Categorias: Livros

No meu Kindle: Down Home – living the slow life

Livro Kindle Down Home - Camile Carvalho

Na onda do Slow Living, peguei meu Kindle e fui em busca de algum livro sobre o assunto pra me inspirar e o que me chamou a atenção foi esse, Down Home – living the slow life que aborda justamente o tema sobre viver no momento presente, ser grato por nossas vidas e desacelerar.

O livro é super curtinho e eu preciso confessar que AMO quando baixo ebooks que leio de uma só vez. Como sou bem dinâmica, essas leituras me atraem pois capto o essencial e ainda tenho gás de fazer minhas reflexões sobre o que li.

Donna Rich nos conta sobre sua vida e em como começou a dar mais valor aos pequenos momentos junto à sua família. Estar no momento presente é uma dádiva, e é exatamente onde a vida acontece.

Num estilo “O Poder do Agora”, a escritora junta pequenos trechos de histórias que ocorreram em sua vida nos mostrando alguns insights sobre situações do cotidiano.

Inspirações

Uma delas é que, certa vez, ao fazer uma mudança e estar diante de várias caixas de enfeites de natal, o mexicano que trabalhava na transportadora lhe falou que nada daquilo era realmente necessário para se comemorar um natal. “For Christmas, all you need is one star” (para o natal, tudo o que você precisa é de uma estrela). “Why had one star never been enough for me?” (por que uma estrela nunca foi o suficiente pra mim?) – e então Rich se recorda sobre o verdadeiro significado do Natal para sua família cristã e tem o insight sobre o nascimento de Jesus em meio a uma situação tão simples, porém importante.

Mas foi em uma situação de pânico, ao sofrer um acidente com suas duas filhas crianças no carro que a fizeram mudar sua visão de vida. Tudo o que importa é o agora. Como ela diz:

“It reminded that we are not guaranteed a certain number of days here on this earth. The dreams we are holding on to may never get the chance to come true. We may never see tomorrow.

~ Isso me fez lembrar que não temos garantido um número certo de dias aqui nesta terra. Nossos sonhos podem nunca terem a chance de se realizarem. Podemos nunca encontrar o amanhã. ~

Sobre o ebook

Estou nessa onda de ler livros ebooks inspiradores que me fazem refletir sobre o momento presente, sobre nossas verdadeiras necessidades humanas e sobre como nos encobrimos em meio às necessidades e consumismo frenético. É importante repensarmos o estilo de vida que estamos levando hoje identificando pontos em que podemos melhorar.

Não esperem muito deste livro, mas indico a quem quer deitar numa rede no fim de tarde e fazer uma leitura gostosa e leve, sem muita preocupação. Dos insights da escritora podemos tirar algumas lições de vida e observar que podemos fazer pequenas mudanças de ponto de vista e nos incentivar a sermos gratos pelo que temos e a vivermos no momento presente.

 

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Categorias: Comportamento

O inverno e as reflexões: qual seu maior sonho?

O inverno e as reflexões: qual seu maior sonho? | Camile Carvalho

É impressionante. Chega o inverno e eu fico mais introspectiva, mais intuitiva e com uma vontade imensa de ficar mais próxima à natureza. Enquanto que no verão, minha energia é de expansão, no inverno gosto de sentir aquele sol fraco das manhãs frias, de ouvir uma boa música e de caminhar descalça sobre a terra úmida e aterrar as energias.

Sinto-me mais leve, com menos cobranças e menos expectativas do que no verão. Em Dezembro sinto que estou direcionada a planejar e esperar pelo novo ciclo. Em Janeiro, aquela vontade de que tudo comece logo.

Mas é em Julho que me sinto calma e tranquila. Sento-me com uma caneca de chá ao lado (ou uma bela fatia de bolo de chocolate) e avalio como foi meu ano até o momento. Sem a afobação do verão, sinto-me com os pés mais firmes no chão – e isso é devido também ao caminhar pela terra úmida.

É hora de avaliar o que já fiz até o momento e o que farei daqui pra frente em relação aos meus planos e projetos. E uma frase que falo constantemente aos meus alunos de yoga é que nada é impossível. Nenhum sonho é inatingível. E se alguém um dia te falou que seu sonho é besta demais, quem são os outros pra te fazer sentir assim? E, caso você mesmo tenha esse pensamento de autossabotagem, pare imediatamente.

