, do Paulo Murilo Rosas. Vocês podem me acompanhar pelo Instagram o progresso do meu desafio Leitura Mindfulness. E quem quiser participar também, poste nas redes sociais com a hashtag #LeituraMindfulness para que eu possa acompanhar. Quem topa?

E você? Anda sufocado em meio à pilha de livros que está lendo no momento ou é organizado fazendo uma leitura de cada vez? Comente aqui e participe do desafio!

Para participar do desafio, compartilhe a foto do livro que está lendo no momento com a hashtag #LeituraMindfulness. Mas só vale se estiver lendo um de cada vez, hein!

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Categorias: Comportamento

Um debate sobre vida minimalista

Um debate sobre vida minimalista | Vida Minimalista #vidaminimalista

A onda do minimalismo está aí. Podemos perceber pela internet o crescimento de blogs, perfis no Instagram e vídeos sobre o assunto. Quem nunca viu fotos em preto e branco e armários-cápsula padronizados, sem cores? Mas será que pra ser minimalista precisa mesmo seguir esses padrões estéticos? E se eu gostar de cores? Não poderei me considerar minimalista?

Há alguns pontos importantes de se elucidar. Nesta última semana, pipocaram posts em blogs falando sobre armário-cápsula, minimalismo e a padronização de fotografias, e uma reflexão se isso estaria tirando a identidade da pessoa, e há alguns pontos que achei legal trazer aqui pro blog pra debatermos. Vamos lá?

1 | Estilo de vida minimalista não é o mesmo que estética minimalista

Este é um ponto-chave para começarmos a nos entender. Optar por uma vida minimalista significa deixar de lado aquilo que não combina com você e se dedicar àquilo que te faz bem. Se seu armário não traduz sua personalidade pelo fato de você ter passado anos comprando por impulso, é bom sim fazer um declutter para tentar se encontrar em meio ao caos. Isso significa que talvez você não seja uma pessoa de listras preto-e-branca e que doe todas as suas roupas neste estilo.

Você pode ser colorida, floral, de bolinhas roxas e amarelas e está tudo ok! O importante é você se olhar no espelho e ficar feliz, em paz com quem você é. Minimalismo não é usar preto e branco se você continua no consumismo desenfreado com a finalidade de montar um guarda-roupa assim. Mas, se este é seu estilo, tudo bem também! A Jess, do blog Caos Criativo, por exemplo, se encontrou no preto e branco e é feliz da vida!

O mesmo podemos dizer para a decoração da casa. Ter móveis monocromáticos pode ser lindo para alguns e frio demais para outros. Uma vida minimalista te faz olhar ao seu redor e desapegar de tralhas, coisinhas e objetos que não têm nada a ver com sua personalidade. Se você AMA sua casa florida, colorida e móveis rústicos de madeira, ótimo! Afinal, vida minimalista não tem a ver com estética minimalista, embora possam se encontrar em alguns casos. Mas não há regras.

2 | Encontre sua personalidade

Sempre bati na mesma tecla aqui no blog: busque se conhecer. Elimine o que não faz parte de sua vida, sua história e o que te faz mal. Tente ouvir sua voz interior, saber do que você realmente gosta. Liberte-se das amarras, de memórias ruins do passado, de pessoas que te sugam, de objetos que não traduzem sua essência. Use o minimalismo para chegar ao essencial, jamais menos do que você precisa. Comece devagar, aos poucos, e a cada passo aprenda. Minimalismo não é uma finalidade, mas um caminho (longo) de autoconhecimento.

3 | Minimalismo – menos consumismo

Como falei no item 1, de nada adianta decidir “se tornar minimalista” se o seu próximo passo é se jogar num shopping para mudar todo o seu guarda-roupa. Pare e reflita o que você pode aproveitar e o que você pode passar adiante. E lembre-se sempre, as roupas e objetos que você doa já fizeram parte da sua vida. Não os trate como lixo, com desdém. Muito pelo contrário, seja grato e tenha em mente que aquilo servirá para alguém.

4 | Sustentabilidade

Há uma frase que circula a internet e que volta e meia aparece no meu feed: “em se tratando do planeta Terra, não existe jogar lixo fora“. E é a mais pura verdade. De nada adianta fazermos um super declutter e aliviarmos nossa casa das tranqueiras, se jogamos tudo no lixo. Precisamos ter a consciência de que no momento em que compramos algo, somos os responsáveis pelo seu destino final. Não quer mais algo e a única opção é o lixo? Tente reciclar. Em último caso, que não haja como reciclar nem reaproveitar, tudo bem. Mas na próxima compra, reflita se realmente precisa comprar aquilo e qual será seu destino final.

5 | Armário-cápsula

Fiz um post aqui falando sobre minha ideia de criar um armário-cápsula. Como já estava nessa vibração do minimalismo, não fiz muitas mudanças. Doei umas peças que ainda restavam (de compras impulsivas), adquiri outras que iriam abrir um leque de possibilidades de combinações novas (roupas de cores neutras, por exemplo), e não mexi mais nele. No conceito do armário-cápsula há uma divisão de roupas de acordo com as estações, o que não funciona no meu caso por dois motivos:

#1 Moro no Rio de Janeiro e tem dias do inverno que faz 34ºC e

#2 Não tenho espaço suficiente para armazenar roupas que não estão em uso. Aqui tenho duas divisões no meu guarda-roupas. Em uma delas, a menos usada, ficam meus casacos e vestidos mais arrumados e na outra ficam minhas roupas do dia-a-dia. Só.

6 | Busque sua identidade

Não é porque algum blogueiro famoso ou personalidade de algum lugar está usando tal roupa / layout / estilo fotográfico / etc. que você deve usar também. Isso nada tem a ver com minimalismo, mas com cópia. Você não precisa copiar ninguém, apenas busque se conhecer e tentar entender o porquê de gostar de tais cores ou estilos. Se sua identidade é ser colorida, mas você quer algo clean, tente adicionar cores na sua vida (leia-se roupas ou decoração) de forma que o espaço não pareça confuso. Dá pra ser você mesmo eliminando os ruídos, ou seja, as distrações que não combinam com você.

7 | Cuidado com a comercialização do minimalismo

Já está claro que o minimalismo chegou com tudo, não é mesmo? Mas, será que isso é bom? Será que com a “moda” do minimalismo, seu sentido verdadeiro não estaria se desvirtuando? Vamos ficar atentos a isso. Atentos se em alguns casos não estão querendo comercializar este conceito apenas para venderem mais, assim como ocorre com os produtos naturais e “de bem com a natureza”.

Já repararam que algumas embalagens de produtos foram trocadas por papel reciclado (ou pelo menos marrom)? Só pra dar aquele ar de “eu cuido do planeta“? Vamos ficar em alerta também em relação a como o minimalismo está sendo colocado para nós. O ideal é sempre tentarmos fazer compras conscientes, e não se deixar levar por rótulos, seja ele minimalismo, ecologia, sustentabilidade entre outros.

Se você quer ler mais sobre esse debate “minimalístico” pela internet, recomendo ler os seguintes posts:

» Precisamos falar sobre minimalismos | Babee

» O minimalismo te fez perder a personalidade? | Teoria Criativa

Se eu pudesse dar algum conselho a vocês, seria: busque sua essência, seja você mesmo e viva sempre no caminho do meio.

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Categorias: Reflexões

Será que existe inferno astral?

Será que existe inferno astral? | Vida Minimalista por Camile Carvalho

Muito se fala sobre o inferno astral, aquele período tenso antes do nosso aniversário. Como faltam apenas quatro dias para o meu, neste ano resolvi fazer (e pensar) um pouco diferente do que estou acostumada, do que diz o senso comum. Mas afinal, o que vem a ser inferno astral?

Assim como o Réveillon representa, para nossa cultura, o fim de um ciclo e o  início de outro, no qual uma grande comunidade vibra em torno dessa energia de renovação, nosso aniversário também marca o início de uma nova fase em nossas vidas. Porém, como é algo individual, apenas nós sentimos essa energia transformadora ao nosso redor. No nosso aniversário, completamos mais uma volta em torno do sol, abandonamos uma etapa de nossas vidas e damos início a outra. Mas como lidar com esse fim de ciclo? Por que motivo chamamos de inferno astral?

Nesse período muito do que não está mais legal em nossas vidas, começa a destruir para dar lugar ao novo. Por isso, algumas pessoas passam por períodos conturbados, como se tudo que estivesse firme começasse a balançar. É como um vento forte que passa em nossas vidas e tira tudo de lugar, mas isso não significa necessariamente algo ruim. Claro que dependendo da nossa visão, pode ter um aspecto negativo, mas devemos nos firmar nas transformações que estão por vir.

Por que não focar em mudanças positivas? Em adquirir novos hábitos que nos deixarão mais felizes e saudáveis? Vamos sair da zona de conforto, abraçar esse período de transformações antes dos nossos aniversários e deixar de lado hábitos que nos prejudicam e abraçar aquilo que nos faz bem! Afinal, só depende de nós decidirmos se queremos viver um inferno astral ou um paraíso astral. A escolha está em nossas mãos. Tudo depende da forma como enxergamos o período de transformações.

Que suas transformações sempre sejam para melhor!

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