Nenhum sonho é impossível. 

O que você precisa fazer hoje para chegar mais perto do seu sonho? Qual o primeiro passo? Se apenas sonharmos, não conseguiremos realizar nada. Ninguém sobe uma escada de uma só vez, mas sim, degrau por degrau. Qual degrau você precisa subir agora?

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Categorias: Organização

Meu armário inteligente

Alguns chamam de armário minimalista, outros de armário-cápsula. Cada um tem seu conceito, e no final têm a mesma meta: usar com inteligência nossas roupas e diminuir o consumismo. Não considero meu armário minimalista nem cápsula. Ainda tenho muitas roupas se formos comparar a modelos assim, e por isso chamo o meu armário de Armário Inteligente.

Mas então vocês me perguntam: que diferença tem, afinal, do seu armário para um cápsula ou minimalista? A resposta? Não estou me cobrando pra seguir uma espécie de padrão. Vemos por aí sobre termos uma quantidade X de roupas no armário minimalista, de criarmos armários-cápsulas de acordo com as estações do ano e pra mim ambos foram eficientes no quesito declutter, mas não me sinto presa aos conceitos.

Olhando hoje para o meu armário, percebi que fui construindo de acordo com minha realidade, uma espécie de guarda-roupas que acompanha meus diversos “eus”, ou seja, meus diversos estilos de roupas e que não está sufocado com tantas peças. Acho que cheguei num ponto em que tenho o suficiente, e se precisar fazer alguma mudança, será comprando uma peça-coringa aqui, outra ali e doando algumas outras peças de roupas que talvez não me sirva mais.

O processo demorou muito tempo até que eu encontrasse um equilíbrio pra meu armário inteligente. Desde o começo do blog, quando ele era ainda o Vida Minimalista, fui me desfazendo de centenas de peças acumuladas sem uso e sem serventia pra mim. Foi um processo longo, árduo e doloroso, tanto por que eu me culpava por ter tantas peças sem uso, mas também foi doloroso por ter que lidar com emoções relacionadas a várias peças de roupas que eu guardava.

É impressionante como cada objeto guarda memórias, e pegar determinadas peças para analisar se doaria ou manteria comigo me fez reviver dores, decepções e tristezas. Mas como diz Marie Kondo, o ideal é sermos gratos por aquela peça e passarmos adiante. E foi assim que fiz, ao longo desses 5 anos de blog desde que escrevi meu primeiro post sobre desapego. Agora darei algumas dicas sobre como construí, ao longo desses 5 anos meu armário inteligente.

Meu armário inteligente | Camile Carvalho

1 // Aceite que você é um ser múltiplo

Não adianta eu me identificar com o estilo boho hoje e doar TUDO que não combina com esse estilo. Amanhã, precisarei usar uma roupa mais clássica e lembrarei daquelas peças que doei sem dó nem piedade, e então o arrependimento virá. Se eu gosto de vários estilos, cabe a mim montar um armário que combine com quem eu sou, não com o que está na moda, nem com a blogueira X ou Y. Apenas eu sei das minhas necessidades diárias e quais tipos de roupa eu preciso usar.

Meu armário tem desde saias indianas, saris (sim, morei num templo!) até botas e peças boho. Isso não significa que eu vista meu sari indiano pra comprar pão, mas sim que em determinadas situações preciso me vestir de forma diferente de como me visto no dia-a-dia.

2 // Setorize por espaços

Em uma das portas, guardo meus casacos de frio e vestidos pra festas. Em outra, minha roupa do dia-a-dia. Eu sei que o mais óbvio é organizar gavetas e prateleiras por estilo, mas não custa nada lembrar: separando as roupas de acordo com situações diferentes, fica muito mais fácil de encontrarmos algo que estamos precisando no momento. E lembre-se: bagunça eterna no armário significa que provavelmente você tem peças demais…

3 // Organize a troca sazonal

Aprendi essa dica com o armário-cápsula e achei genial. Mesmo que tenhamos poucas peças e todas elas fiquem no mesmo lugar, vale à pena trazer pra frente da gaveta aquelas peças que combinam mais com o clima atual e colocar mais pro fundo aquelas que você não usará tanto. No meu caso, faço assim pois não tenho um outro lugar pra guardar minhas peças que não estou usando.

Alguns falam em guardar as roupas em malas fechadas e só abrir na outra estação, mas no meu caso não funcionaria. Estou feliz com minha arrumação e está dando super certo! Afinal, às vezes precisamos de uma blusinha mais fresca pra colocar por baixo de alguma outra peça de frio.

4 // Saiba escolher o que comprar

Pensar com cautela sobre cada peça que vamos comprar é consumir de forma inteligente e sustentável. De nada adianta acharmos linda uma blusa que não combina com nada que temos em casa. Provavelmente ela ficará perdida numa gaveta, sem a chance de uso, e você terá gastado dinheiro à toa.

O ideal é pensar se o que estamos levando combina com as peças que já temos em casa. Melhor ainda é fazer uma super organização no armário e anotar algumas ideias de peças-coringa a serem compradas que possibilitem mais combinações entre as roupas que você já tem. Assim, quando for ao shopping, você já sabe exatamente do que precisa e não ficará perdido entre várias araras sem saber direito o que comprar (ou querendo comprar 10 peças de uma só vez).

5 // Desapegue do que não combina com você

Essa é a regra de ouro do minimalismo, e já venho trabalhando o desapego desde 2011, quando comecei o blog e sempre repetirei aqui nos meus textos. Desapegar do que não combinava mais comigo me fez mais feliz, pois quando estamos cercados de coisas que realmente amamos, ficamos mais leves e sem o sentimento de peso e culpa de termos coisas demais.

No meu armário, toda vez que eu olhava para uma roupa que alguém me presenteou e que não gostei ou que eu  mesma havia comprado por impulso eu me sentia triste, pesada, como se estivesse culpada de não amar tanto assim aquela peça. No momento em que desapeguei e doei essas roupas, meu armário começou a ficar mais vazio e peças que eu realmente gostava começaram a me fazer mais feliz todas as vezes que eu abria a porta para me vestir.

6 // Tenha peças coringas

Dentro de cada categoria de roupas, escolha algumas para serem as coringas do seu armário. Essas peças podem transitar entre um estilo ou outro, além de servirem para diversas situações. Por exemplo, com uma legging preta posso calçar um chinelo e dar minhas aulas de yoga, calçar um tênis e ir ao supermercado ou minhas botas com uma jaqueta e sair mais arrumada à noite.

7 // Cuide bem de suas roupas

O que queremos aqui é ter uma vida mais sustentável, então o cuidado com as peças, sapatos e acessórios é fundamental. Estabeleça um lugar para cada categoria e mantenha arrumado, lavado e arejado.

8 // Declutter!

Para fazer o declutter, sugiro que primeiro lave todas as peças que estão sujas e só então, no momento de guardá-las nas gavetas, analise o que tem. Muitas vezes fiz declutter de armário com a cesta de roupa suja cheia, então eu não tinha a noção global de tudo o que eu já possuía, dando a impressão de que meu armário já estava vazio.

9 // Não abandone suas estampas

Não se apegue a cores neutras de roupas ou ausências de estampas. Se essa não é sua personalidade, tudo bem! Você não precisa deixar seu estilo de lado apenas para ter um armário inteligente e minimalista. Porém, ter como coringa algumas peças mais neutras pode ser a chave para um maior número de combinações. Eu, por exemplo, amo estampas e padrões, mas tenho algumas roupas neutras que combinam com várias dessas peças estampadas.

10 // Seja você

E por último, seja você. Não se atenha a números, quantidades, estilos da moda ou o que for. Não deixe que outros digam o que você deve ou  não vestir e nem comprar. E jamais se deixe levar pela publicidade. Se você não ama algo que todos estão usando, lembre-se daquela frase que sua mãe sempre dizia: você não é todo mundo. E que sorte a nossa de sermos únicos!

E vocês, como organizam o armário de vocês? Já fizeram declutter? Como foi? Que tal fazer um agora na chegada de inverno e doar algumas roupas de frio a quem precisa? Há muitos moradores de rua e animais que não têm agasalhos suficientes. Vamos nos mobilizar para cada um fazer sua parte? 

Leia os posts sobre meu armário inteligente

  • Meus sapatos para o inverno

Tênis: Josefina RosaCor | Casaco: Renner

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